AS DIFERENTES IMAGENS SOBRE NOÇÃO DE FAMÍLIA
Por: Sara • 7/12/2018 • 3.824 Palavras (16 Páginas) • 330 Visualizações
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DIA DAS MÃES: uma propaganda encantadora
Podemos aqui elencar várias situações para que a escola faça eventos festivos nesta data, porém a que mais se destaca são as relações midiáticas da contemporaneidade, a mídia televisiva faz parte do cotidiano da sociedade, com base em: BOLOGNINI, PFEIFFER E LAGAZZI, (2009) podemos afirmar que a tríade, escola, estado e igreja ganha um forte aliado aos seus poderes de interpelação da sociedade, ainda que inconscientes, acreditam fielmente que se a mídia mostra torna-se um amor platônico.
A mídia mostra a mãe como algo muito presente, e insubstituível, fomentando o mercado do consumo nessas datas, profissionais da educação muitas vezes se preocupam com lembranças a serem entregues, sendo que poucos perguntam se todas as crianças tem uma mãe, ou se conceito de mãe é realmente o mesmo para todos assim produzem e reproduzem os ideais do capital. O Estatuto da Criança e do Adolescente (art. 25, caput, ECA). Reconhece a existência de três espécies de família: a natural, a extensa e a substituta. família natural: assim entendida a comunidade formada pelos pais ou qualquer deles e seus descendentes, família extensa: aquela que se estende para além da unidade pais e filhos ou da unidade do casal, formada por parentes próximos com os quais a criança ou adolescente convive e mantém vínculos de afinidade e afetividade, família substituta: para a qual o menor deve ser encaminhado de maneira excepcional, por meio de qualquer das três modalidades possíveis, que são: guarda, tutela e adoção.
Como sujeitos são formados por ideologias, considerados sujeitos históricos ideológicos as autoras ORLANDI e RODRIGUES (2015, p. 22) afirmam que:
O assujeitamento é a própria possibilidade de ser sujeito. Essa é a contradição que o constitui: ele está sujeito à (língua) para ser sujeito de (o que diz), a ideologia interpela o indivíduo em sujeito e este submete-se à língua significando e significando-se pelo simbólico na história [...] outro modo de dizer isso, é que decorre do vínculo radical do sujeito ao simbólico, é dizer que o indivíduo é interpelado em sujeito pela ideologia.
Com base nas afirmações supracitadas podemos inferir que embora os conceitos de família sejam amplos cada sujeito em sua maneira de silenciamento ou por ser ideológico acaba por silenciar pautando muitas das vezes em uma visão midiática.
ANÁLISE DE DADOS
As análises foram feitas com embasamentos teóricos, com os dados coletados nos questionários e com observação feita pelos autores do presente artigo.
Analisamos qual imagem predominante no inconsciente coletivo relativo ás festa no dia das mães, com isso pretendemos entender como acontece à interação escola família nos eventos organizados na instituição. Neste sentido Freire, (2001, p.36) afirma que:
Mulheres e homens, seres histórico-sociais, nos tornamos capazes de comparar, de valorar de intervir, de escolher de decidir, de romper, por tudo isso, nos fizemos seres éticos. Só somos porque estamos sendo. Estar sendo é a condição, entre nos para ser. Não é possível pensar o ser humano longe sequer da ética, quanto mais fora.
DIFERENTES IMAGENS SOBRE NOÇÃO DE FAMÍLIA
Com base na autora que nos ancora percebemos que todos os sujeitos falam da posição em que se encontra, ou seja, o sujeito fala a partir de suas ideologias e grupos sociais, cultuais, morais, religiosos entre outros neste senti Orlandi e Rodrigues, afirmam que:
não é o sujeito empírico, mas a posição sujeito projetada no discurso. E isso se dá no jogo das chamadas formações imaginárias que presidem todo discurso: a imagem que o sujeito faz dele mesmo, a imagem que ele faz de seu interlocutor, a imagem que ele faz do objeto do discurso. Assim como também tem a imagem que o interlocutor tem de si mesmo, de quem lhe fala, e do objeto do discurso.(2015, p.17)
Para a imagem professor 01 acredita que família é,
Uma união de amor onde duas pessoas se unem com o objetivo comum de construir um futuro juntos.
Diferente da posição sujeito professor 01 o sujeito professor 2 afirma que,
Pessoas que convivem juntos em uma casa e se respeitão.
Na perspectiva do sujeito coordenação família,
É um grupo de pessoas que possuindo grau de parentesco entre si vivem na mesma casa, nos dias atuais entendem-se também por família grupo de pessoas que não tenham parentesco entre si, considerando famílias formadas a partir da adoção.
Para imagem auxiliar de nutrição afirma que,
Pais e filhos, o restante é parente.
Para posição sujeito professor, do ponto de vista dos professores vimos deferentes olhares sobre conceito de família, quando o professor 01 diz que família são laços sanguíneos o professor 02 afirma que é muito amplo esse tema, assumindo assim um posicionamento menos tradicional e mais contemporâneo na nossa realidade de formação familiar. Ao serem indagados sobre as famílias homossexuais, o professor 01 nos afirma que,
Uma família diferente, mas que não deixa de ser a mesma família. Já que é (ou deve ria ser) alicerçada no amor e na vontade de se construir um futuro juntos.
Já o professor 02 nos afirma que,
acredito sinceramente que cada pessoa vive e organiza-se como acredita ser certo. Respeito o modo de vida de cada um sem julgamento
Fica evidente o posicionamento respeitoso que ambos se posicionam em relação à homossexualidade, colocando sempre em evidencia o cuidado que se tem um com outro e com as crianças, portanto,
O que esses sujeitos falam ou podem falar são dizeres autorizados a partir de suas posições em uma determinada conjuntura, em uma dada formação discursiva tendo um papel também importante o funcionamento do controle das instituições (Bolognini, Pfeiffer e Lagazzi, 2009, p.13).
Percebemos que de alguma forma as respostas estão interligadas, independentemente da posição que o profissional ocupa na instituição, são levantadas possibilidades biológicas ou não, porém nem mencionaram sobre as crianças desamparadas, moradoras de abrigos ou orfanatos. Podemos perceber nessas análises diferentes posicionamentos
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