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Relatorio neuropsicopedagogia clinica institucional

Por:   •  10/1/2018  •  2.312 Palavras (10 Páginas)  •  7.527 Visualizações

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S.J.V (nome fictício), 25 anos, frequentou até aos 10 anos a escolar regular. Desde o inicio da sua carreira estudantil vem recebendo atendimento psicopedagógico.

A aluna encontra-se matriculada na Instituição de ensino especial desde os Dezesseis anos. Foi encaminhada ao atendimento psicopedagógico com as seguintes informações: A jovem apresenta dificuldade de aprendizagem com atividades que envolvem escrita, leitura e exercícios matemáticos. Segundo o laudo da psicopedagoga da instituição, a aluna tem boa socialização, bom comportamento e está em estágio de desenvolvimento de estímulos, desenvolvendo sua capacidade de elaboração cognitiva.

Atualmente não frequenta a escola regular. No que se refere à coordenação motora fina/ grossa possui coordenação motora comprometida, dificuldade para realizar trabalhos minuciosos. A aluna apresenta nível alfabético pré-silábico, consegue escrever e fazer leituras simples, mas não de acordo com sua idade cronológica. A mesma tem potencial para a aprendizagem.

A avaliação psicopedagógica feita em S.J.V, primeiramente foi realizada com o objetivo de conhecer um pouco sobre sua história de vida e atividades ligadas à leitura e escrita, bem como às questões de raciocínio lógico-matemático, desenhos e expressões plásticas. Tudo, visando diagnosticar os aspectos sócios afetivos associados à aprendizagem (interesses, autoestima, desejos e desenvolvimento social).

4. ANAMNESE

O objetivo da anamnese é conhecer a história de vida da pessoa em avaliação. É um instrumento que possibilita a dimensão da integração do passado, presente e futuro do paciente no “seio” da família.

Na Anamnese, pretende-se colher dados significativos sobre a história do sujeito na família, agregando seus acontecimentos a partir da sua concepção no ventre da genitora, consentindo perceber a inserção deste na sua família e as influências das gerações passadas. Na anamnese, são levantados dados das primeiras aprendizagens, evolução geral do sujeito, história clínica, história das famílias materna e paterna e história escolar.

Através da anamnese, ressaltaremos a observação da família sobre a história da criança, seus preconceitos, expectativas, afetos, conhecimentos e tudo aquilo que é depositado sobre o sujeito. Consiste em entrevistar o pai e/ou a mãe, ou responsável para, a partir daí, extrair o máximo de informações possíveis sobre o sujeito, realizando uma posterior análise e levantamento do primeiro sistema de hipóteses. Para isto é preciso que seja muito bem conduzida e registrada a seção.

Segundo Weiss, A anamnese é uma das peças fundamentais deste quebra-cabeça que é o diagnóstico. Através dela nos serão reveladas informações do passado e presente do sujeito juntamente com as variáveis existentes em seu meio. Observaremos a visão da família sobre a história da criança, seus preconceitos, expectativas, afetos, conhecimentos e tudo aquilo que é depositado sobre o sujeito.

De acordo com Paín (1992, p.42), a história vital nos permitirá “(...) detectar o grau de sua individualização que a criança tem com relação à mãe e a conservação de sua história nela”.

Essa entrevista possibilitou-me colher dados significativos sobre a história de vida da paciente. Sua mãe e seu pai são divorciados e o genitor não foi convocado para a entrevista, pois este é pouco presente na vida dessa jovem. Quem somente compareceu à anamnese foi à mãe que atua com mais participação na vida de S.J.V. Esta teve total liberdade de expor seus pensamentos e sentimentos sobre a filha e os acontecimentos vividos em seu passado e a partir disso, pude compreender os pontos negativos ligados à aprendizagem.

A mãe foi bastante receptiva, respondeu a todas as perguntas da entrevista com precisão, em nenhum momento demonstrou insegurança no que falava. Ela disse que a filha sempre teve dificuldade de aprendizagem. Durante a entrevista foram feitos perguntas sobre as condições socioeconômicas da família do avaliando, a gestação, saúde, hábitos, desenvolvimento emocional, desenvolvimento psicomotor, cognitivo, da linguagem, social, a vida escolar e outros. A mãe respondeu as perguntas que estavam no roteiro e a outras que surgiram no decorrer da entrevista, que foi realizada em uma sala reservada pela diretora da escola para realização das sessões.

De acordo com a mãe de S.J.V, o motivo da procura ao atendimento clínico foi a dificuldade que ela apresenta para aprender a ler e escrever e fazer cálculos. Em relação ao comportamento da paciente, a mãe fala que ela atende os comandos, mas quando é contrariada, demonstra sentimentos como impaciência e raiva. Não fazendo nada o que é solicitada.

No âmbito escolar a paciente é uma aluna tranquila, sem queixas de reclamações oriundas das professoras. Ela se relaciona muito bem com as docentes e os colegas de classe.

Os aspectos mencionados na anamnese relata-nos grande carência afetiva familiar, houve um distanciamento afetivo entre a jovem e os pais. No âmbito familiar (separação dos pais) e que, por conseguinte, afetou em seu desenvolvimento escolar. A criança teve um desenvolvimento tardio, durante seus primeiros meses de vida, passava a maior parte do tempo no carrinho de bebe, pois a mãe trabalhava bastante. Tudo que aprendeu nos dois primeiros anos de sua existência (estímulos) foi com ajuda de sua irmã com pouca participação da mãe.

No decorrer das fases de crescimento da criança, a mãe percebeu que a mesma não apresentava desenvolvimento mental apropriado para a sua idade cronológica. Seus primeiros passos foram aos 2 anos de idade, e suas primeiras palavras aos 4 anos, após várias consultas aos fonoaudiólogos.

Dentro do seu contexto familiar, foi diagnosticado um ambiente muito conturbado e o aprendizado não foi exercitado, atribuindo assim somente à escola o exercício de ensino aprendizagem. Houve defasagens significativas e ocorreram problemas de ordem psicomotora que impediram seu desenvolvimento. Traçamos uma linha das dificuldades de enfoque psicossomáticas e verificamos o possível deslocamento e a eventual relação de não aprendizagem através dos aspectos citados acima e mencionados pela mãe.

5. DOS DADOS DO PRIMEIRO ENVOLVIMENTO DO ALUNO-PACIENTE

Paciente S. J.V: Parto normal. A paciente nasceu de 9 meses tendo parto tranquilo, com peso de 2.800 kg e 49 cm de comprimento. O Teste do pezinho foi normal.

Laudo da Psicopedagoga:

“S.J.V

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