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O fluxo da Consciência

Por:   •  31/12/2017  •  2.074 Palavras (9 Páginas)  •  393 Visualizações

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As personagens de Faulkner buscam uma epifania, busca essa que é irônica.

Por que Faulkner escolheu fluxo de consciência para seus dois romances The sound and the fury e As I Lay dying? Na última, ele quis mostrar o mecanismo da ideia freudiana do sonho e consequentemente lida com as atividades da libido.

“All Faulkner’s work can be interpreted on a basis of broad myth and related symbolism. The pricnciple of this interpretation is that Faulkner’s entire work is a dramatization […] of the social conflict between the sense of ethical responsibilities in traditional humanism and the amorality of modern naturalism…” (p.18)

Em The sound and thefury Faulkner mostra o como o psíquico de Quentin III I derrota. Ele consegue escapar de tudo do mundo material (vai pra Harvard, fica rico, consegue uma “substituta” para a irmã) mas o único modo de escapar de fato é através da morte.

Faulkner consegue um outro efeito ao não usar a técnica de stream of consciousness nos dois capítulos finais. Nestes últimos o lado da história de Jason é mostrado.

Romances stream of consciousness são sobretudo uma questão de técnica. Sua boa performance depende de fontes tequinicas mais do que qualquer outro tipo de ficção. Stream of consciousness não é uma técnica por si só, é baseada na dramatização que ocorre na mente de seres humanos.

The Techniques (p.23- 62)

Experimentação técnica dominou o romance de stream of consciousness. Reproduzir os precessos da mente humana demandou a invenção de novas técnicas ou um foco desviado das técnicas já existentes.

Monoglogo interior é a tecninca utilizada para representar o conteúdo psíquico de personagens, parcial ou inteiramente não falados.

Surguram quatro tipos básicos de técnicas em que se explora o stream of consciousness: monologo interior direto, monologo interior indireto, descrição onisciente e solilóquio.

Monologo interior direto é representado com uma interferência pouco notável do autor. Ele desaparece deixando apenas “ele disse” ou “ele pensou” e comentários explicativos. Neste tipo de monologo não se supõe um ouvinte/interlocutor. “ the chareacter is no speaking to anyone within the ficctional scene; nor is the character speaking, in effect, to the reader.” (p.25).

A diferença básica é que no monolog interior indireto é a sensação da presenção contínua do autor. Monologo interior indireto é como o último mas apresenta o conteúdo da mente da personagem com comentário e descição guiando o leitor através destes. James Joyce utiliza essa técnica de forma “pura” em Ulysses (no espisódio Nausicaa).

A forma mais comum e aceita (de stream of consciousness) pelos leitors é a descrição onisciente. Pode ser simplesmente deifinida como a técnica romancista de apresentar o conteúdo psíquico do personagem através de narração convencional por um autor onisciente. Dorothy Richardson usa esta técnica em Pilgrimage. Joyce e Woolf utilizam pouca desta técnica.

O solilóquio difere-se do monologo interior por esperar uma audiência. Desta forma, não se trata de um monologo interior.

Os princípios da assaciação livre (desenvoldidos por Freud e Jung) tem sido utilizados pelos autores como forma de controlar o stream. Três fatores controlam a associação: a memória, que é sua base; os sentidos, que o guia; a imaginação, que determina sua elasticidade. Todos os romances de stream of consciousness dependem desses fatores.

Outros dispositivos que também controlam o movimento do stream são chamados de “cinemáticos”. Um desses recursos muito comuns em cinema é chamado de montagem. Outros desses recursos adotados por autores de stream of consiousness são “slow ups”, “fade outs”, “cutting”, “close-ups”, “panorama” e “flash back”. Estes são termo análogos aos de stream of consciousness. Recursos utilizados para mostrar o movimento do fluxo que não é o mesmo de um relógio rígido e controlado.

Monologo interior direto se assemelha a montagem em cinema.

Dipositivos mecânicos como pontuação, itálicos, negritos e sublinhado. O uso mais nítido desse recurso pode ser visto em The Sound and the Fury de William Faulkner

The Devices (p.62-85)

O maior problema pra um autor de stream of consciouness é pegar a qualidade incoerente e irracional da consciência não comunicada dos personages e mostra isso aos leitores.

Dessa forma, o autor tem de mostrar a consciência de forma realisita e ainda manter as características de privacidade: incoerência, descontinuidade e implicações privadas.

Assim como todos os escritores sérios os de stream of consciousness tem algo a dizer. Ele escolhe o mundo interior de atividade psíquica.

Ele deve fazer duas coisas: representar a consciência com uma textura real e refinar/filtrar algo para o leitor.

Alguns autores superaram o dilema de de sacrificar a objetividade, tais como Dorothy Richardson e Virginia Woolf ( suas técnicas admitem maior interferência do autor). São também menos difíceis de se ler. São menos efetivos em representar de foma realista do que Joyce e Faulkner (que são mais objetivos).

Todos eles empregaram o mesmo dispositivo básico para alcançar seus propósitos. Os mais importantes são:

- Suspensão do conteúdo mental de acordo com as leis da associação livre

- Representação e compressão da descontinuidade (psíquica/mental) através de figuras retóricas padrões.

- Segestão de múltiplos e extremos níveis de significação através de símbolos e imagens.

O autor ilustra tais dispositivos com uma citação de As I Lay Dying (p.64)

Um outro dispositovo (retórico) é o uso de imagens comumente na forma de metáforas ou símile. Autores mais subjetivos (Woolf e Richardson) utilizam esse dipositivo. O autor as caracteriza como impressionistas.

Definição de Simbolos (mais um dispositivo) usado como uma metáfora interrompida; uma metáfora na qual falta o primeiro termo.

Imagens e símbolos tendem a expressar algo que diz respeito a privacidade da consciência: a imagem

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