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A Economia Brasileira

Por:   •  27/10/2018  •  1.374 Palavras (6 Páginas)  •  234 Visualizações

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o caráter conservador dessa política, que teria sido a responsável pelo atraso da industrialização brasileira. Divergindo dessa corrente interpretativa, autores como Celso Furtado, Antonio Castro e Maria da Conceição Tavares, que também têm divergências entre si, admitem os compromissos de Vargas com as classes dominantes tradicionais, mas concluem pela implantação de um novo padrão de crescimento centrado na indústria.

O Estado brasileiro durante esses 15 anos deixa de ser um Estado federal/oligárquico para transformar-se num Estado nacional/centralizado.

A hipótese principal que o artigo pretende desenvolver é a de que, com o tenentismo, o integralismo, o aliancismo, mas principalmente com a inserção das categorias sociais de Estado no aparelho estatal, as camadas médias urba-nas adquiriram um certo ’grau de autonomia política, em relação tanto às classes dominantes quanto às classes subordinadas.

O debate intelectual foi acirrado e rico nesse período, e uma das características gerais do pensamento social produzido então é a consciência da existência de uma crise e a noção da necessidade da mudança, assim como o cetícismo e a ínquíetaçâo.

Outros traços comuns que definem esse clima ideológico são o autoritarismo, o estatismo, o combate ao liberalismo e a todas as outras "idéias importadas", a mentalidade antipartido político, o corporativismo, o nacionalismo e o objetivisrno tecnocrático.

houve não só divergência no interior do pensamento autoritário, como também a imposição de uma corrente vencedora: a "ideologia de Estado", modelo de pensamento analisado pelo sociólogo Bolivar Lamounier, e que se impõe definitivamente com a implantação do Estado Novo.

Texto 3: A Nova República e o Plano Cruzado

Com o golpe de 1964, os militares se apossaram do poder. No período de 1968 a 1973, o Brasil viveu o seu milagre econômico, um modelo de crescimento acelerado que se mostrou excludente e concentrador. A partir de 1974 o país entrou em um longo período de crise. Diante desse quadro de crise foi elaborado e executado o II Plano Nacional de Desenvolvimento (II PND), que fracassou. Na seqüência foi elaborado e executado o III PND que também fracassou na sua proposta econômica, mas foi feita a transição política. A partir de março de 1985, o Brasil passou a ter um governo civil e uma nova política econômica começou a ser preparada. Estava escolhido, pelo voto indireto, o sucessor do presidente Figueiredo, com previsão de posse para o dia 15 de março de 1985. Isso não aconteceu, em virtude do estado de saúde de Tancredo Neves.

A Nova República, expressão utilizada por Tancredo Neves para denominar o período que seu governo iniciaria, acabou por não se mostrar assim tão nova, devido a uma série de circunstâncias. Tancredo não chegou a assumir a Presidência da República, pois faleceu pouco tempo depois. O governo de seu sucessor, Sarney, e a sua equipe encontraram pela frente um processo inflacionário que se acelerava.

O Diário Oficial da União do dia 28 de fevereiro de 1986 trouxe o texto do Decreto-Lei nº 2.283 de 27 de fevereiro de 1986, que dispunha sobre a instituição da nova unidade do sistema monetário brasileiro. Estava lançado, assim, o plano heterodoxo de combate à inflação, conhecido como Plano Cruzado, que estabelecia: Reforma monetária, tabelamento de preços, correção dos salários, política salarial, política cambial, correção monetária, tabela de conversão, correção dos aluguéis, das prestações da casa própria e das mensalidades escolares, seguro-desemprego, e outros aspectos do plano.

Como conseqüência do conjunto de medidas adotado, a inflação literalmente despencou e se manteve em níveis baixos nos meses seguintes.

O texto do artigo 39 dizia expressamente que qualquer pessoa do povo poderia e todo servidor público deveria informar às autoridades competentes sobre infrações à norma de congelamento de preços e prática de sonegação de produtos, em qualquer parte do território nacional. O povo atendeu ao chamamento do presidente da República e ajudou os fiscais da Superintendência Nacional de Abastecimento e Preços (Sunab) a fazer cumprir o tabelamento, como se fosse um dever cívico. Surgiram assim os “fiscais do Sarney”.

Os resultados imediatos do plano, tanto nos seus aspectos econômicos como nos políticos, foram muito positivos. Isso porque as medidas heterodoxas se mostraram eficazes, fazendo com que a inflação declinasse, o que permitiu ao governo colher os seus dividendos políticos

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