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Economia Brasileira Década de 90

Por:   •  15/4/2018  •  1.714 Palavras (7 Páginas)  •  253 Visualizações

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Assim, havia a necessidade de implementação de um plano de estabilização mais arrojado, que combatesse fortemente a inflação que dominava o país há décadas. Nesse contexto, foi criado o Plano Real, cujo principal foco era eliminar a inflação elevada e atenuar essa inflação da economia brasileira para níveis toleráveis.

II - O Plano Real foi concebido em três fases, que tinham como objetivo realizar um reajuste fiscal, implementar uma unidade referencial de valor que foi importantíssima para realinhar a nossa economia, além da realização da reforma monetária. O ajuste fiscal teve suma importância pela implantação do Programa de Ação Imediata (PAI) e do Fundo Social de Emergência (FSE), que reorganizaram o país financeiramente, com corte de gastos, além de proporcionar manobras para gerenciar o orçamento público.

Já a URV, teve grande importância pois era um super indexador que corrigia os preços, mas não substituía a moeda antiga, sendo um tipo de correção obrigatória, barrando assim, o componente da inflação inercial.

Por fim, a reforma monetária proporcionou as âncoras monetárias e cambiais, tornando a nossa moeda forte, fortalecendo o preço dos bens importantes da nossa economia.

III – Em comparação aos planos de estabilização que passaram a ser implementados a partir de 1986, a equipe de economistas que elaborou o Plano Real tinha uma nítida compreensão do papel que a crise fiscal exercia no processo inflacionário. Isso contribuiu para que este fosse o plano de estabilização fosse o mais bem elaborado, que conseguiu frear e reduzir a hiperinflação que assolava o país.

Como pontos positivos pode-se listar: Queda gradativa da inflação;

impulso no consumo e boom no crédito. E como principais impactos negativos, pode-se citar: Aumento do déficit das transações correntes, aumento dos juros por conta do aumento do peso da dívida monetária, além de prejudicar o BC por conta da saída de divisas.

- Após a implementação do Plano Real, houve um reforço na política econômica neoliberal, que havia sido iniciada no governo Collor, através de políticas públicas como privatização de empresas estatais; abertura econômica ao capital estrangeiro e conversão dos salários e fixação de seus valores pela URV.

O principal objetivo da reforma monetária era lançar uma moeda com um valor igual ou próximo ao valor do dólar. Com isso, já na terceira fase do plano, 1 real passou a valer também 1 dólar, sendo esta a peça chave do Plano Real: Âncora Cambial

Essa Âncora Cambial se caracterizava por ser um mecanismo onde 1 dólar nunca valeria mais do que 1 real, pois como o real era uma moeda nova, frágil e recém lançada, ficaria ancorada à uma moeda forte cujo poder aquisitivo pouco varia ao longo do ano.

- Quanto maior o endividamento, mais dinheiro é emprestado para as famílias, que usam o dinheiro para financiar imóveis ou bens de consumo, duráveis ou não. Esse estímulo ao consumo é uma importante estratégia na condução da política econômica do país, pois o crédito permite às famílias realizar principalmente compras de bens de preços elevados (carros, imóveis, por exemplo) e ir pagando aos poucos. Serve também para comprar bens de valor menor que, com o aumento do prazo dos pagamentos, resulta em parcelas menores, criando estímulos ao consumo ao longo do tempo (ainda que no final o resultado do pagamento de juros torne o produto final mais caro). Assim, o consumo das famílias um importante item do PIB nacional, no que diz respeito ao equilíbrio do balanço de pagamentos, caracterizada pelas exportações e importações.

- I - No primeiro mandato de FHC, o período de transição foi importantíssimo para conseguir readequar a conjuntura econômica e abaixar os índices de inflação, atraindo mais investidores ao país por conta dos índices de juros e do bom ritmo de crescimento do país. No segundo mandato de FHC, a política econômica estava centrada no tripé econômico que consistia num superávit primário (aumentar as receitas e cortar gastos), câmbio flexível na tentativa de segurar reservas, e controlar a inflação através de metas.

II – No âmbito social, nos dois governos de FHC não houve grandes avanços no quesito de crescimento da produção e nível de emprego, porém este iniciara programas sociais que foram ampliados e aperfeiçoados na era Lula.

III – No primeiro mandato de FHC, houve um período de expansão econômica (depois de o Brasil viver muitos anos sofrendo os efeitos das crises externas de décadas anteriores), ocasionado pelos maciços investimentos externos na indústria nacional (no setor automobilístico). Já no segundo mandato, o governo enfrentou fortes crises econômicas externas, como a crise asiática; crise russa, além de internamente ter enfrentado uma forte crise de desvalorização do real, devido ao Banco Central ter abandonado o regime de câmbio fixo e passou a operar sob o regime de câmbio flutuante.

IV - É importante destacar que no primeiro mandato do governo FHC, não houveram choques externos, diferentemente do segundo mandato que houve uma enorme perda de divisas por conta da crise no México e da moratória russa. Os grandes impactos econômicos sentidos foram no segundo mandato de FHC, onde este deixou uma economia estagnada, com uma inflação acima da meta e uma dívida pública gigantesca, além de ter deixado o país com uma alta na taxa de juros, além de crises energéticas que impactavam diretamente no custo das empresas.

- I - É importante salientar que o governo Lula se destacou pela sua continuidade na política econômica, onde este rompe com o FMI e adota políticas que contribuiriam para estabilidade econômica do país, conseguindo retomar o crescimento por conta do cenário favorável externo, por conta dos índices baixos de inflação

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