AS BRUXAS AO LONGO DA HISTORIA
Por: Hugo.bassi • 20/10/2017 • 859 Palavras (4 Páginas) • 535 Visualizações
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das obras necessárias para o plano divino. As mulheres perversas eram dominadas especialmente por três pecados: a infidelidade, a ambição e luxúria. Estas mulheres consideradas ambiciosas tentavam “ardentemente saciar sua lascívia obscena”, adúlteras, fornicadoras, tentavam subverter os inocentes de três formas: por meio do cansaço, fadiga ou fazendo-os sofrerem perdas em seus bens. A sexualidade era vista como “besta imunda” pelos inquisidores. Diante de tantas acusações contra essas mulheres consideradas “bruxas”, estas foram culpadas de inúmeros crimes, cujo destino era a tortura. Os processos de bruxaria tinham enfoque nos corpos das bruxas: elas eram desnudadas à procura de um sinal que as pudesse recriminar. Eles tinham um prazer em manusear o corpo feminino a procura da “marca da bruxa” e ou/ a “marca do diabo”, seus pêlos eram raspados e todo seu corpo examinado minuciosamente. Os instrumentos de torturas eram monstruosos tais como agulhas fincadas em sua carne com o objetivo de detectar um ponto diabólico insensível, perfuração da língua, imersão em água quente, e muitas vezes, queimadas vivas.
De forma bastante clara a autora mostrou as várias faces da figura da bruxa ao longo da história, sendo ela serva do demônio ou o símbolo de mulher livre onde afronta o patriarcado e, principalmente, o poder da igreja. Na verdade, elas nada mais foram do que vítimas desse patriarcado. Atualmente, as mulheres ainda continuam a ser descriminadas por lutarem por igualdade, o que infelizmente, ainda é predominantemente masculino, continuando vítimas desse machismo exacerbado. Por isso, a bruxa representa não somente resistência, poder, coragem, mas também rebeldia na busca de novos horizontes libertadores.
REFERÊNCIAS
CAMPBELL, Joseph. As máscaras de Deus: Mitologia Primitiva. São Paulo. Palas Athena, 1992.
MICHELET, Jules. A Feiticeira. São Paulo: Círculo do Livro, 1989.
SPRENGER, James; KRAMER, Heinrich. Malleus Malleficarum, o martelo das Feiticeiras. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 1991.
ZORDAN, Paola. Bruxas: figuras de poder. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 13, n. 2, p. 331-341, maio/ago. 2005
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