Conceitos históricos
Por: Lidieisa • 6/2/2018 • 1.259 Palavras (6 Páginas) • 286 Visualizações
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“quem somos? para onde vamos? para que vivemos? Estas questões revelam uma angústia fundamental, a experiência de um permanente mal-estar de ser-no-tempo” (REIS, 2007:15).
conclui ainda que a história funcionava como um instrumento que relatava a vontade divina através do tempo, o que muda a partir dos séculos XV e XVI quando surge o tempo dos grandes pensadores, o tempo dos homens onde percebe-se dos príncipes um caráter anticlerical e progressista alterando o contexto do tempo para algo mais humanizado, onde os homens passaram a seguir os objetivos de vida e seus “princípios” chegando a uma vida onde os homens podiam expor seus pensamentos e se colocar, existir diante dos acontecimentos, bem da verdade surgiu assim o tempo dos homens onde guiavam-se então por seu instintos masculinos o que pode ser ainda mais percebido na concepção materialista do século XIX, onde a história passava a ser vista como o resultado das ações dos indivíduos e da relação deles com a natureza.
“Aos poucos, porém, vai-se formando uma concepção não teológica do mundo e da história. O conhecimento não parte mais da revelação divina, mas de uma explicação da razão” (BORGES, 1993).
O conceito de tempo permite enquadrar os outros dois conceitos (espaço e contexto histórico) uma vez que designa ou aloca os dois de forma literal e qualitativa em quesitos de classificação temporal, ele permite observar a evolução do homem de acordo com os preceitos de Marx, onde coloca os homens a frente dos outros animais por sua capacidade de transformar a natureza com a força do seu trabalho, criando um ambiente social, uma sociedade que passa a seguir o tempo deles e as regras deles conforme sua práxis
“Toda forma de história nova é uma tentativa de história total... Ela se afirma como história global, total, e reivindica a renovação de todo o campo da história... para além de toda e qualquer especialização” (LE GOFF, 1988)
A cada passo que buscavam perpassar seu tempo em coisas novas chegavam a outras ‘disciplinas’ as quais precisavam buscar seu conteúdo para poder abranger o seu todo e inseri-la em seu tempo, em sua história.
Considerações finais
Em todos os conceitos esmiuçados acima pode-se observar a busca do homem em ser senhor do seu tempo, buscando uma autonomia na forma de escrever o que queria que seu tempo fosse. Eles buscam interar ao seu tempo atual ou na descrição dos tempos antigos sua história e a importância de tudo isso para a constituição do ser atual, busca sua história como forma de ser no mundo e de se entender, precisa desse tempo seja cronológico, religioso, material, individual ou coletivo para poder produzir seus meios de subsistência posteriores.
A partir de tudo o que foi exposto cabe ainda destacar a fala de Nishiwaka (2009), onde ela conclui que todos esses conceitos e estudos a respeito das inúmeras indagações sobre a natureza da história e da historiografia das críticas ao historicismo do século XVI, devem ser analisados a partir de diversos referenciais como os apresentados acima, a fim de estar-se consciente das limitações existentes entre ele e a época em que se inserem os fenômenos históricos.
Bibliografia
BORGES, Vavy Pacheco. O que é história. 2. ed. rev. São Paulo: Brasiliense, 1993
LE GOFF, Jacques. CHARTIER, Roger. REVEL, Jacques. A História Nova. Tradução de Eduardo Brandão. – 4ª edição. São Paulo: Martins Fontes, 1988. – O Homem e a História.
NISHIKAWA, Taise Ferreira da Conceição. História Medieval: História II – Editora Pearson Prentice Hall, 2009. São Paulo.
REIS, José Carlos. História e teoria historicismo, modernidade, temporalidade e verdade. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2005.
SILVA, Kalina Vanderlei; SILVA, Maciel Henrique. Dicionário de conceitos históricos; 2.ed., 2 reimpressão. – São Paulo : Contexto, 2009.
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