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Sociologia do corpo

Por:   •  28/11/2017  •  4.339 Palavras (18 Páginas)  •  435 Visualizações

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Finalmente, consideraremos o corpo em seu envelhecimento. Como outros aspectos de nossas vidas nas sociedades modernas, o envelhecimento já não é o que foi. O processo de envelhecimento não é simplesmente físico, e hoje a posição dos idosos na sociedade está mudando de modo fundamental.

A base Social da Saúde

O século XX testemunhou um significante da expectativa de vida para as pessoas que vivem em países industrializados, comparando com outras partes do mundo, os padrões de saúde e de bem-estar estão relativamente alto. Muitos desses avanços na saúde publica foram atribuídos ao poder da medicina moderna. Quanto mais o conhecimento e a especialização crescem, segue o argumento, mais podemos esperar aperfeiçoamentos sólidos e sustentados da saúde publica.

Embora essa abordagem à saúde e à doença seja extremamente influente, é um pouco insatisfatória para os sociólogos. Isso ocorre porque ignora o papel importante das influencias sociais e ambientais nos padrões de saúde e doença. Os aperfeiçoamentos na saúde publica em geral, durante o século passado, não podem dissimular o fato de que a saúde e a doença não são distribuídas uniformemente por toda a população. Pesquisas mostram que certos grupos de pessoas desfrutam de mais saúde do que outros. Essas desigualdades na saúde parecem estar ligadas à padrões socioeconômicos mais amplos.

Classe e Saúde

As pesquisas sobre saúde e classe revelam uma clara relação entre padrões de mortalidade e morbidade (doença) e uma classe social especifica. Embora, na sociedade em geral, exista uma tendência de melhoria no campo da saúde, há consideráveis disparidades entre as diversas classes, afetando os indicadores de saúde, incluindo peso natal, pressão sanguínea e riscos de doenças crônicas. Indivíduos de altas posições socioeconômicas normalmente são, em media, mais saudáveis, altos e fortes, e vivem mais tempo do que os de baixa escala social.

Algumas das principais desigualdades na saúde relacionadas à classe foram resumidas por Browne e Bottrill (1999). Eles incluem:

Trabalhadores manuais não-profissionalizados de classe social baixas, tem duas vezes mais possibilidades de morrer antes da aposentadoria do que trabalhadores de colarinho branco que estão no topo da classes ocupacionais.

Duas vezes mais bebes nascem mortos ou morrem na primeira semana de vida em famílias não-profissionalizadas do que em famílias profissionalizadas.

Pessoas da classe trabalhadora visitam seus médicos com mais frequência, apresentando maior numero de sintomas médicos do que pessoas em ocupações profissionais; as doenças persistentes são 50% mais frequentes entre os trabalhadores manuais dos que entre profissionais.

As desigualdades de saúde relacionadas à classe social são mais pronunciadas entre os que passaram grandes períodos desempregados; pessoas que trabalham tendem a viver mais do que aquelas que estão sem trabalho.

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Gênero e Saúde

A disparidade de saúde de homens e mulheres também foram notadas nas pesquisas. Em geral as mulheres usufruem de maior expectativa de vida do que homens em quase todos os países, ao mesmo tempo, as mulheres também sofrem maior incidência de doenças do que os homens, particularmente na velhice, as mulheres são mais propensas a buscarem cuidados médicos e a apresentarem maiores taxas de doenças detectadas através do auto exame do que os homens.

Algumas explicações genéticas foram apresentadas para das conta das diferenças de saúde entre homens e mulheres, embora seja possível que os fatores biológicos contribuam para certas discrepâncias de saúde.

De modo mais amplo, a vida das mulheres é inerentemente diferente da dos homens no que diz respeito aos papeis e às tarefas comumente desempenhadas, no entanto, qualquer analise da saúde da mulher deveria considerar a interação entre as influencias sociais, psicológicas e biológicas.

Raça e Saúde

Embora a saúde seja racialmente padronizada nas sociedades maior das hipóteses, parcial.

Alguns estudiosos voltaram-se para explicações culturais e comportamentais afim de explicar a padronização racial da saúde. Explicações culturais das desigualdades de saúde fundadas na classe social, enfatiza-se os estilos de vida individuais ou grupais que parecem resultar em saúde precária, geralmente são considerados como ligados a crenças religiosas ou culturais, como hábitos dietéticos e culinários ou consanguinidade (pratica de casamentos dentro das famílias em nível de primos em segundo grau). Pode-se, no entanto, acusar essas abordagens de assumirem uma visão etnocêntrica de saúde.

A presença do racismo institucional foi assinalada no fornecimento dos cuidados médicos. Os grupos étnicos podem experimentar acesso desigual ou problemático ao serviço de saúde. As barreiras de linguagem podem apresentar dificuldades, se as informações não puderem ser transmitidas de modo eficaz; as ideias culturais especificas de doença e tratamento muitas vezes são desconsideradas por profissionais no interior do serviço de saúde, o Serviço Nacional de Saúde tem sido criticado por não exigir de seus profissionais maior compreensão das crenças culturais e religiosas e por dar pouca atenção as doenças que ocorrem predominantemente em populações não-brancas.

Não há nenhum consenso sobre a conexão entre as desigualdades de raça e as de saúde. Mas é claro, que a questão das desigualdades de raça e saúde deem ser consideradas em relação aos fatores sociais, econômicos e políticos mais abrangentes que afetam grupos étnicos minoritários.

Medicina e Saúde num mundo em constantes mudanças

Cada vez mais aumenta a percepção de que não são somente os médicos especialistas que possuem o conhecimento e a compreensão sobre a saúde e a doença. Estamos todos em posição de interpretar e formar nosso próprio bem-estar através da compreensão de nossos corpos e através das escolhas que fazemos cotidianamente sobre dietas exercícios físicos, padrões de consumo e estilo de vida em geral. Essas novas tendências do pensamento popular sobre a saúde. Também tem se dado uma ênfase cada vez maior as “escolhas sobre o estilo de vida” – como o tabagismo, o exercício a alimentação, considerados influentes no

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