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Alfabetização através dos jogos: Inclusive para alunos com deficiência intelectual

Por:   •  21/3/2018  •  5.462 Palavras (22 Páginas)  •  482 Visualizações

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O ingresso do aluno com deficiência intelectual na escola de ensino regular,numa ótica inclusive promove um período diferenciado na educação brasileira, pois permite um desenvolvimento de possibilidades pedagógicas inovadoras, capazes de alcançarem o potencial de cada alunos, compreendendo e respeitando suas peculiaridades e promovendo a efetiva integração deles com o contexto escolar, cultural e social.

A condição de deficiência intelectual jamais poderá limitar o desenvolvimento do sujeito. A educação inclusiva, em especial na área da deficiência intelectual tem o dever de atender as especificidades do aluno, garantindo os mesmos princípios garantidos aos demais alunos.

Os princípios exclusivistas apontam que elas devem frequentar desde cedo escola, a qual deve valorizar, sobretudo, os acertos da criança, trabalhando sobre suas potencialidades para vencer as dificuldades (OLIVEIRA, 2008).

Inicialmente apresentaremos brevemente algumas concepções acerca da educação inclusiva.

Em seguida abordaremos os conceitos de deficiência mental e deficiência intelectual, a saber, que as terminologias são advindas de um processo histórico de pesquisas sobre essa temática.

Também realizados uma sucinta reflexão sobre o uso dos jogos na alfabetização, a sua importância como didática pedagógica para ser aplicada também para alunos com deficiência intelectual.

No capítulo seguinte apresentaremos o projeto de jogos a serem aplicados com alunos do ensino regular onde há alunos com deficiência intelectual, ouso deste mecanismo como processo de desenvolvimento da alfabetização bem como da inclusão.

A pesquisa ora apresentada é bibliográfica embasada em autores do tema

ora abordado, entre eles Vygostsky (1989), Carvalho (2005) e Diniz (2007).

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 PERSPECTIVAS SOBRE EDUCAÇÃO INCLUSIVA

A escola é um local que permite o a busca do conhecimento para desenvolver e progredir na vida. Segundo Vygotsky (1989), o indivíduo aprende durante toda sua vida e a maioria de das suas aprendizagens acontece fora da escola, nas mais variadas experiências sociais, tais como: amigos, família, igreja e a aprendizagem escola, para o autor citado, é exatamente a continuação das experiências fora da escola.

Apesar do discurso legislador para a área da educação e em específico da Educação Especial, apontar para uma escola inclusiva e democrática, de forma geral, os estabelecimentos de ensino no Brasil, o que prevalece é a procura por resultados definidos a priori, sem considerar o estatuto histórico das pessoas.

As funções básicas da escola é promover o processo de ensinar e aprender, refletir e agir, partindo do pressuposto de que todos os indivíduos possuem condições de aprender, mesmo que em ritmos diferentes (SILVA, 2003).

Nesse prisma, diversos meios são elaborados com o condão de “consertar” atrasos e erros, com isso, o mesmo sistema que protege e propõe a inclusão escolar do aluno com deficiência intelectual elabora, ainda que indiretamente meios para excluí-lo (SILVA, 2003).

A escola está mais democrática ao ingresso de todos os alunos, porém, ela continua realizando ações de exclusão mas de forma disfarçada. Nessa perspectiva, a escola ainda exclui quando mantém no seu próprio âmago aqueles que ela exclui, simplesmente marginalizando-os nas ramificações mais ou menos desvalorizadas (FREITAS 2002).

Essas práticas escolares encontram respaldo nas políticas públicas para o

campo educacional, as quais, por sua vez,

[...] Criam um processo de dissimulação desses atos de exclusão do

sistema (repetência, evasão), os quais, do ponto de vista político esocial, são convertidos em atos do próprio sujeito (aluno), em um processo de auto-exclusão a partir das opções que faz, a partir do capital cultural anteriormente reunido em sua convivência na classe social respectiva, a partir das expectativas de classe e do seu esforço pessoal dentro do sistema escolar. Do ponto de vista econômico, criam um movimento duplo de internalização/ externalização em que no mínimo se ganha melhor controle sobre os custos e no máximo os terceirizam(FREITAS, 2002, p. 311).

Logo, ao que se pode verificar, o período de permanência pré-estabelecido do aluno com deficiência intelectual no ensino fundamental é conveniente para o Estado haja vista que quanto maior o período de permanência do aluno na mesma série maior os custos aplicado, sendo necessário elaborar meios para que facilitem a mudança para outros níveis e modalidades de ensino em que haja mais vagas, abrindo vagas para novos alunos, sejam com deficiência ou não. Vale dizer que o ensino fundamental é o único previsto em lei obrigatório para todos no Brasil (FREITAS, 2002).

Para modificar os níveis de ensino camuflando o verdadeiro objetivo, adotam de sistemas de ciclos, programas de aceleração, de progressão continuada ou projetos para “consertar” a defasagem idade-série. Bueno (2004) denomina de “excluídos no interior” da escola, são aqueles que continuam na escola, porém aprende nada de significativo.

Tal processo também denominado de exclusão dentro da escola, intra-escolar, aplicando políticas de flexibilização do ensino, um debate entre a qualidade do ensino e a finalidade, tais mecanismos não levam em contra as verdadeiras necessidades dos sujeitos e o efetivo direito social a educação (FERREIRA, 2007).

Segundo Glat e Blanco (2007), não há experiências comprovadas acerca da inclusão escolar que garanta afirmar que as classes comuns são as melhores opções para a aprendizagem e desenvolvimento de todos os alunos.

Importante ressaltar que as políticas de inclusão escolar não devem ser analisadas de forma isolada, sem estabelecer relações com os processos de “exclusão escolar” que ocorre comumente nas escolas públicas brasileiras(GLAT E BLANCO, 2007).

A proposta de inclusão deve pautar-se no direito efetivo à educação escolar dessas pessoas. O próprio Ministério da Educação reconhece que: “inclusãonão significa, simplesmente, matricular os educandos com necessidades especiais na classe comum, ignorando suas necessidades especificas, mas significa dar aoprofessor e à escola o suporte necessário à sua ação pedagógica” (BRASIL, 1998, p. 22).

Nessa ótica, a

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