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Logística Reversa

Por:   •  1/11/2018  •  2.137 Palavras (9 Páginas)  •  269 Visualizações

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- Descartáveis: Com uma vida útil média raramente superior a seis meses.

- Semiduráveis: Apresentando uma vida útil média de alguns meses, raramente superior a 24 meses.

- Duráveis: Com vida útil média variando de alguns anos a algumas décadas.

Essa classificação nos permite considerar e trabalhar com os canais de distribuição reversos em duas categorias:

- Canais reversos de pós- venda: Podem retornar para a cadeia por razões como, reciclagem, correção de defeitos, revalorização ou tantas outras. Ou podem ainda, seguir para um novo ciclo de negócios em mercados secundários, como outlets centers, por exemplo.

- Canais reversos de pós-consumo: Os bens podem seguir para novos ciclos de negócios através dos mercados secundários ou, por fim, para sua destinação final em aterros sanitários.

Figura 1: Canais reversos de pós-venda e pós-consumo

[pic 2]

As diferentes alternativas e formas de comercialização, desde a captação dos bens de pós- consumo ou dos resíduos industriais até a sua reutilização, como um produto ainda em condições de uso ou através da reciclagem de seus materiais constituintes, constituem os Canais de Distribuição Reversos (Ballou, 1993), (Fuller e Allen, 1995), (CLM, 1993). O esquema da Figura 2 a seguir resume o fluxo dos produtos e materiais, em uma visão ampliada de seus ciclos de vida, com o acréscimo da cadeia produtiva reversa e suas principais etapas de comercialização. Introduz a ideia de destino seguro e não seguro dos pós- consumos, bem como explicita as consequências finais dos descartes não seguros, na sua forma direta ou contaminante e na sua forma indireta provocada pelo acúmulo de pós – consumo.

A Logística Reversa preocupa-se em equacionar a multiplicidade de aspectos logísticos do retorno ao ciclo produtivo destes diferentes tipos de bens industriais, dos materiais constituintes dos mesmos, bem como dos resíduos industriais, através de reutilização controlada do bem e de seus componentes ou da reciclagem dos materiais constituintes, dando origem a matérias - primas secundárias que se reintroduzirão ao processo produtivo. (CLM, 1993), (Leite, 2000).

Figura 2: Canais de distribuição reversos – ciclo de vida ampliada

[pic 3]

CICLOS REVERSOS ABERTOS E FECHADOS

Uma parcela dos bens produzidos será considerada em fim de vida útil em dado momento e terá parte de seus materiais constituintes reaproveitados, através de reciclagem industrial dos seus materiais constituintes, podendo ser reintegrados ao ciclo produtivo na fabricação de um produto similar ao que lhe deu origem ou a um produto distinto. Em função desta diferença distingue-se duas categorias de ciclos reversos de retorno ao ciclo produtivo: (Leite, 2000)

Canais de Distribuição Reversos de Ciclo Aberto.

Estes CDRs são constituídos pelas diversas etapas de retorno dos materiais constituintes dos produtos de pós – consumo, tais como os metais, plásticos, vidros, papéis, etc., que são extraídos de diferentes produtos visando a sua reintegração ao ciclo produtivo substituindo matérias-primas novas na elaboração de produtos diferentes daqueles dos quais os materiais foram extraídos.

Canais de Distribuição Reversos de Ciclo Fechado.

Estes CDRs são constituídos por diversas etapas de retorno de produtos de pós – consumo, tais como latas de alumínio, latas de aço, baterias de automóvel, etc., dos quais são extraídos seus materiais constituintes principais para serem reintegrados na fabricação de um produto similar ao de origem.

AS DIVERSAS ETAPAS REVERSAS

O fluxograma da Figura 3 apresenta com maior detalhe as etapas de um CDR, observando-se que os bens semiduráveis, com tempo de vida útil intermediária entre os bens duráveis e descartáveis, constituem CDRs com características ora de um bem durável ora de um bem descartável. O esquema destaca as principais fontes primárias de pós – consumo: os diversos tipos de coletas, os resíduos industriais e o desmanche de bens duráveis. Evidencia ainda as quatro etapas principais de retorno de uma parcela dos bens ao ciclo produtivo: Coleta dos pós – consumo; Processamento Intermediários; Reciclagem Industrial e Reintegração ao Ciclo Produtivo.

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Figura 3: Canais de distribuição- Direto e Reverso

[pic 4]

Canais reversos de reciclagem

Reciclagem é o canal reverso de revalorização em que os materiais constituintes dos produtos descartados são extraídos industrialmente, transformando-se em matérias primas secundárias ou recicladas que serão reincorporados à fabricação de novos produtos (LEITE, 2003).

O processo de reciclagem envolve várias etapas, como coleta de material ou produto, seleção do item que será reaproveitado, preparação para reaproveitamento, processo industrial e conseqüente reintegração do material reciclado ao processo produtivo, sob forma de matéria prima. Caso típico é o caso dos automóveis, onde tem-se atingindo níveis de até 85% de reciclagem dos mesmos. No caso dos materiais ferrosos reaproveita-se em torno de 70% do material, já os plásticos, em torno de 8%, fluidos 4%, vidro 4% e borrachas 3%. Para facilitar o reaproveitamento dos plásticos, as empresas montadoras de automóveis diminuíram o número de diferentes plásticos utilizados num mesmo veículo de 150 para 20 tipos nos carros da Ford.

Exemplo de canal reverso de reciclagem é a reciclagem do alumínio onde se economiza 95% de energia elétrica, quando comparado com o processo com a matéria prima nova

Canais reversos de reuso

Diz respeito à reutilização dos materiais ou produtos classificados como bens duráveis, cuja vida útil estende-se por vários anos. “Nos casos em que ainda apresentam condições de utilização podem destinar-se ao mercado de segunda mão, sendo comercializados diversas vezes até atingir seu fim de vida útil” (LEITE, 2003).

O exemplo mais comum deste tipo de canal reverso é o comércio de automóveis

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