A República Velha
Por: YdecRupolo • 6/9/2018 • 3.498 Palavras (14 Páginas) • 322 Visualizações
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O domínio oligárquico
Oligarquia significa "governo de poucos", as oligarquias da primeira república eram compostas por uma família rica, ou várias delas, e eram o motor principal do país, prefeitos, deputados, governadores, e até o presidente, só eram eleitos se fossem apoiados por ela, e o café, principal base da economia do país, também era seu principal produto.
Cada estado tinha seu próprio partido, os mais fortes eram: Partido Republicano Paulista (PRP), Mineiro (PRM), e Riograndense (PRR). SP era o estado mais rico, MG tinha o maior número de eleitores, ambos se juntaram e criaram uma política de revezamento no poder, alternando os presidentes, um mandato para cada estados, foi a política do café com leite.
Coronéis não mandavam tanto assim
Eram os homens que mandavam em toda uma região, eram ricos (em relação aos outros moradores), poderosos, influentes, temidos e cheios de jagunços (capangas). Mas eles não estavam no apogeu, estavam em decadência na verdade. Não usavam apenas força, durantes as eleições, distribuiam presentes, favores, empregos, reformas locais, apadrinhavam crianças.... tudo por votos. Essa relação entre presentes e votos era chamada de clientelismo. Os coroneis dependiam dos governadores, e trocavam favores com estes também.
Outras oligarquias
No RS, os fazendeiros vendiam charque no mercado interno, e se sentiam prejudicados pois o governo dava muito mais atenção aos cafeicultores. Nessa parte do Sul do país, a porcentagem de militares era grande, maioria de ideias positivistas.
No Nordeste as oligarquias estavam desunidas por disputas, pois o governo ajudava umas e outras não.
Quase todas as oligarquias estavam fracas ou desunidas, assim nunca conseguiam poder para combater as oligarquias do Sudeste.
Espada no café com leite
Nem smepre valeu a política do café com leite, houve época em que o SP elegeu 3 presidentes seguidos, MG se aliou ao Exército e ao RS para apoiar a candidatura do Marechal Hermes da Fonseca (sobrinho de Deodoro). Do outro lado o advogado Rui barbosa (ministro de Deodoro, causador do encilhamento), apoaido por SP e BA, grande orador, com palavras rebuscadas, defendeu o voto secreto e criticou as oligarquias, irônico porque era apoaido por uma. Mas quem venceu as eleições foi o Marechal Hermes.
A Política das Salvações tratava-se de nomear interventores militares nos estados brasileiros para enfraquecer os cafeicultores, foi uma tentativa dos militares de destituir as oligarquias políticas locais, de acordo com o projeto do presidente.
A tentativa de moralização da política falhou. 1°: A política de Hermes de nomear interventores militares enfrentou oposição dos cafeicultores foi derrotada em alguns lugares, como em SP. 2°: O que ocorria era a substituição de uma oligarquia por outra quando se conseguia colocar no poder um interventor militar, contradizendo o intuito de moralização política. 3°: A própria população também se manifestou contra a Política das Salvações já que percebia a permanência de oligarquias e das desigualdades sociais. Um dos casos mais famosos da ação do povo contra a iniciativa do Governo Federal foi a revolta liderada pelo padre Cícero, no Ceará, o qual estava interessado em assumir o poder que era dos fazendeiros.
Economia: o café é um rei em decadência
O café era o principal produto brasileiro, chegava a mais de 70% das exportações nacionais, chegamos a produzr metade do café do mundo inteiro! Mas o preço começou a cair, para compensar a perda de lucros os fazendeiros plantavam ainda mais, e por causa da relação ofexta X demanda (muito café e poucos compradores = queda de preço; e vice-versa), o preço despencou, era uma superprodução perigosa. Os mais poderosos na política eram os cafeicultores, principalmente os de SP, MG e RJ, então em 1906 eles firmaram o Convênio de Taubaté. Os governos se comprometeriam a comprar por altos preços todo o café que não fosse vendido, e estocá-lo, e quando o preço voltasse a subir, vende-lô e lucrar. Para arrecadar dinheiro para comprar esse café, aumentaram os impostos, e os estados pegaram empréstimos com bancos ingleses, e o país era o fiador! Tirando café do mercado o preço subiu, mas a dívida externa era enorme, a revolta nacional foi inevitável. Durante a 1ª Guerra Mundial o governo aumentou a emissão de papel-moeda, nossa moeda valia menos que a estrangeira, lucros para exportar e grandes prejuízos na hora de importar, isso pesou no bolso do povo.
Tempos da borracha
No começo do séc. XX, a borracha era essencial, os automóveis precisavam dela para seus pneus, e a maior fonte de borracha era a Amazônia, de onde vinham as árvores seringueiras. O Brasil exportava pro mundo todo, houve grande imgração para a Amazônia com a promessa de trabalho e melhores condições de vida, mas esses trabalhadores (os seringueiros) levavam uma carga horária absurda, péssimas condições de vida, baixos salários, e trabalhavam sob um clim aquente e úmido, contraindo várias doenças. A economia na Amazônia se fortificou rapidamente, os teatros luxuosos construídos lá são testemunhas desse apogeu. Porem, potências européias plantaram seguingueiras em suas colônias na África e Ásia, e em pocuos anos superaram o Brasil no comércio da borracha. Correndo atrás da seringueira na Amazônia, trabalhadores acabaram chegando em terrenos do atual Acre, que era uma terra de ninguém, disputada por Brasil e Bolívia, uma empresa norte-americana tentou ocupar a terra, e os fazendeiros brasileiros lutavam com eles. Até que o barão do Rio Branco resolveu a questão através do Tratado de Petrópolis, pagou uma indenização à empresa e aos bolivianos, prometeu a constução da estrada de 400km Madeira-Maomoré (para que a bolívia pudesse escoar a produção da sua borracha até o Atlântico), e em troca anexou o terreno ao Brasil. Para a obra da estrada vieram trabalhadores de vários países, brigas e mortes em acidentes trabalhistas eram frequentes, e em pouco tempo a borracha estava em decadência, e a ferrovia seria praticamente inútil.
Nem só de café vive a república
No começo do século XX o cacau ganhou imprtância na economia brasileira, chegou a ser 4% da nossa exportação, muitos coroneis enriqueceram com isso, mas rapidamente o Brasil foi desbancado pela produção inglesa em colônias britâncicas.
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