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GESTÃO ESCOLAR: EXEMPLO E ALTERNATIVA PARA O CONTROLE DA EVASÃOESCOLAR

Por:   •  2/5/2018  •  4.795 Palavras (20 Páginas)  •  493 Visualizações

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A evasão escolar, não é um problema restrito apenas a algumas unidades escolares, mas é uma questão nacional que vem ocupando relevante papel nas discussões e pesquisas educacionais no cenário brasileiro, assim como as questões do analfabetismo e da não valorização dos profissionais da educação expressa na baixa remuneração e nas precárias condições de trabalho. Devido a isto, educadores brasileiros, cada vez mais, vêm preocupando-se com os jovens que chegam à escola, mas, que nela não permanecem.

O presente estudo tem por objetivo central analisar a qualidade da prestação dos serviços oferecidos aos alunos e o resultado deste no aumento da evasão escolar, abordando a importância da qualidade na prestação de serviços, avaliando a necessidade de implantação de medidas corretivas para baixar o índice de evasão na referida escola. Realizado por meio de entrevistas, e interpretações e análises do colóquio realizado.

Buscaremos compreender o pensamento da escola, da família e do jovem a respeito do abandono e descasos dos alunos com o banco escola. Além dos alunos, seus pais/responsáveis e professores foram entrevistados, o diretor, o coordenador pedagógico e o vigilante da escola.

Dessa forma, no âmbito das políticas públicas, criar-se-ia indicadores de qualidade se torna fundamental para melhorar os serviços educacionais prestados à população. Já na gestão de uma escola, é necessário, também, mensurar os resultados acerca das experiências pedagógicas frente aos problemas enfrentados em cada realidade escolar.

Tendo em vista, então, a construção de um trabalho de qualidade nas instituições escolares, o presente artigo busca refletir sobre a contribuição da gestão escolar para a identificação dos fatores que levam à evasão ou à permanência dos alunos da escola pesquisada, a fim de propor ações que promovam a sua certificação nessa modalidade de ensino e resultem no retorno à escola daqueles que dela evadiram-se.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 O PAPEL DO GESTOR ESCOLAR PARA DIMINUIR A EVASÃO ESCOLAR

Há muitos motivos que levam o aluno a deixar de estudar: a necessidade de entrar no mercado de trabalho, a falta de interesse pela escola, dificuldades de aprendizado que podem acontecer no percurso escolar, doenças crônicas, deficiências no transporte escolar, falta de incentivo dos pais, mudanças de endereço e outros. Para serem minimizados, alguns desses problemas dependem de ações do poder público. Outros, contudo, podem ser solucionados com iniciativas tomadas ao longo do ano pelos gestores escolares e suas equipes que têm a responsabilidade de assegurar as condições de ensino e aprendizagem o que, obviamente, se perde quando a criança não vai à aula.

Como diz Maria Maura Gomes Barbosa, (2007) coordenadora pedagógica do Centro de Educação e Documentação para Ação Comunitária (Cedac) e consultora de NOVA ESCOLA GESTÃO ESCOLAR,

"o acompanhamento da frequência é necessário para que a escola possa atender com qualidade e equidade, planejar e organizar a formação e a atribuição das classes e organize as salas e para que o gestor tenha elementos para analisar adequadamente o movimento na instituição e o andamento do processo de ensino e aprendizagem dos alunos”. (Barbosa 2007 p.1)

Também pode ser levado em consideração o impacto que o abandono e a evasão certamente provocam no orçamento de uma rede, já que a distribuição dos investimentos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB) é feita de acordo com o número de alunos que efetivamente estão matriculados e freqüentam a escola.

O controle das ausências dos alunos gera benefícios muito além dos recursos financeiros às redes de Ensino. Isso porque, quando cada diretor age em sua escola e, depois, compartilha dados de evasão e abandono com os demais diretores, é possível tomar providências em conjunto. De acordo com Maura, "é preciso cuidar para que as medidas não sejam personalizadas e que os gestores contem com a orientação da Secretaria de Educação para atuar em rede".

Os procedimentos para o acompanhamento da freqüência precisam estar contemplados no projeto político pedagógico da escola e na pauta de discussão com o corpo docente nas reuniões de planejamento. A primeira medida eficiente para que esse controle seja feito diariamente é a tradicional chamada, que o professores devem ser incentivados pelos gestores a fazer em todas as aulas. "Chamar os alunos pelo nome também é uma das formas de construir vínculos e dar identidade ao grupo", afirma Maura (Barbosa 2007 p.1). Para que isso aconteça, é preciso ter, desde o primeiro dia, planilhas completas com os nomes de todos os estudantes, preparadas com a ajuda da secretaria da escola - e essas precisam ser analisadas regularmente pela equipe gestora. Dessa forma, tem-se uma boa ferramenta para observar a rotatividade na escola, que está presente desde o começo do ano, e traçar estratégias para lidar com ela.

Também no primeiro semestre, o diretor realiza o Censo Escolar e preenche as tabelas com dados de aprovação, reprovação e movimento escolar solicitadas anualmente pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). "Depois que essa tarefa termina", aponta Maura, (2007 p. 2) "é preciso continuar buscando medidas para acompanhar a presença dos estudantes, trabalhando sempre para conservar ou aumentar o número de crianças e jovens com acesso à Educação.

Nessatrajetória, o gestor pode se deparar com dificuldades de origem pedagógica. Existem casos de crianças que deixam de ir à escola porque apresentam um mau desempenho e há também aquelas que, no extremo oposto, abandonam os estudos por não se sentirem desafiadas e estimulados. Tais situações requerem a parceria com o coordenador pedagógico e, por vezes, a implantação de projetos de formação que auxiliem o professor a ensinar para todos.

Ogrupo gestor também pode se unir para lançar mão de conversas com a comunidade, cartazes, visitas às famílias e meios de comunicação disponíveis na cidade para dar um fim feliz às histórias de abandono e evasão.Essas são formas de chegar até as famílias e mostrar a elas que a escola se preocupa com os seus filhos. Se nenhuma dessas ações funcionar, ainda é possível recorrer ao Conselho Tutelar (que entra em contato com as famílias para garantir que os direitos de crianças e adolescentes sejam cumpridos) ou, em último caso, ao Ministério

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