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Economia 7 A macroeconomia

Por:   •  2/2/2018  •  2.602 Palavras (11 Páginas)  •  348 Visualizações

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tanto na ênfase e nos temas abordados como, muitas vezes, na metodologia utilizada. Com relação a este aspecto metodológico, é comum que a microeconomia (neoclássica) faça uso mais intenso de instrumentos matemáticos e lógico-dedutivos, enquanto que a macroeconomia é muitas vezes uma ciência indutiva e apoiada em estudos estatísticos e econométricos. Na macroeconomia, vale-se mais de eventos e dados históricos para deles extrairmos os princípios de seu funcionamento. Também do ponto de vista da ciência macroeconômica, é preciso admitir que ela tem sido objeto de maiores incertezas do que a microeconomia, sobre tudo quanto à dificuldade em se prever períodos de expansão econômica ou de crise.

Em nossa abordagem, trataremos do entendimento dos conceitos e as causas e efeitos das mudanças das variáveis macro e da influência de uma variável em outra.

Ao tratar de economias de países ou regiões, a macroeconomia aborda uma somatória de mercados simultaneamente. Quando tratamos de um grande conjunto de elementos de um mesmo grupo econômico, estamos nos referindo a agregados macroeconômicos. Por exemplo, ao tratar de todos os mercados de um país, referimo-nos à soma de todos os bens produzidos neste país. Trata-se, assim, do agregado da produção deste país.

Da mesma forma que na microeconomia, na macroeconomia também nos valemos do conceito de Agentes Econômicos. O conceito é o mesmo, mas os agentes na macroeconomia são mais propriamente expressos em grupos de indivíduos com comportamento econômico similar. Assim, os principais agentes são grupos de trabalhadores, empreendedores, setor privado, o governo (ou setor público), agentes do exterior (por vezes denominados de “o resto do mundo”), entre outros.

Para realizar o estudo dos diversos fenômenos macroeconômicos e para entendermos propriamente o que se passa com as economias, é preciso que sejam realizadas medidas dos agregados macroeconômicos. Afinal, sabemos que somente pode ser entendido e

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controlado aquilo que e medido. Estas medidas são próprias de característica da economia e devem ser avaliadas periodicamente (trimestralmente, anualmente etc.) e sua evolução acompanhada e controlada. Diversas destas medidas serão mencionadas no item a seguir.

Um aspecto fundamental da macroeconomia, e mesmo do entendimento de diversas outras partes do estudo econômico, é o entendimento de que uma variável ou característica pode influenciar outra. Isso significa ainda que variações em uma variável podem causar variações em outra variável. Por exemplo, uma relação comum deste tipo de influência é a influência das taxas de juros sobre os investimentos diretos (formação bruta de capital fixo). Entende-se que um aumento das taxas de juros da economia irá causar uma redução dos investimentos diretos. Assim, quem quiser controlar o volume de investimentos da economia e tiver poder de atuar sobre as taxas de juros, poderá fazê-lo de forma indireta. Ainda que não possa controlar os investimentos diretamente, tal agente poderia alterar as taxas de juros, sendo que estas influenciariam os investimentos, até que o agente conseguisse atingir as variações desejadas nesta última variável. De forma resumida, se A causa B e um determinado agente tem poder sobre A, então tal agente poderá também controlar B. Há limites, entretanto, para este controle, seja com relação ao tempo (que pode demorar mais ou menos) ou ainda à intensidade desta influência, já que pode haver limite para a causalidade de A em B.

Esta tentativa de influenciar uma determinada variável macroeconômica para que se atinja um determinado objetivo na economia é denominada de política macroeconômica. As políticas macroeconômicas são, em geral, perseguidas por agentes extremamente poderosos da economia, como por exemplo, partes do setor público. Por exemplo, o Banco Central do Brasil é um dos agentes do setor público e tem como um de seus objetivos a manutenção de taxas de inflação baixas. Assim, ele pode controlar e modificar diversas variáveis da economia para perseguir tal objetivo, como por exemplo, aumentar o compulsório bancário. Tal prática é um exemplo simplificado de política macroeconômica. A execução sincronizada de diversas políticas macroeconômicas compatíveis é que permite um bom controle da economia e a realização dos objetivos econômicos determinados pela sociedade. Trataremos mais especificamente de políticas macroeconômicas na quinta unidade.

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Renda e Produtos Nacionais

A produção e a renda nacional estão entre as principais variáveis macroeconômicas que devem ser medidas periodicamente. A produção agregada de um país mede o valor de tudo aquilo que foi produzido em seu território, sejam produtos ou serviços.

Um conceito importante é que somente é avaliado neste conceito o que se gerou de valor novo, em um determinado intervalo de tempo. É importante ressaltar este ponto para que não se confunda a produção agregada de um determinado ano com o estoque de riqueza. Portanto estamos falando do fluxo de produção gerado no período, e não no patrimônio total. Se fossemos comparar com a renda de um trabalhador, é o equivalente a dizermos que a soma do produto é a soma de seu salário líquido (já descontados os impostos), enquanto que a riqueza é a soma de tudo que a pessoa possui (carros, casa, móveis).

Há diversas medidas de produção agregada e de renda agregada, e para cada medida há normalmente mais de um método de se apurar seu valor. Como você deve imaginar, apurar a soma de tudo que foi produzido em um país inteiro em um ano não é exatamente uma tarefa simples. Portanto há métodos distintos e nenhum deles consegue fornecer uma medida perfeita da produção, mas sim valores satisfatoriamente aproximados.

No Brasil, mede-se a Produção do país, sobretudo com o uso deste conceito chamado de Produto Interno Bruto (PIB). Ele apura a soma de todos os bens finais que são produzidos no território nacional, em um determinado período (em geral no ano). Neste caso, importa se os bens foram produzidos no Brasil, independentemente se foi produzido por uma empresa brasileira ou estrangeira. Além disso, avaliam-se somente os bens finais. Também não entram nesta conta os bens usados revendidos, afinal nestes casos trata-se apenas da transferência de propriedade de um bem que foi produzido em um período anterior, e não a produção de um bem novo.

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Há outros conceitos macroeconômicos que também buscam averiguar o nível de prosperidade de um país ou região. A despesa nacional é a somatória de todos os gastos e despesas realizadas

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