RESUMO CRÍTICO DO LIVRO SENSO CRÍTICO DO DIA A DIA AS CIÊNCIAS HUMANAS DAVID W CARRAHER
Por: Rodrigo.Claudino • 4/8/2018 • 6.597 Palavras (27 Páginas) • 499 Visualizações
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Entendemos que se os cientistas são falíveis, podem cometer erros, o “cientista social” é um tipo idealizado, não encontrado facilmente.
Assim, o conhecimento das ciências humanas precisa ser bem fundamentado, ou o dito “especialista”, pode não ter credibilidade quando apresenta um argumento. Isto quer dizer que um cientista pode ter muita informação sobre determinado assunto, mas estas informações por si só, não são conclusivas sobre o assunto num sentido mais amplo.
Desta forma, temos que, a característica mais importante do cientista bem preparado é o senso crítico, que o leva a questionar sobre aquilo em que acredita comumente, e ainda a refletir e explorar as evidências alternativas sem se contentar com seu estado atual de conhecimento.
Já o leigo, tende a não saber distinguir, ou mesmo não tem interesse em fazê-lo e aceita evidências ambíguas e não fundamentadas sem questioná-las, procurando responder a uma premissa ou assunto de forma imediatista. O cientista tem papel de criador e defensor do conhecimento buscando e explorando um assunto através das evidências.
6 - As duas mentes:
O cientista de formação mais rigorosa pode ter receio em ampliar ou considerar problemas muito complexos para não correr o risco de cometer erros. Este pesquisador terá preferência por assuntos mais restritos. Outro tipo de pesquisador pode ter uma atitude mais ousada e impulsiva, contudo, isto pode o levá-lo a perder sua credibilidade, caso amplie muito sua pesquisa sem o devido conhecimento.
Os grandes pensadores nas ciências humanas são notáveis, em parte porque oferecem análises abrangentes de diversas áreas de conhecimento. O pensador crítico deve ter equilíbrio entre estes dois pensamentos: ao mesmo tempo em que deve ter clareza e coragem, pensando de forma ampla, precisa de rigor na comunicação e desenvolvimento de suas idéias, e ter a capacidade de refletir, observar e controlar o impulso de aceitar sua primeira avaliação, antes de expô-la.
Visão pessoal sobre o capítulo 1
Este capítulo apresenta uma visão geral sobre pensamento crítico e algumas de suas características principais. O autor inicialmente nos depara com o que é o argumento, que trata de propor uma idéia, e esta idéia após bem desenvolvida, poderá nos levar a uma conclusão mais precisa.
Além de sua importância na apresentação de idéias, o argumento passa a representar o fator persuasivo. Com a proposta de diferenciação entre as duas mentes, vemos como é importante a pesquisa e o equilíbrio de idéias antes de expô-las, assim elas terão maior consistência e futuramente mais credibilidade.
A ciência tem transformado nosso mundo moderno de maneira profunda. Em contato com o conhecimento científico passamos a medir, cronometrar, argumentar e construir o pensamento lógico.
CAPÍTULO 2
O PAU DE CHUVA E OUTRAS FALÁCIAS
Alguns recursos utilizados como forma de influenciar outras pessoas socialmente, são chamados de falácias. Estes recursos são utilizados para convencer e influenciar o outro e aceitar este argumento como verdadeiro. As falácias possuem formas variadas, podendo ser um apelo, uma sugestão, ou uma tentativa de persuasão com argumento falso; são utilizadas para que o ouvinte não pense de forma crítica, pois o argumento vem de uma forma mascarada e sugestiva.
As falácias de ambigüidade geram mal entendidos e ocorrem quando são empregados significados múltiplos, inconsistentes e através da utilização de termos vagos. Já as falácias de relevância ocorrem quando o proponente apresenta evidências não apropriadas para avaliar conclusões; e muitas delas são do tipo em que a conclusão não corresponde à premissa. Muitas vezes as falácias são como “truques de argumentação”, que impedem a clareza da análise, obscurecendo questões relevantes.
Geralmente as falácias diferem em níveis de linguagem: idéias irrelevantes tendem a serem termos concretos, centradas em interesses pessoais, emoções e preconceitos; a as omissões de idéias relevantes normalmente são disfarçadas no meio da linguagem e é etérea, vaga e não especifica. Em outras palavras, o locutor tende a usar termos gerais quando deve ser especifico; e utiliza termos específicos quando tenta desviar a atenção das idéias relevantes.
1 - Tendenciosidade:
Quanto uma pessoa aceita convicto que uma idéia está correta, dificilmente vai questionar com o mesmo vigor que alguém que não concorda com tal idéia, questionaria. Na medida em que esta pessoa se recusa a questionar as idéias, está demonstrando tendenciosidade e pouco uso do senso crítico. Outra forma de tendência é a predisposição, que pode ocorrer quando a partir de uma sugestão, um assunto ou premissa passa a ser entendido de diferentes maneiras por grupos ou indivíduos distintos.
Outros procedimentos utilizados por leigos de modo a forçar certas opiniões são: as falácias de petição do princípio que ocorrem quando o proponente tenta convencer o ouvinte de sua premissa apresentando conclusões a partir da premissa; e falácias da pergunta complexa, segundo a qual duas ou mais questões são inseridas simultaneamente, num contexto que a tornam dúbia e a resposta pode também ser interpretada de forma ambígua ou errônea. A falácia da pergunta complexa consiste em apresentar duas ou mais questões simultaneamente como se fossem uma única questão. Para se livrar deste dilema, deve-se separar as questões explicitamente, expondo assim o aspecto enganador da questão.
2 - A Sugestão
A forma de apresentação de uma idéia é muito importante para sua aceitação ou rejeição e pode ser expressa de modo favorável ou desfavorável, dependendo de modificação na forma da apresentação. Isto pode levar o ouvinte a certa conclusão, ou ponto de vista por meio de um conhecimento que, de um modo geral, está alem do senso comum.
3 - Sugestão e socialização
A semelhança de opiniões entre membros da mesma cultura evidencia a sugestão da socialização. A sugestionabilidade de uma pessoa durante sua socialização desempenha uma função importante de sua identidade como membro de um grupo como família, amigos, igreja, classe social, etc. É importante notar até que ponto uma pessoa deixa de desenvolver suas próprias opiniões para se enquadrar ao grupo, o que pode constituir um dilema existencial.
Quando um grupo possui fortes laços afetivos entre seus membros, estes tendem a influenciar os demais com
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