A GESTÃO DO TEMPO DOS ESTUDANTES DE ADMINISTRAÇÃO QUE TRABALHAM E SUA PERCEPÇÃO ACERCA DA RELAÇÃO DESTA GESTÃO COM O DESEMPENHO ACADÊMICO
Por: Rodrigo.Claudino • 22/3/2018 • 1.978 Palavras (8 Páginas) • 299 Visualizações
...
2. REFERENCIAL TEÓRICO
Nesta etapa da pesquisa irão ser apresentadas literaturas de obras científicas que darão suporte ao desenvolvimento do projeto, fazendo-se uso de material publicado num período de 18 (dezoito) anos. Optou-se por expor os tópicos do aludido referencial teórico de forma que sejam apresentadas as posições dos autores, conceitos e aspectos relevantes sobre o tema da pesquisa.
2.1 Gestão do Tempo
Segundo Chaves (1992 apud Reis 2006) gerir o tempo é saber usá-lo para fazer coisas consideradas importantes e prioritárias, profissional ou pessoalmente. Então, a gestão do tempo é essencial no uso de métodos para o planejamento e execução de atividades visando aumentar a efetividade, eficiência e produtividade.
Hoffmann (2004) explica que é no cotidiano que os alunos descobrem tempo e condições necessárias para a aprendizagem, onde o tempo é responsável pelas ações estratégicas de estudo. Nesse sentido, e sabendo das variáveis enfrentadas pelos estudantes que se dividem entre trabalho e estudo acadêmico, é notável a importância da adoção de medidas estratégicas visando a gestão desse recurso escasso que é o tempo.
Conforme Santos (2000), as estratégias de aprendizagem influem positivamente no rendimento escolar dos universitários, aspectos como a gestão do tempo de estudo é responsável pelo desenvolvimento de processos ligados à autonomia e iniciativa dos estudantes.
Como o tempo é um recurso limitado e as tarefas na faculdade são constantes, assim como o nível de cobrança de entrega de trabalhos, leituras são exigidas para a realização de provas ou discussões em sala de aula. O sucesso acadêmico, ou aferição de um bom desempenho, não está somente associado às atividades realizadas em sala de aula, mas também às tarefas extra-classe e como o estudante desenvolve seu plano de estudo para realizá-las. Segundo Carelli e Santos (1998), atividades como leitura de textos, resolução de problemas, pesquisas, e etc, garantem uma formação acadêmica mais satisfatória e propiciam ao aluno um senso crítico acerca de universos diferentes.
De acordo com Leite et al. (2003) o estudante tem um bom desempenho quando exerce controle sobre o tempo, ocasionando maior contentamento no trabalho e menos tensão física. Visto que ao desenvolver técnicas de gestão do tempo o estudante passa a ter percepção de como destinar esforços para a execução de atividades.
2.2 Alunos que Trabalham
França e Cassaro (2012) falam que o trabalho apresenta-se de forma negativa e positiva no desenvolvimento do homem. A primeira diante do desgaste físico e mental que ele pode causar, e a segunda em decorrência da sua dignidade e habilidade em como se organizar no tempo.
Diversos fatores afetam o desempenho acadêmico do estudante, dentre eles está a influência do trabalho. Para tanto é de fundamental importância entendê-los, pois estes podem estar relacionados tanto com características socioeconômicas e culturais, quanto educacionais e motivacionais de cada estudante.
Carelli e Santos (1999) relatam que os alunos que trabalham, em comparação com os que apenas estudam, tem baixo rendimento acadêmico em consequência da falta de tempo para dedicação aos estudos e para acompanhar o curso integralmente. Tal afirmativa é corroborada por Hoffmann (2004, p. 41) que diz que "uma tarefa igual não é cumprida ao mesmo tempo por todos, porque não representa o mesmo desafio, o que vale para inúmeras situações".
Assim, o desperdício de tempo resulta em alguma perda significativa. No cotidiano acadêmico não é diferente. E quando o estudante, que também trabalha, não faz uma boa gestão do seu tempo, essa perda pode resultar num desempenho acadêmico ruim e uma formação profissional sem atrativos.
2.3 Avaliação do Rendimento Escolar do Estudante
Por uma ótica holística, é essencial definir parâmetros para que se possa mensurar o rendimento do estudante, mesmo que este tenha seu desempenho influenciado por fatores alheios ao seu controle. Dessa maneira, algumas instituições de ensino superior, com seus diversos normativos, utilizam a média do período para medir o rendimento do estudante em relação às matérias cursadas em determinado período.
Na Universidade Federal de Alagoas (UFAL), o rendimento do estudante é demonstrado em seu Histórico Analítico ao final de cada período cursado, que segundo o Manual do Professor (2007, p. 13) “se refere à média ponderada das médias finais obtidas nas disciplinas cursadas, no último período letivo, com pesos iguais às respectivas cargas horárias”.
Hoffmann (2013) enfatiza a necessidade dos professores em atribuir média resultante da aplicação de testes, e diante dessa resistência acaba sendo difícil gerar avaliações sem a obrigatoriedade de testar e medir. A autora ainda irá dizer que "a compreensão de muitos professores é de que 'tudo pode ser medido', sem que se deem conta de que muitas notas são atribuídas arbitrariamente, ou seja, por critérios individuais, vagos e confusos, ou precisos demais para determinadas situações". (HOFFMANN, 2013, p. 61). Exemplo disso são aspectos passivos de nota atribuídos aos estudantes, como "comprometimento, interesse, participação", ou ainda, tarefas sem pontuações precisas, como "redação, desenhos, monografia".
O Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (ENADE) é outra forma de avaliação, sendo que de caráter externo, do rendimento dos acadêmicos dos cursos de graduação das instituições de ensino superior. Ele avalia o desempenho dos alunos ingressantes e dos concluintes, aferindo a qualidade do desenvolvimento de competências e habilidades necessárias ao aprofundamento da formação geral e profissional, e o nível de atualização dos estudantes com relação à realidade brasileira e mundial.
Isto posto, percebe-se que definir métodos precisos de avaliação de desempenho é algo complexo e nada simplista. Pois, tais métodos serão responsáveis pelo modo como a perfornance do estudante será interpretada durante sua vida acadêmica e profissional.
3. METODOLOGIA
Este capítulo aborda os procedimentos metodológicos que serão utilizados nesta pesquisa. Estão divididos em caracterização do estudo, universo e amostra, técnica de coleta de dados, técnica de análise dos dados e cronograma.
3.1 Caracterização
...