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As Quebradeiras de coco

Por:   •  25/12/2018  •  1.366 Palavras (6 Páginas)  •  603 Visualizações

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No Brasil, o surgimento se deu na década de 80, ressurgindo com a reação de movimentos sociais frente à crise de desemprego em massa, intensificada nos anos 90, com a abertura do mercado às importações. Desde a década de 90, tem sido experimentada por um número cada vez maior de trabalhadores, desempregados e populações marginalizadas.

- ECONOMIA SOLIDÁRIA NO BRASIL

No Brasil, o surgimento se deu na década de 80, ressurgindo com a reação de movimentos sociais frente à crise de desemprego em massa, intensificada nos anos 90, com a abertura do mercado às importações. Desde a década de 90, tem sido experimentada por um número cada vez maior de trabalhadores, desempregados e populações marginalizadas.

Exemplos de empreendimentos solidários de consumo são as cooperativas de consumo, habitacionais, de crédito e mútuas de seguros gerais, de seguro de saúde, clubes de troca etc. No âmbito da economia solidária, a figura do cliente é substituída pelo conceito de parceiro de projeto.

Atuam do movimento de Economia Solidária no Brasil hoje:

* Cooperativas industriais;

* Empreendimentos populares;

* Movimentos sociais;

* Sindicatos;

* Fóruns Municipais, Estaduais e Fórum Brasileiro de Economia

Solidária;

* Políticas públicas de fomento à Economia Solidária;

* Secretaria Nacional de Economia Solidária (SENAES).

4. AS “QUEBRADEIRAS DE COCO”

Os babaçuais existentes nas regiões norte e nordeste do Brasil, ocupam enormes dimensões nessas áreas, tornando-se recursos naturais. Para a extração destes produtos foram surgindo aos poucos as quebradeiras de coco. Sem tecnologias avançadas ou mesmo infraestrutura, o método de beneficiamento maranhense ainda é rudimentar e essencialmente dependente do trabalho manual dessas mulheres que enfrentam todas os obstáculos e dificuldades do ambiente rural.

Hoje, no Maranhão, a extração da amêndoa é feita de forma marginal. O trabalho de exploração da palmeira é realizado, principalmente, pelas mulheres, conhecidas como “quebradeiras de coco”. Podendo chegar a 200 mil mulheres espalhadas pelo estado, ainda não se aproveita todo o potencial econômico do babaçu. Cabe a essas mulheres educar os filhos, além disso seu trabalho engloba a fabricação de roupas, sabão, doces, geleias, manteiga, velas entre outros objetos que podem ser utilizados na subsistência da família.

O babaçu é extraído por essas pequenas agricultoras de forma bastante rudimentar, onde a renda pode ser obtida através da troca por gêneros de consumo nas quitandas ou a venda do insumo para na beira de estradas, ou quando se tem uma melhor organização, revendido por cooperativas. Os maiores focos dos babaçuais encontram-se nos vales dos principais rios maranhenses, na mata de transição.

4.1 EXTRAÇÃO DA AMÊNDOA

Uma luta diária, com movimentos repetitivos, o ritmo intenso emitido pela ação de mulheres em grupo sentadas no chão com uma das mãos segurando o babaçu sobre a lâmina do machado, na qual uma de suas pernas prende-o e com a outra mão arremete o taco de madeira pressionando o babaçu na lâmina no propósito de retirada da amêndoa. Mulheres jovens, adultas ou idosas, negras, brancas ou de outras etnias raciais. As quebradeiras de coco fazem percursos em grupo geralmente ao amanhecer do dia em direção aos babaçuais. Assim, ao escolherem as palmeiras dar se o inicio da coleta, quebra e extração da amêndoa, algumas vezes acompanhadas por cantorias, conversas e desabafos.

Após o término do período de trabalho determinado por elas geralmente, pegam seus cofos com o maior número de amêndoas extraídas no dia e fazem seu percuso de volta para suas casas.

Através da venda do babaçu, conseguem manter a subsistência da casa. Embora essa renda não seja significativa (em padrões comerciais), ela é essencial e, às vezes, a única fonte disponível de renda com que essas mulheres podem contar, com segurança. As outras fontes de renda (trabalho temporário, doméstico, artesanal) dependem de terceiros e são conjunturais.

5. RELAÇÃO DA ECONOMIA SOLIDÁRIA E AS QUEBRADEIRAS DE COCO BABAÇU

O extrativismo do babaçu passa a representar uma importante temática a ser destacada pela história, não apenas por sua importância econômica ou social, mas pela forma de organização das comunidades extrativistas com a figura marcante da quebradeira de coco.

As quebradeiras de coco babaçu fazem parte de um movimento social feminino que combina consciência ecológica, saberes vivenciados pela prática e detenção da autonomia da produção, formando uma identidade coletiva.

Esse modo de produção tem o poder equilibrado entre todos os trabalhadores, e caracteriza um ambiente democrático e cooperativo. Nessa produção não se existe empregados, pois as quebradeiras em especial são ao mesmo tempo trabalhadoras e donas do próprio empreendimento, ou seja, trabalham apenas para si mesmo, excluindo aquela dominação entre patrão e empregado.

É uma forma de obtenção de renda que valoriza a produção local (valoriza a riqueza do coco babaçu), sempre voltado com a preocupação com o meio ambiente, valoriza as pessoas que geram essa atividade, não beneficiando empresas exploradoras.

É um modelo pautado por igualdade, que prega a cooperação e evolução da condição humana, além de focar nos direitos humanos e na preservação do meio ambiente.

6. CONCLUSÃO

A mulher quebradeira de coco apesar das dificuldades de manter as atividades

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