A IMPORTÂNCIA DAS ATIVIDADES LÚDICAS NA CONSTRUÇÃO DA APRENDIZAGEM
Por: Salezio.Francisco • 20/11/2018 • 2.230 Palavras (9 Páginas) • 487 Visualizações
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3. PROBLEMA
Como a criança desenvolve importantes capacidades por meio do lúdico, como: criatividade, imaginação, memorização e socialização? Tem como trabalhar os conteúdos por meio das brincadeiras? Qual a importância do brincar no cotidiano educacional da criança? Todos esses questionamentos nos leva a parar para pensar se realmente o brincar lúdico tem tido espaço dentro do convívio escolar, pois se ver muitas vezes que o brincar não tem seu devido valor educacional, e garante ao educando um aprendizado mecânico, rejeitando a liberdade de expressão e criatividade do mesmo. Sim, é notável o aprendizado adquirido pelas brincadeiras e jogos, não se deixa bloquear a criatividade e ela acontece de maneira espontânea e natural.
4. QUESTÕES NORTEADORAS
Quais os fundamentos teóricos que sustentam a importância do lúdico no processo de ensino-aprendizagem? Que fatores positivos pode-se citar na influencia do brincar para o desenvolvimento dos aspectos motor, cognitivo, psíquico e social da criança? As atividades lúdicas exercem um papel importante no ensino-aprendizagem das crianças?
5. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A educação vem evoluindo consideravelmente, obtendo um ensino mais eficiente e implementando novas técnicas didáticas para o auxilio de uma pratica inovadora e prazerosa. Dentre essas técnicas podemos citar o lúdico, um importante recurso didático e dinâmico que desenvolvendo de maneira correta no âmbito escolar garante resultados eficazes. Por corresponder positivamente a esses resultados atualmente os educadores executam frequentemente em suas aulas, pois estimula seu raciocínio, permitindo que desenvolva tudo aquilo que esteja realizando de maneira satisfatória.
O objetivo da educação principalmente é formar cidadãos com senso crítico capazes de construir seus próprios conhecimentos, e o papel do educador é exatamente fazer essa estimulação, e o lúdico tem participação ativa como um dos motivadores na construção e percepção do estímulo do raciocínio do individuo. Segundo Gilda Rizzo (2001), retrata o lúdico:
“... A atividade lúdica pode ser, portanto, um eficiente recurso aliado do educador, interessado no desenvolvimento da inteligência de seus alunos, quando mobiliza sua ação intelectual.” (p.40).
Então diante da visão do autor, a ludicidade possibilita o desenvolvimento da criatividade, as inteligências múltiplas, e a sociabilidade, dando oportunidade para que se aprenda a jogar e ter participação ativa, enriquecendo o relacionamento entre alunado, reforçando os conteúdos já aprendidos e adquirindo novas habilidades, lhe dando com resultados independentes do resultado, aprendendo a aceitar e respeitar regras e lhe dá com as frustrações de maneira sensata, além de fazer suas próprias descobertas por intermédio da brincadeira. Celso Antunes reforça (2003) dizendo: “O jogo é o mais eficiente meio estimulador das inteligências, permitindo que o indivíduo realize tudo que deseja. Quando joga, passa a viver quem quer ser, organiza o que quer organizar, e decide sem limitações. Pode ser grande, livre, e na aceitação das regras pode ter seus impulsos controlados. Brincando dentro de seu espaço, envolve-se com a fantasia, estabelecendo um gancho entre o inconsciente e o real”.
5.1 A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM
O ensino corresponde a uma ferramenta importante na construção da aprendizagem, pois a criança através da exploração e expande seus aprendizados e pensamentos, ou seja, quanto mais ela explora as coisas do mundo, mais se torna capaz de relacionar ideias e fatos, tirar suas conclusões, pensar e compreender.
É por intermédio de uma série de fatores (sociais, neurológicos, emocionais) vemos que aprendizagem se constrói, e consequentemente acaba gerando mudanças comportamentais nas crianças. Aprender é resultante da interatividade entre estruturas mentais e o meio ambiente. Para Vygotsky (1984, p.103) “a aprendizagem e o desenvolvimento estão estritamente relacionados, sendo que as crianças se inter-relacionam com o meio objetal e social, internalizando o conhecimento advindo de um processo de construção”, ou seja, para que aconteça aprendizagem é necessária uma série de fatores que interliguem, através da ligação de vários meios (família, social, escolar) que a criança desenvolve também a aprendizagem.
A educação lúdica, na sua essência, além de contribuir e influenciar na formação da criança e do adolescente, possibilitando um crescimento sadio, um enriquecimento permanente, integra-se ao mais alto espírito de uma prática democrática enquanto investe em uma produção séria do conhecimento. A sua prática exige a participação franca, criativa, livre, crítica, promovendo a interação social e tendo em vista o forte compromisso de transformação e modificação do meio (ALMEIDA, 1994, p.41).
O brincar permite que a criança tenha um espaço onde possa resolver problemas que a cerca, facilitando seu crescimento. Santos (1999) reforça que brincando a criança ordena o mundo à sua volta assimilando experiências e informações, e ainda mais, incorporando comportamentos e valores. É através do brinquedo e do jogo que a criança consegue reproduzir e recriar o meio a sua volta.
5.2 O PAPEL DO LÚDICO NO DESENVOLVIMENTO COGNITIVO DA CRIANÇA
A atividade lúdica é um instrumento facilitador que possibilita o educando a se relacionar com os outros, promovendo maior desenvolvimento motor, cognitivo, afetivo e social. Por meio da brincadeira se consegue um leque de benefícios, onde a criança faz descobertas, inventa, experimenta, adquire novas habilidades, além de estimular à autoconfiança, a curiosidade, a criatividade, autonomia e favorece o desenvolvimento do pensamento, da linguagem e da concentração levando a uma maturação de novos conhecimentos.
Freud (1974, p. 135), reflete sobre o brinquedo:
Errado supor que a criança não leva esse mundo a sério; ao contrário, leva muito a sério sua brincadeira e despende na mesma muita emoção. A antítese de brincar não é o que é sério, mas o que é real. Apesar de toda a emoção com que a criança catexiza seu mundo de brinquedo, ela o distingue perfeitamente da
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