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A Perda Esperada

Por:   •  6/3/2018  •  3.315 Palavras (14 Páginas)  •  233 Visualizações

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A adoção da Perda Esperada em uma IF substituirá o Índice de Perda Previsto (IPP), que pode ser entendido como uma provisão para certa expectativa de perda.

Na referida IF o processo encontra-se na fase de desenvolvimento tecnológico para substituição no sistema de precificação, no entanto há poucas análises acerca do impacto na precificação de produto de crédito.

O presente estudo objetiva estimar o impacto da alteração do componente IPP para PE de um produto de crédito.

Para o alcance do objetivo, o atual e o novo modelo de precificação de operações de crédito utilizado pela IF serão abordados além de exercícios com as alterações propostas e seu impacto em margens de ganho de determinado produto.

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- REFERENCIAL TEÓRICO

- Risco de Crédito

O risco de crédito é um processo de quantificar a possibilidade de a IF incorrer em perdas, na hipótese dos pagamentos não se confirmarem.

Segundo Bessis (1998) apud Vicente (2001) o risco de crédito possui duas dimensões: a quantidade e a qualidade do risco, este refere-se a probabilidade ou sinais de possíveis perdas, aquela refere-se ao que pode ser potencialmente perdido nas operações de crédito.

Lima (2008) afirma que as IFs ao cobrarem uma espécie de prêmio de risco para cada empréstimo geram um colchão para as perdas que possam surgir em empréstimos inadimplentes.

E isso nada mais é que gerenciamento de risco que corrobora com o objetivo do Acordo de Basileia II.

- Perda Esperada

Segundo Assaf e Brito (2008) a perda esperada pode ser definida como a estimativa estatística da média das perdas do portfólio e representa a perda em que a instituição espera incorrer em uma carteira de crédito ao longo de determinado período. Isso é feito mensurando o risco de crédito, que é o processo de quantificar a possibilidade de a Instituição Financeira incorrer em perdas, no caso de os fluxos de caixa esperados com as operações de crédito não se confirmarem.

Para a mensuração de risco de crédito utiliza-se dois conceitos principais: a perda esperada (expected loss — EL) e a perda não-esperada (unexpected loss — UL).

A Perda Esperada pode ser escrita com a seguinte equação:

EL = EAD.LGD.PD

A probabilidade de inadimplência (PD) pode ser atribuída com base em dados de mercado (spreads) ou com base em ratings. Segundo Lima (2008) a classificação de risco equivale a avaliar a capacidade de pagamento de um cliente. Tanto quantitativa como qualitativamente.

O processo de atribuição de uma probabilidade de inadimplência para uma classificação de risco é chamado de calibração. O produto final de calibração das probabilidades de inadimplência para o rating é chamado de mapeamento.

A Perda Devida à Inadimplência (LGD) quantifica a parcela de porção de uma perda que o banco realmente não conseguiu recuperar em caso de inadimplência.

Segundo Lima (2008) a LGD pode ser calculada de diferentes formas, sendo mais usual dividir as perdas totais pela exposição ao risco, ou também, dividir as perdas pela porção não garantida de cada linha de crédito.

A Exposição ao Default (EAD) é a quantia que especifica quanto que o banco tem exposto em relação ao seu tomador ou devedor.

- Perda Inesperada

A Perda Inesperada é determinada pela diferença entre o VaR (distribuição da pior perda agregada para determinado nível de confiança) e a PE. Para esta parcela, o Banco protege-se alocando capital para cobertura de riscos.

- Basileia II

De acordo com o site do Banco Central do Brasil o novo acordo é direcionado aos grandes bancos tendo como base três pilares mutuamente complementares:

-Pilar 1: requerimento de capital;

-Pilar 2: revisão pela supervisão do processo de avaliação da adequação de capital dos bancos;

-Pilar 3: disciplina de mercado

A implementação do Novo Acordo de Capital da Basileia no Brasil está sendo feita de forma gradual. A primeira manifestação formal do Banco Central do Brasil para sua adoção se deu por meio do Comunicado 12.746, de 9 de dezembro de 2004, em que foi estabelecido cronograma simplificado com as principais fases a ser seguidas para a adequada implementação da nova estrutura de capital.

- Contribuições de pesquisas sobre o tema

Dantas et al (2009) avaliou o grau de transparência do risco de crédito praticado pelas instituições financeiras brasileiras, tendo por referência as divulgações qualitativas e quantitativas requeridas pelo Acordo de Basiléia II.

Pazzoto (2012) fez uma revisão conceitual do risco de crédito. Tendo a perda esperada como o principal componente do risco de crédito, e propôs uma maneira nova para o cálculo da mesma.

Assaf e Brito (2008) propõem um conjunto de procedimentos para mensurar o risco de portfolios de créditos concedidos por instituições financeiras a empresas, considerando a disponibilidade de dados do mercado de crédito brasileiro.

Chaia (2003) já afirmava que após um período de implementação e utilização diária de modelos internos para gestão do risco de mercado e alocação de capital, as instituições financeiras passaram a se preocupar em desenvolver modelos similares para mensuração do risco de crédito cujo objetivo era resumir em um único número as perdas inesperadas de uma carteira de empréstimo em decorrência de mudança na qualidade de crédito dos devedores.

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- METODOLOGIA

Trata-se de uma investigação teórica-empírica desenvolvida através de pesquisa quase-experimental onde será analisada a alteração do insumo IPP para PE em um produto de crédito de determinada IF.

A estratégia de pesquisa utilizada no presente trabalho será bibliográfica (revisão teórica) pois procura explicar e discutir a Perda Esperada

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