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A Educação Popular

Por:   •  1/9/2018  •  3.592 Palavras (15 Páginas)  •  293 Visualizações

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Seguindo o conselho de Paulo Freire, que pediu para reinventá-lo o processo metodológico da Educação Popular num contexto da intersecção da política pública com os sujeitos de direitos, propomos abaixo este percurso, que aproxime o referencial epistemológico e metodológico com o ciclo, o fazer e a construção de políticas públicas mais participativas. Por conta disso os 6 espaços apresentados abaixo são para fazer valer a proposta metodológica da Educação Popular.

1- O cenário.

2- O espaço de encontro: Este deve explicitar o sonho, envolver os sujeitos políticos para o momento do encontro é essencial na Educação Popular. Este espaço deve apontar a relação entre governo e sociedade civil, movimentos sociais, grupos organizados. Para isso é importante identificar e mapear as práticas de Educação Popular existentes no governo e nos movimento sociais.

3- Espaço de problematização: Este define os objetos de ação, fomenta a reflexão questionando as causas do fato, desmonta a visão mágica ao propor falar dos problemas cotidianos com a comunidade, refletindo em torno da situação conjuntural e de suas causas econômicas, políticas, sociais, culturais,etc.

4- Ação e reflexão: Neste momento é importante considerar as demandas, os desejos e o conhecimento acumulado e sistematizado dos movimentos sociais, dos grupos organizados, da Instituições de ensino e pesquisa e dos governos. É um momento do diálogo ampliado com todos os sujeitos que produzem saberes e ação política.

5- Aprendizagem criativa: num processo de construção coletiva se pactua propostas e ações com os diferentes sujeitos e em diferente níveis de envolvimento. Reforça também a filiação, a vinculação, o sentimento de pertença, a coesão o diálogo e o fortalecimento das diversas redes e organizações da sociedade civil como também o diálogo contínuo e permanente com os governos.

6- Reivindicação: reinventar é sempre uma possibilidade de renovar e de rever o proposto. Neste sentido, a reinvenção é o momento de fazer uma avaliação que busque evidenciar os resultados alcançados e assim, pode retornar ao ciclo.

Discussão dos princípios fundamentais da Educação Popular

Conhecimento da Realidade.

O conhecimento da realidade parte da concepção de se conhecer o cenário com o qual o educador popular trabalhar. Essa parte da realidade é concebida como um espaço que integra o sonho e a realidade, estimulando o processo a partir da história dos sujeitos, da comunidade na perspectiva da construção coletiva e da troca dos saberes. É estar e colocar-se junto, saber ouvir e escutar, fortalecer o sonho com o/a outro/a.

Neste sentido, registrar a primeira conversa e contato, sistematizar o que se realiza é primordial na proposta metodológica da Educação Popular.

Investigar a realidade vivida, levantar a visão de mundo dos sujeitos sobre a realidade por meio de diálogos, pesquisa-ação, pesquisa-participante e também sistematização de dados objetivos do contexto, a partir da vivencia dos territórios e construir elementos como ponto de partida para que a cultura politica esteja permeada pelas práticas de Educação Popular com vistas á transformação da sociedade.

A prática concreta dos grupos acompanhados

Tendo como ponto de partida a Educação Popular é um processo coletivo de elaboração do conhecimento que desenvolve junto a educadores/as a capacidade de ler criticamente a realidade para transformá-la e que a apropriação critica dos fenômenos e de suas raízes permite o entendimento dos momentos e do processo da luta de classes, ajudando a quebrar as formas de alienação, a busca e descoberta do real e para a sua superação. Então podemos dizer que o principal campo da prática da educação popular está no trabalho de base, que pode se dar em diferentes espaços populares e institucionais, no território, no campo, na cidade, nas periferias e centros.

Neste sentido, o alimento da Educação Popular é o trabalho de base e este se alimenta através da proposta pedagógica da Educação Popular. Condição e sustento do trabalho politico e do trabalho de massa, um dos principais campos das práticas da Educação Popular está no fazer cotidiano do trabalho de base junto aos grupos organizados e não organizados.

A Educação Popular se realiza junto ás comunidades, grupos empobrecidos, beneficiários das politicas de transferência de renda e politicas sociais, junto ás pastorais sociais e pequenos grupos organizados que querem formas associações ou cooperativas, grupos de mulheres, juventudes, populações tradicionais, agentes de saúde e comunitários, fóruns de economia solidária, de educação de jovens e adultos. A Educação Popular está aonde está o povo do campo e da cidade que lutam dia-a-dia há anos para que possam ter voz e vez, serem protagonistas e construtores de sua própria história.

Ela também se dá em espaços de democracia participativa, consagrados na Constituição de 1988, como conselhos de politicas públicas, cujo papel é de articulação, formulação e monitoramento de políticas entre governo e sociedade civil. Em razão disso, há nestes espaços também uma demanda e necessidade de formação politica de seus conselheiros para o efetivo exercício da representação.

Também acontece em espaços formais de educação, envolvendo os diferentes ciclos e fases do processo de aprendizagem ( da infância á terceira idade). Os princípios da Educação Popular podem ser vivenciados não só nos espaços das escolas públicas, dos hospitais, universidades e faculdades, mas também em todos os espaços educativos e formativos comunitários, particulares e a todas as entidades que recebem subvenção pública para que se adote uma metodologia de trabalho popular baseada no diálogo entre os diferentes saberes.

Construção coletiva de conhecimento

Num processo de construção coletiva de conhecimento se pactua propostas e ações com os diferentes sujeitos e em diferentes níveis de envolvimento. Reforça também a filiação, a vinculação, o sentimento de pertença, a coesão, o dialogo e o fortalecimento das diversas redes e organizações da sociedade civil, como também o dialogo continuo e permanente entre os governos.

Neste sentido, espaços como os conselhos, fóruns, comitês, devem ser qualificados, potencializados, fortalecidos e legitimados enquanto práticas de Educação

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