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ESTUDO DE GESTÃO DE MONTADORA DE VEÍCULOS ESPECIAIS

Por:   •  21/12/2017  •  4.328 Palavras (18 Páginas)  •  349 Visualizações

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Conclui-se que os conflitos são inevitáveis quer seja na esfera pessoal, quer na profissional, uma vez, que esse problema é inerente ao gênero humano. Mas também entendemos que existem duas vertentes, de que o conflito em si a princípio é nocivo de acordo com o senso comum, mas entendemos que poderá ser explorado positivamente para o crescimento do grupo em questão, como também, a outra vertente é extremante danosa as organizações, podendo incorrer em grande prejuízo. Apesar de ser inevitável, o conflito pode ser gerenciado, buscando-se corrigir os ruídos referente a uma comunicação pouco clara, além de adotar ferramentas modernas de gestão com enfoque colaborativo/conciliativo.

8) REVISÃO DA LITERATURA

8.1 RELAÇÃO DE PODER

O poder é algo muito cobiçado desde os primórdios, os primeiros grupos humanos já manifestavam o desejo de deterem o poder, seja como líder grupal, seja como líder religioso. É um dos temas mais polêmicos, onde já era estudado desde a Grécia antiga, podendo ser encontrado nos primeiros escritos filosóficos de Platão e Aristóteles.

Sua origem e observância está voltada para a filosofia e ciências políticas, mas sua aplicação foi extendida para as áreas de ciências humanas e sociais.

Podemos citar pensamento do autor Foucault (2003),pensador, historiador e filósofo, que a despeito de sua morte a mais de 20 anos seus pensamentos permacem atualizados e com alta aplicabilidade nos dias atuais, como veremos a seguir.

Segundo Foucault (2004), por ser algo imaterial, o poder além de não ser um tipo particular de relações entre os indivíduos, dado a sua imateralidade. Além de não ter uma origem, uma fonte ou uma essência que o vincule ao Estado,à lei ou às instituições constituídas, portanto deve ser compreendido comouma multiplicidade de relações de forças imanentes ao domínio em que sãoexercidas; o jogo que, por meio de lutas e afrontamentos incessantes, transforma-as, reforça-as e as inverte (FOUCAULT,2004).

Para Foucault (2003), o importante não é identificar quem detém o poder simplesmente, mas sim a necessidade de estudá-lo quanto ao que são os efeitos percebidos através de sua aplicação. O autor foca sua análise baseado no interesse principalmente pelos efeitos percebidos que o poder produz e como ele se legitima nas relações, criando discursosque funcionam como norma (FOUCAULT, 2003).

O autor define poder como sendo uma relação de forças, ou seja, toda a relação de forças é uma relação de poder, possibilitando o surgimento deuma lista necessariamente aberta de ações que exprimem uma relação de forçasou de poder, constituindo ações sobre ações: incitar, induzir, desviar, tornarfácil ou difícil, ampliar ou limitar. O autor define poder: Como não sendo uma instituição,nem uma estrutura, nem um poder estatal, mas um lugar estratégico onde seencontramas relações de forças(FOUCAULT, 2003).

Segundo Foucault (2003), qualquer agrupamento humano estará semprepermeado por relações de poder, uma vez que o pressuposto básico para a manifestaçãodesse tipo de poder são as relações inerentes à vida social. É preciso levarem consideração que o fenômeno da dominação, com as diversas relações depoder que lhe são imanentes, antecede o próprio Estado (FOUCAULT, 1979).

8.2 DISCIPLINA E CONTROLE DA ESPACIALIDADE

Mesmo que o poder não indique disciplina propriamente dita, o mesmo se dá através de obediência ou acatamento, quer seja por imposição, quer seja em decorrência de cooperação. A disciplina está ligada a docilização do corpo como objeto. É considerado dócil, o corpo que é manipulável, é aquele que se deixa moldar, treinar, obedecer, e que responde e se torna hábil à noção de docilidade que une ao corpo analisável o corpo manipulável. É considerado, portanto, dócil aquele corpo que pode ser submetido, que pode ser transformado e aperfeiçoado. No âmbito social o corpo está sujeito a poderes, que são aplicados através de limitações, proibições e obrigações.

Segundo Foucault (1979),existem características básicas do poder disciplinar quesão:

a) a disciplina é um tipo de organização do espaço;

b) a disciplina é um controledo tempo;

c) a disciplina é uma vigilância contínua, perpétua, ilimitada;

d)a disciplina é o registro contínuo do conhecimento.

Para Foucault (1979), o exercício do poder disciplinar passa necessariamentepelas seguintes práticas sociais:

• Enclausuramento: criação de um espaço “fechado” organizado em torno deregras e procedimentos que delimitam as ações cotidianas das pessoas;

• Distribuição dos indivíduos no espaço e no tempo: cada indivíduo em seulugar, e em cada lugar um indivíduo;

• Hierarquização: as pessoas devem ser ordenadas de tal forma a promover avigilância hierárquica.

Os olhos dos indivíduos devem ser contidos no espaço que produz o excedente,de modo que nada possa interferir no processo de sua apropriação. Nessepequeno mundo, começam a manifestar-se fortemente a territorialidade e acompetição por espaços de sobrevivência (STAUB; BULGACOV, 2000), que,por sua vez, estimulam o aparecimento da agressividade e da violência, fazendoda empresa uma arena na qual indivíduos e grupos tentam obter posições dedomínio, em função de seus interesses.

As pessoas menos resistentes ao poder, oprimidas pela ordem, são, então, enclausuradasno espaço para que o controle sobre elas seja exercido de modo mais próximo,objetivo e direto. Os olhares fixam-se em linhas retas: linhas de montagem,linhas de produção, caixas empilhadas de produtos e pilhas de papel sobre asmesas. O espaço organizacional transforma-se, então, em espaço disciplinar:“cada indivíduo no seu lugar; e em cada lugar um indivíduo” (FOUCAULT, 1987).

A disposição de mesas e cadeiras, os quadros na parede, os vasos e os portaretratossobre as mesas funcionam como demarcadores de território, evidenciando,desde logo, sua apropriação. O autor Fischer acrescenta que “essesdemarcadores têm uma função preventiva, indicando aos outros quem possui eocupa o espaço assim delimitado”(FISCHER, 1994).

Essas demarcações podem também refletir e traduzir a posição ocupada

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