Monografia de pedagogia ( Autor: Fagner Dias Morais)
Por: Sara • 28/8/2017 • 8.747 Palavras (35 Páginas) • 628 Visualizações
...
O presente trabalho será dividido em três capítulos: no primeiro contém um breve histórico da educação no Brasil. O capítulo II mostra um estudo sobre os alunos e suas conseqüências, no; no terceiro capítulo trata da repetência escolar em Guaribas Piauí.
CAPÍTULO I: A EDUCAÇÕA NO BRASIL
O artigo 1° da Lei n° 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (LDB), mostra que a educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais.
A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios da liberdade e nos ideais de solidariedade humana tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho (art. 2° LDB).
A educação, no Brasil desde o início já se caracteriza como excelente e eletricista. Na década de 40 as causas do insucesso da escola ainda são atribuídas a fatos orgânicos psicológicos tais como: desnutrição, verminoses, deficiências auditivas e visuais, separação dos pais, destruturação da família e falta de assistência familiar.
Segundo Souza (2003), ‘’Se não forem revestidas as condições de propagação da população com baixo nível educacional através das gerações, frações significativas da população se encontrará em uma situação de pobreza educacional nas próximas décadas’’
Esse é um conceito interessante, considerando-se que cada vez mais a educação pesa qualitativamente nos indicadores das condições de vida das pessoas. Hoje os avanços tecnológicos e das ciências, a ampliação de campos do saber, a crescente informatização, os nossos códigos de comunicação colocam os conhecimentos elementares para usar o senso comum- num outro patamar. Isso significa que rabiscar o nome ou ter um domínio precário da escrita, da pedagogia, da geometria, enfim, alguns conhecimentos da realidade, no mundo físico, das realizações sociais não garantem condições para exercício da cidadania, direito, aliás, constitucional.
A complexidade crescente, tanto dos campos do saber, quanto das intrincadas medidas por formadores de opiniões, exige capacidade de discernimento só alcançável com uma educação de qualidade. A escolaridade ao possibilitar informação e formação, concorre para a construção de identidades mais preparadas para incidir socialmente. Por isso, quem não consegue ser observado pelo sistema de ensino desde a Educação Infantil já tem um direito negado. E a tendência é de que isso, longe de ser compensado por um ingresso tardio na escola, seja gravado pela falta de condições prévias para seguir seus estudos.
Há elementos indispensáveis a considerar na educação, como a família, o trabalho, a experiência de vida. É importante não imaginar que a escola seja uma instituição fornecedora de bagagens, onde sujeitos ativos e sábios- os educadores- Atuam sobre sujeitos passivos e ignorantes- Os alunos. O que queremos ressaltar é que o papel da escola- de organizadoras de situações de aprendizagens- é decisivo para quem, fora dela tem pouco precários elementos para fazê-lo. A multiplicação das fontes de informação e os filtros por onde ela transita são problemáticos para um enorme contingente da população. Isso porque há um grau elevado de valores, fruto de um modelo competitivo e excludente da sociedade. Portanto, o conhecimento e a formação, que são indissociáveis numa sociedade afirmadora da cidadania, não podem preceder de um tempo compatível de escolaridade.
1.1 A Proposta dos Parâmetros Curriculares Nacionais
Durante as décadas de 70 e 80 a técnica da política educacional brasileira recaiu sobre a expansão das oportunidades de escolarização, havendo um aumento expressivo no acesso à escola básica. Todavia, os altos índices de repetência a evasão apontam problemas que evidenciam a grande insatisfação com o trabalho realizado pela escola.
Indicadores fornecidos pela secretaria de desenvolvimento e avaliação Educacional (Sedial), no Ministério da Educação e o Desporto, reafirmam a necessidade de revisão do projeto educacional do país de modo a concentrar a atenção na qualidade do ensino e da aprendizagem.
DEMERVAL SAVIANI, estudiosos da LDB de 1961, escreveu um sistema educacional brasileiro que cita a inexistência de um sistema educacional brasileiro que fosse planejado e voltado para a nossa realidade.
No final de 1995 o Ministério da Educação (junto com outros grupos de estudiosos, após ter participado da Conferência Mundial de Educação para todos em Jontien, na Tailândia, preocupados com o alto índice de repetência e evasão e formação precária dos alunos) propõem rever o projeto educacional concentrando-se na qualidade do ensino e na aprendizagem, procurando compreender sua complexidade e orientando-se no sentido de transformar um discurso cientifico em um discurso pedagógico. Assim, elaborou os Parâmetros Curriculares Nacionais, (Pcns) que se compromete em ampliar as oportunidades de aprendizagens para crianças, jovens e adultos, dando atenção especial ao ensino básico, elaborando, no campo curricular parâmetros claros e á buscam de melhor qualidade de ensino nas escolas brasileiras.
Os Pcns, organizados por ciclos, abordando temas transversais envolvendo a Ética, Meio Ambiente, Orientação Sexual e Pluralidade Cultural, procuram, assim, através de melhor preparo do professor valorizar o aluno. A avaliação, uma das grandes causadoras da repetência passa a ter uma atenção especial dentro dos Pcns, indo além da visão tradicional passando a ser, um elemento de reflexão contínua do professor sobre sua prática educativa.
‘’No ensino deve prevalecer o interesse de buscar novas metodologias pedagógicas que permitam à equipe de professores ver o conteúdo de forma interdisciplinar e não em comportamentos como ainda e costume’’. (ARANHA, 1998).
Na área da educação é preciso ter ideologias e idéias não podemos ficar apenas como espectadores, mas tomar nas mãos o desafio de construir o novo Cabe, então, ao educador e a escola rejeitarem todas e quaisquer formas de descriminação e junto buscarem uma interação da comunidade escolar e de todas as pessoas envolvidas no processo educacional para que possa reverter esse quadro de exclusão que vem se mostrando até os dias de hoje.
1.2 Avaliação
A concepção de avaliação
...