O Serviço social e o idoso institucionalizado
Por: Kleber.Oliveira • 21/1/2018 • 15.846 Palavras (64 Páginas) • 411 Visualizações
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6- O ABANDONO DO IDOSO INSTITUCIONALIZADO..................................54
6.1 Conflitos Familiares.................................................................................56
7- O SERVIÇO SOCIAL NA ATUAÇÃO COM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS
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8- CONSIDERAÇÕES FINAIS.........................................................................63
9-REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................6
- INTRODUÇÃO
Quando falamos sobre idosos abandonados, não falamos apenas sobre aqueles que foram abandonados em asilos, mas também daqueles que são abandonados por seus familiares em suas próprias casas. Muitas pessoas acham que o idoso é como se fosse um objeto velho e descartável, esquecendo-se de tudo que eles já fizeram por nós, suas experiências e aprendizados. A própria família as vezes acha que não é necessário um cuidado maior nessa fase da vida e a correria do dia a dia tornam as pessoas cada vez mais distantes uma das outras.
Existe hoje um grande contingente de idosos, dentre os quais alguns possuem uma boa renda, proporcionando um bom nível social a seus descendentes, fazendo com isso uma aproximação mais intensa; divergindo totalmente daqueles, estes que possuem um nível econômico mais baixo, são geralmente abandonados pela família e muitas vezes pelos próprios asilos que os discriminam e maltratam, esquecendo o dever solidário para com os mesmos.
O idoso ao sofrer de desafeto pela família, também perde seus objetivos, envelhecendo e adoecendo mais rapidamente, pois segundo a nossa Constituição Federal em seu artigo 229 salienta que os filhos maiores tem o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade; assim como o artigo 230, também da Carta Magna, disciplina o amparo ao idoso, defendendo sua dignidade e bem estar, garantindo-lhe o direito à vida, reconhecendo ser “dever da família, da sociedade e do Estado, amparar as pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar, garantindo-lhes o direito à vida”.
O idoso muitas vezes é o provedor de uma família, afinal com o desemprego e as dividas torna-se cada vez mais comum familiares que moram com idosos aposentados, tendo assim condições de se manter, o que não quer dizer que este idoso esteja bem cuidado ou que tenha a devida atenção que merece nessa fase da vida. Embora o envelhecimento seja um processo natural, há pouco planejamento para o pós-aposentadoria. É uma fase marcada por mudanças, alteração na estrutura familiar e o desligamento das relações de trabalho.
Embora o dever de cuidado das famílias para com os idosos seja regulamentado juridicamente em seu artigo 98 da Lei 10.741, Estatuto do Idoso, há um dever determinado pelo respeito e pelo afeto dos laços familiares que independem de jurisdição, que não necessitam de regulamentação, embora muitos sofrem por abandono material e afetivo sem a mínima satisfação de suas necessidades básicas e afetivas, deixando de cumprir com seu dever de zelo e proteção ao idoso.
Outra questão importante é que o fenômeno do envelhecimento se objetiva num momento de aceleradas transformações econômicas, sociais, políticas e culturais. No âmbito da família, por exemplo, têm ocorrido intensas mudanças e arranjos decorrentes dessas transformações que contribuem para o aumento das dificuldades em assumir os encargos e os cuidados que no passado proporcionavam aos idosos. Neste sentido, não apenas o idoso está exigindo maior tratamento analítico e seguridade social, mas, também, a própria família (PEREIRA, 2005).
Os idosos vêm atravessando inúmeras situações de descaso, desprezo, por serem considerados improdutivos particularmente abandonados pela sociedade e familiares (REIS, 2011).
O proposito deste trabalho é garantir a proteção social aos idosos, e mostrar a importância da família nessa fase da vida, e também o trabalho do assistente social buscando através das políticas públicas para que contribuam no processo de envelhecimento saudável, no fortalecimento dos vínculos familiares e no convívio comunitário.
O objetivo geral desta pesquisa é compreender o porquê, tantos idosos vêm sendo maltratados e esquecidos pelas famílias, pela sociedade e pelo Estado, quando na verdade respeito, dignidade e carinho, são essenciais para sobreviverem.
E temos como objetivos específicos conhecer a realidade desta parte da população, conhecer os tipos de violências a que esses idosos são expostos, as leis que protegem estes seres humanos. Um estudo que busca esclarecer o porquê a sociedade ainda fecha os olhos para esse problema.
- O CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO IDOSA
A partir dos anos 70 (século XX), com o crescimento populacional de idosos no Brasil, buscou-se uma atenção maior a esta demanda, por meio da criação de políticas públicas para a 3ª idade. Nesse mesmo período, constitui-se o Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social (SINPAS), que colabora para ampliação de alguns programas voltados para o idoso, com objetivo de promover sua participação no seu meio social, e em 1994 homologa-se a Política Nacional do Idoso, Lei 8.842/94. Decorrentes destes eventos, Programas, Projetos, Serviços e Ações foram realizados em benefício do idoso (Rodrigues, 2001).
Nesse cenário, novas formas de intervenção na saúde do idoso foram desenvolvidas. Dentre elas, destacam-se os grupos de promoção da saúde, definidos como uma intervenção coletiva e interdisciplinar para o fortalecimento da autonomia, independência na realização das atividades, assim como uma melhor qualidade de vida (Tahan & Carvalho, 2010). A qualidade de vida se apresenta como um conceito dinâmico, arquitetado a partir da descrição e da interpretação das relações dialógicas do indivíduo com seu habitual social, cultural, biológico, psicológico e físico. No campo do envelhecimento está relacionada à manutenção da autonomia, isto é, à medida que o idoso mantém sua capacidade funcional, por meio de atividades de vida diária, a tendência da qualidade de vida torna-se elevada (Galisteu, Facundim, Ribeiro & Soler, 2006).
Segundo Veras, (2001, p.11- 12) a longevidade
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