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População, consumo e meio-ambiente

Por:   •  13/4/2018  •  1.269 Palavras (6 Páginas)  •  335 Visualizações

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planejamento urbano em escala local para atingir metas de emissão de GEE pode parecer repetir a célebre frase: “Pense globalmente, aja localmente”. Entretanto, as questões envolvidas não se restringem aos impactos globais, pois em escala local o planejamento trará benefícios para o transporte, sistema de abastecimento de água e coleta de esgoto; e, em escala regional, redução na demanda de energia, otimização de investimentos públicos, etc. É importante, portanto, tornar claras estas evidências para que estas questões de convertam em uma agenda para pesquisas e para o desenvolvimento de políticas públicas.

1) O caso brasileiro assume uma posição de destaque no que se refere a essas relações, porque o caso brasileiro se encontra em um momento diferenciado do processo de transição urbana. A sociedade brasileira é uma sociedade tipicamente urbana, estando no mesmo patamar de urbanização de países desenvolvidos do mundo; entretanto, enfrenta ainda problemas graves de desigualdade social e pobreza que serão importantes agravantes no que se refere aos possíveis impactos das mudanças ambientais. Assim, se torna complexa a análise destes contextos particulares uma vez que os condicionantes sociais, econômicos e políticos desenham papel preponderante tanto nos estudos sobre o espaço urbano no Brasil assim como nos processos que desembocam nas mudanças ambientais

2) Os principais elementos conceituais que definem a cidade compacta são: Uma das linhas de argumentação mais ativas na defesa de cidades mais compactas é aquela que discute os impactos negativos da expansão. Se refere a um padrão de ocupação urbano de baixa densidade. Trata-se de morar, estudar, trabalhar e ter lazer nas proximidades do bairro onde você mora, com a meta de fazê-lo se deslocar o mínimo possível pela cidade, durante o período de afazeres compulsórios, evitando longas horas perdidas no trânsito. Essas horas "ganhas" poderiam ser convertidas em mais tempo para estudar, para o lazer ou para a família. O deslocamento pela cidade se daria eventualmente, com propósito definido, de forma mais prazerosa e voluntária. A distinção entre eles, sobre a lógica ambiental é: Na cidade dispersa os principais aspectos que são considerados como efeito negativo deste modelo de ocupação está o uso intensivo de transporte automotivo, sobretudo o de uso individual e, embora essa característica possa ser atribuída tanto como causa e como consequência, contribui significativamente no maior deslocamento espacial da população em uma determinada região. Aumenta a demanda por combustíveis fósseis, trazendo consigo o aumento da emissão de poluentes atmosféricos. Enquanto na cidade compacta o objetivo é justamente evitar a utilização frequente do transporte automotivo intensivo, evitando desgaste de tempo no trânsito e emissão de poluentes e utilização de combustíveis fósseis em maior intensidade. Em termos dos impactos da dispersão urbana nos recursos naturais, a modificação da distribuição das áreas verdes no tecido urbano é uma das questões mais estudadas. Ou seja, para que essa expansão da área urbanizada sob um padrão de baixas densidades seja viável o que ocorre, na maioria dos casos, é a ocupação de áreas peri-urbanas onde antes se constituía a produção agrícola, áreas de proteção e mananciais, ou seja, os cinturões verdes. A construção de conjuntos residenciais em áreas antes dedicadas a atividades industriais pode elevar a probabilidade de exposição a solos e água contaminada, pois algumas vezes contam com sistema de abastecimento de água através de poços artesianos que podem entrar em contato com galerias contaminadas

4) A exploração da mais valia e a luta entre classes sobretudo, caracterizam o meio urbano e industrializado como lócus do consumo. Pois a sociedade urbana sempre foi considerada palco de produção e reprodução do capital. No caso do Brasil, por exemplo, em cerca de 50 anos a população urbana passou de 30% para 81% do total de habitantes, abrigando maior quantidade de bens de consumo e mão de obra alimentando o ciclo D-M-D’.

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