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TRABALHO DE GRUPO

Por:   •  30/1/2018  •  3.130 Palavras (13 Páginas)  •  465 Visualizações

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É exatamente nesse momento que o pedagogo vem atuar na transformação das informações em conhecimento, de uma forma sistemática, atendendo a pressupostos epistemológicos seus ou do seu entorno, de forma dialética, e por isso esse ato é político, como nos afirma Paulo Freire (1987).

O desenvolvimento humano, dentro dessa perspectiva, não pode ser considerado como transmissão de conhecimento, nem tampouco desenvolvimento natural e espontâneo, mas como um processo mediado de atualização cultural do sujeito onde o processo de transformação é tanto do sujeito quanto de seu meio (Sacristán, 1998; Krug, 2007; Paro, 2001a e 2001b).

Da mesma maneira os ramos das ciências humanas estão interligadas para integrar novos conceitos e novas atuações dos profissionais. Assim argumenta Ladislau Dowbor[1],

Este é um pouco o caminho que leva um economista, que percebe que os problemas da sua área exigem soluções pertencentes a um universo mais amplo, a encontrar-se de repente na mesma plataforma de discussão de um educador; que também busca respostas no econômico, no social, no político. Porque o que se coloca na realidade neste fim de século, é a questão do nosso futuro comum (Dowbor apud Freire, 2006)”.

A pedagogia considerada como arte, ciência e profissão de ensinar, cujo objetivo maior é a reflexão, ordenação, a sistematização e a crítica do processo educativo, tem sua formação regulamentada nos termos das diretrizes curriculares nacionais, resolução CNE/CP n° 1, de 15 de maio de 2006, e fundamentada no art. 64 da lei n° 9.394 de 20 de dezembro de 1996. Alem de formar professores, a pedagogia prepara profissionais capazes de compreender e colaborar para uma educação de melhor qualidade na realidade brasileira, comprometidos com a transformação social.

A lei n◦ 9.394 de 20 de dezembro de 1996, mais conhecida como LDB, lei de diretrizes de bases da educação nacional, assim nos diz com relação à formação do profissional da educação:

A formação de profissionais de educação para administração, planejamento, inspeção, supervisão e orientação educacional para a educação básica, será feita em cursos de graduação em pedagogia ou em nível de pós-graduação, a critério da instituição de ensino, garantida, nesta formação, a base comum nacional.

Com relação à atuação do pedagogo em espaços não escolares, esse mesmo documento ainda ressalta que o perfil do graduado em Pedagogia deverá ter profundos conhecimentos teóricos, diversidade de práticas que se articulam ao longo do curso, sendo a sua dimensão assim enfatizada:

“[…] gestão educacional, entendida numa perspectiva democrática, que integre as diversas atuações e funções do trabalho pedagógico e de processos educativos escolares e não-escolares, especialmente no que se refere ao planejamento, à administração, à coordenação, ao acompanhamento, à avaliação de planos e de projetos pedagógicos, bem como análise, formulação, implementação, acompanhamento e avaliação de políticas públicas e institucionais na área de educação”.

Pedagogia Hospitalar

Segundo Wolf (2007), um desses campos não-escolares da atuação do pedagogo é a pedagogia hospitalar que funciona como uma parceria entre o hospital, a universidade representada pelos estagiários e a instituição escolar de onde o paciente é oriundo. O pedagogo através da escolarização hospitalar garante a continuidade dos estudos das crianças hospitalizadas, promovendo a adaptação, a motivação, e a ocupação sadia do tempo ocioso através de atividades de leitura, garantindo o direito a educação.

Sua atuação pode se dar na ala de recreação do hospital, ou com as crianças que necessitam de estimulação essencial, com classe hospitalar de escolarização para continuidade dos estudos e no atendimento ambulatorial.

A pedagogia hospitalar vai além do atendimento ao paciente, estendendo também a sua família que freqüentemente apresentam problemas de ordem psicoafetiva que podem interferir na adaptação no espaço hospitalar.

A prática hospitalar do pedagogo vai depender do efetivo envolvimento com o doente como também a modificação no ambiente que está envolvido junto aos programas adaptados às capacidades e disponibilidades do enfermo. Essa prática é tão importante que o teórico Pimenta (2001) discute a respeito da formação do pedagogo e diz que ele é um profissional que:

Atue como gestor/pesquisador/coordenador de diversos projetos educativos, dentro e fora da escola; pressupondo sua atuação em atividades de lazer comunitário; em espaços pedagógicos nos hospitais e presídios; na formação de pessoas dentro das empresas; que saiba organizar processos de formação de educadores de ONG’s; que possa assessorar atividades pedagógicas nos diversos meios de comunicação como TV, rádio, Internet, quadrinhos, revistas, editoras, tornando mais pedagógicas campanhas sociais educativas sobre violência, drogas. AIDS, dengue; que esteja habilitado à criação e elaboração de brinquedos, materiais de auto-estudo, programas de educação a distância; que organize, avalie e desenvolva pesquisas educacionais em diversos contextos sociais; que planeje projetos culturais e afins.

Pedagogia Empresarial

No âmbito empresarial são necessários profissionais para atuarem nos processos de planejamento, capacitação, treinamento, atualização e desenvolvimento dos funcionários dessa empresa, e é nesse momento que surge o pedagogo empresarial.

O pedagogo empresarial visa sempre melhorar a qualidade de prestação de serviços de uma empresa. Seja planejando, solucionando problemas, formulando hipóteses, elaborando projetos, esse profissional visa à melhoria dos processos instituídos na empresa, garantindo uma qualidade no atendimento de seus clientes e também dos seus funcionários. Todo esse processo tem por base a gestão de pessoas, desenvolvendo a capacidade de renovação da empresa e dos seus funcionários, buscando sempre o conhecimento de novas técnicas, a promoção de atitudes transformadoras e mobilizadoras, visando sempre que a empresa obtenha excelência nos atendimento às exigências do mercado e da sociedade (Greco, 2005). Assim se posiciona Minarelli (1996, p. 17 e 18):

“As grandes empresas e corporações, para sobreviver à crise econômica mundial e atender às novas demandas do mercado, eliminaram ou redesenharam cargos e, em muitos casos, operações inteiras”.E em relação às pessoas atuando dentro deste novo contexto profissional, o mesmo

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