Trabalho Facismo
Por: Lidieisa • 30/11/2018 • 10.322 Palavras (42 Páginas) • 315 Visualizações
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- Propaganda: O papel da propaganda nesse tipo de regime é fundamental na missão de convencer a população a fazer o que for preciso para defender e propagar a ideologia oficial. A propaganda, inicialmente, é destinada aos elementos externos ao movimento, àqueles que ainda não se domina, como estrangeiros, de forma que se possa convencê-los de que o totalitarismo vigente é a melhor forma de governo da época;
- Patriotismo (devoção a Pátria), ufanismo (característica de quem se orgulha de algo exageradamente) e chauvinismo (entusiasmo excessivo pelo que é nacional, e menosprezo sistemático pelo que é estrangeiro) exacerbados;
- Censura aos meios de comunicação e expressão;
- Busca de um inimigo comum para justificar o endurecimento do regime (judeus, negros, comunistas, etc);
- Culto à personalidade do líder do Partido: Todos os regimes fascistas têm em comum um líder carismático, emblemático e que tem sua imagem direta e claramente ligada a seus ideais e países, sendo que são sempre aprovados e até mesmo adorados por uma significativa maioria da população.
Essa adoração exagerada ao líder levou a uma forma característica de saudação, que varia conforme o regime. Hoje sabemos que a saudação fascista à Mussolini foi inspirada na saudação romana, que é simplesmente uma saudação onde o braço é levantado para frente com a palma da mão para baixo. Na versão italiana o braço foi levantado completamente acima do ombro com a palma dobrada para fora, de maneira mais semelhante a saudação romana original.Apesar de carregar esse nome, não se sabe ao certo se os romanos o usavam como cortesia militar;
[pic 1]
Benito Mussolini executando a saudação oficial Fascista.
De um modo geral, o totalitarismo tradicional partilha dessas características, porém, outras diferem o totalitarismo de esquerda e o de direita.
Totalitarismo de esquerda X Totalitarismo de direita
abolição da propriedade privada;
forte apoio da burguesia industrial;
coletivização obrigatória dos meios de produção agrícola e industrial;
corporativismo nas relações de trabalho e tutela estatal sobre as organizações sindicais;
supressão da religião da esfera política;
fundamentos ideológicos em valores tradicionais (étnicos, culturais, religiosos);
fundamentos ideológicos no socialismo.
forte apoio da religião.
Influenciados pelo sindicalismo nacional, os primeiros movimentos fascistas surgiram na Itália, acerca da Primeira Guerra Mundial, combinando elementos da política de esquerdacom mais tipicamente a política de direita, em oposição ao socialismo, ao comunismo, à democracia liberal e, em alguns casos, ao conservadorismo tradicional. Embora o fascismo seja geralmente colocado na extrema-direita no tradicional âmbito esquerda-direita, alguns comentaristas argumentam que a descrição é inadequada. Benito Mussolini, em “A Doutrina do Fascismo”, afirmou que o fascismo era uma ideologia de direita.
Lema:
Com a ascensão do Totalitarismo, algumas ideias nazi-fascistas (termo de conjunção entre o fascismo italiano, doutrina totalitária desenvolvida por Benito Mussolini a partir de 1919 e o nazismo alemão, usada no regime de Adolf Hitler) começaram a ter destaque em ambas as ideologias. Um exemplo disso é o lema “Acredita! Obedece! Luta!”:Acreditar nos pressupostos da doutrina. Obedecer cegamente ao líder. Lutar contra os adversários da doutrina.
Carta del lavoro ou Carta do trabalho:
É o documento de 1927, onde o Partido Nacional Fascista de Benito Mussolini apresentou as linhas de orientação que deveriam guiar as relações de trabalho na sociedade, nomeadamente entre o patronato, os trabalhadores e o Estado, sendo uma das facetas do modelo político corporativista.
Segundo este documento, todos deveriam seguir as orientações e o interesse do Estado. À sociedade permitia-se que se organizasse em corporações, ou seja, em entidades como associações patronais e sindicatos que representassem, não a diversidade de interesses, mas a coletividade.
No modelo italiano fascista de Mussolini, não existiam, por princípio, constrangimentos à iniciativa e propriedade privada, mas o seu desenvolvimento, os seus meios e fins eram colocados sob a tutela do Estado, sendo que, quando este bem entendesse que estariam a ser contrários às suas políticas, poderia intervir, uma vez que os interesses do Estado sempre lhe seriam superiores.
Este modelo ficou conhecido como Corporativismo, onde regimes fascistas classificam como ilegais os sindicatos populares em seus países. Dessa maneira, o único tipo de sindicato permitido era aqueles criados pelo Estado, que nesta configuração política é quem intermedia as negociações entre patrão e empregado.
A Carta del Lavoro, foi copiada posteriormente por diversos países, como Portugal, Turquia e Brasil, servindo diretamente como fonte inspiradora para a criação da Constituição de 1937 e para a CLT pelo então Presidente Getúlio Vargas.
Apesar das raízes, as novas organizações democráticas optaram pela revogação de quase toda a legislação corporativa em seus países. Já o Brasil, oposto a essas organizações, foi o único país a manter integralmente todas as características fascistas na CLT após a migração para o regime político democrático no ano de 1945.
Como resultado, a Consolidação das Leis do Trabalho ainda vigente tem influência direta do código italiano, fato que pode ser facilmente identificado após um perfunctório comparativo do artigo 17 da Carta del Lavoro e do art. 499, que dispõem sobre a estabilidade do empregado:
Carta del Lavoro, artigo 17: “O empregado terá direito, em caso de rescisão sem culpa, a uma indenização proporcional aos anos de serviço.”
CLT, artigo 499, § 2º.: “Ao empregado despedido sem justa causa [..] é garantida a indenização proporcional ao tempo de serviço.”
FASCISMO
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