ABORDAGEM CIENTÍFICA E OS TEMPOS PÓS MODERNOS

ABORDAGEM CIENTÍFICA E OS TEMPOS PÓS MODERNOS

Taylor dava ênfase nas tarefas, considerando o indivíduo apenas como parte de uma engrenagem da máquina industrial. Sua teoria estabelece que o alcance de 100% da produtividade de um indivíduo estava relacionado ao nível de controle de suas tarefas, ou seja, na implantação de rígidos padrões de produção que implicariam na redução da vadiagem e na intensificação do processo produtivo. Para muitos autores, tal teoria já estaria obsoleta, porém o que se pode perceber após análise dos textos é que, a evolução tecnológica sofrida nos processos de trabalho não conseguiu eliminar as fortes características tayloristas ainda presentes nos diversos setores do mercado profissional.

O "Taylorismo Digital" tem ganhado força, fazendo uso das novas tecnologias que ampliaram a variedade de áreas que podem ser controladas, medidas e avaliadas. Ganhando até mesmo dimensões ilimitadas. A propositura taylorista assegura impulsionar os trabalhadores ao ritmo de trabalho acelerado e doutrinado garantindo assim aumento da produtividade. Em decorrência disso, as práticas tayloristas cada vez mais se fixam como uma prática bem impopular no meio dos trabalhadores, que aspiram ao alcance da qualidade de vida com seus amigos e familiares de forma prioritária, a despeito de alguma vantagem financeira.

Apesar disso, entende-se com a leitura dos textos, que organizações em geral têm implantado o “taylorismo digital” como formato de gestão e controle. A despeito de já existirem casos em que grandes organizações abandonaram o formato taylorista por declararem sua ineficácia, é possível perceber uma adesão a essas práticas, mesmo que de uma forma sutil para não gerar em seus empregados uma aversão.

Um exemplo do uso dessas práticas é o hábito de empregadores se utilizarem da justificativa de “segurança” do ambiente de trabalho para a implantação de sistemas de monitoramento visual (câmeras), que atuam como meios de controle dos funcionários, de uma forma tênue ou até oculta, intensificando as práticas repressivas de controle, para atingir a otimização do trabalho, e como consequência, o aumento dos lucros com a maior produção, além da redução de gastos financeiros relacionados ao desperdício de tempo e matéria-prima, ou seja, mantêm-se as motivações principais e observa-se uma mudança de estratégia de atuação, objetivando evitar o desacordo entre funcionários que, hoje, compartilham de uma nova realidade de trabalho, munidos pela busca da informação contínua de seus direitos e deveres organizacionais.

Nesse contexto, os textos emanam uma reflexão a cerca do que, realmente, representa a obsolescência do modelo taylorista na atualidade, ou a amoldagem desse modelo às necessidades trabalhistas atuais. O que se deve enfatizar é que a presença maciça da tecnologia

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