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RESUMO DE DOIS TEXTOS DE LUIZ CARLOS TRAVAGLIA

Por:   •  21/12/2018  •  996 Palavras (4 Páginas)  •  501 Visualizações

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Gramática implícita, inconsciente, como que uma memória linguística: competência internalizada, de todos os níveis de constituição e funcionamento da língua, quer sejam fonológicos, morfológicos, sintáticos, semânticos, pragmáticos etc. Dispõe-se dela como se respira: natural, instintiva e organicamente.

Gramática explícita ou teórica, metalinguística, "estudiosa": compondo-se de todas as gramáticas de natureza normativa e descritiva, explicita estrutura, formação e funcionamento da língua. Dispõe-se dela como de uma "coisa mental", para usar um conceito de arte cunhado por Leonardo da Vinci: a explícita detém o movimento soberano, selvagem da implícita, de forma a analisá-la em todo seu "animalesco".

Gramática reflexiva, em explicitação: responde à pergunta "como é a gramática implícita do falante", ao representar as atividades de observação e reflexão sobre a língua que buscam detectar suas unidades, regras e princípios.

Gramática contrastiva ou transferencial, difundida no ensino de línguas: descreve duas línguas simultaneamente, explicitando quão recorrentes, gemelares podem ser os padrões que as moldam. Quando se debruça sobre uma única, explicita as semelhanças e dessemelhanças entre suas diversas variedades.

Gramática geral, antecipadora de possibilidades, formuladora de princípios aos quais todas as línguas se curvam: ao reconhecer todos os fatos linguísticos realizáveis e as condições em que despontam, é fatia substancial da definição de ser humano.

Gramática universal, investigativa, simbiótica com a geral: descreve e classifica todos os fatos realizados, universalmente, nas línguas.

Gramática histórica, estudiosa dos metaplasmos (elementos da evolução fonológica), da morfologia, sintaxe e léxico: ao analisar a justaposição das fases evolutivas de um idioma, por exemplo, o Português, percorre, de sua gênese no Latim vulgar, às fases medieval, clássica e moderna de sua evolução.

Gramática comparada, irmã potencializada da gramática histórica: estuda a sequência das fases evolutivas de um grupo de línguas a fim de descobrir seus pontos de aderência e estabelecer suas famílias.

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