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Colapso e Subsidência dos Solos

Por:   •  17/10/2018  •  2.241 Palavras (9 Páginas)  •  280 Visualizações

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Na cidade de Recife no estado de Pernambuco, cidade onde tem sido explorada grande quantidade de água subterrânea, uma vez que a concessionária dos serviços de abastecimento de água não dispões de recursos suficientes nos mananciais hídricos superficiais, foi implantado duas técnicas para monitorar o processo de subsidência e colapso nos solos da região. No ano de 2005 tinham aproximadamente 12.000 poços artesianos em uma região de 100km². SANTOS (2005), alerta o risco de subsidência na região. Em sua tese de doutorado foi verificado que o nível de água dos aquíferos confinados vem sofrendo um rebaixamento dos níveis de água na ordem de 6 a 8 metros por ano.

Com tudo isso dois trabalhos foram desenvolvidos com a finalidade de monitorar o rebaixamento dos níveis d'água e de possível subsidência. O primeiro constou da colocação de sensores em dez poços da região, os quais repassam a cada hora uma informação para o centro de controle localizado na Agência Estadual de Meio Ambiente de Pernambuco (CPRH), acerca do nível da água dentro do poço, esse projeto foi financiado pelo DNPM/Ministério de Minas e Energia e executado pela CPRH através da empresa COSTA Consultoria, no ano de 2003/2004.

O outro trabalho foi desenvolvido pela pesquisadora Sylvana Melo dos Santos. O trabalho constou de uma pesquisa metodológica para o controle da subsidência do aquífero em Boa Viagem, através do sistema GPS, tecnologia desenvolvida por aquela pesquisadora na Alemanha. Foram instalados em Boa Viagem dez marcos para monitoramento do nível do solo utilizando GPS para saber se o solo da cidade de Recife tem rebaixado com o passar do tempo.

3 MAPEAMENTO DE RISCOS

Em algumas circunstâncias, o colapso e a subsidência em solos podem ser evitados ou mitigados seguindo um planejamento em torno do estudo prévio do uso e ocupação dos mesmos. Para outras situações, esse planejamento pode evitar ou minimizar os possíveis danos relativos aos problemas.

O mapeamento e gerenciamento de riscos, dentro desses estudos, apresenta os resultados da avaliação de possíveis riscos de problemas geotécnicos ou de riscos de problemas já existentes, e engloba a estimativa da extensão de prováveis danos causados pela instabilidade dos solos. Esse estudo é fundamental para a adoção de medidas preventivas adequadas.

Essa previsão envolve a avaliação de risco através da identificação dos processos socioeconômicos locais e processos físicos e seus critérios: magnitude, frequência, duração, extensão em área, velocidade, disposição espacial e intervalo de tempo de recorrência.

Para a identificação dos processos físicos, é realizada a investigação geológica-geotécnica do solo superficial, objetivando detectar possíveis condicionantes dos processos de instabilização. Os resultados podem ser sistematizados em fichas cadastrais, ou fluxogramas, com a caracterização dos graus de risco. A definição dos graus de risco é realizada por técnicos através de investigações no campo e resultados dos ensaios.

Condições de escoamento e infiltrações superficiais também são consideradas nesse estudo, além de vegetação na área ou proximidades.

Para a identificação dos processos socioeconômicos é realizado o estudo do padrão construtivo das habitações e a posição das mesmas em relação ao raio de alcance dos processos ocorrentes ou esperados. Observa-se ainda aspectos da ocupação atual, como infraestrutura urbana implantada.

Dessa forma, os setores de risco são delimitados em campo, e então expostos com imagens de satélite e classificadas segundo os graus de risco em: risco baixo (R1), risco médio (R2), risco alto (R3) e risco muito alto (R4).

Pode-se então apresentar o mapa de risco em duas etapas: a produção do mapa cruzando o meio físico com o mapa de uso e ocupação do solo e a mesma produção do mapa com os possíveis danos associados.

4 MÉTODOS CORRETIVOS

Após a ocorrência de subsidência ou colapso dos solos, é necessário reunir todos os estudos preliminares quanto ao uso e ocupação do solo para traçar o plano de ação de implantação corretiva. É fundamental, inicialmente, a realização de ensaios para determinar a constituição e resistência do solo em questão.

Com o resultado da taxa de resistência que o solo necessitará resistir, executa-se um sistema de fundação que possibilite a estabilidade da estrutura e solo. No comum, utilizam-se técnicas como estacas, remanejamento de solo, geodrenos, jet grouting e compactação profunda radial. etc.

Estacas: este sistema compõe diversas tecnologias, sendo sua característica principal a transferência das cargas da estrutura para o solo resistente através da estaca. Entre outras, temos estacas mega, metálicas, de concreto e de areias.

Remanejamento de solos: consiste em substituir o solo de baixa resistência por um solo estudado e adensado para atender aos esforços que serão solicitados. Atualmente esta metodologia está sofrendo um grande acréscimo de custo, pois os órgãos de defesa ambiental estão exigindo o tratamento do solo substituído antes de lançá-lo na natureza.

Geodrenos: consiste em colocar no solo uma quantidade de drenos verticais, uma camada drenante e um aterro com altura estudada para promover um adensamento lento do solo (dura em torno de 3 a 8 meses). Quando este adensamento tiver uma taxa que não provoque colapso na estrutura, ou seja, continua recalcando, mais de forma muito lenta, o aterro é eliminado e por fim executa-se a obra. Este sistema é muito comum na execução de estradas.

Jet Grouting: consiste em introduzir no solo uma haste, tendo na sua extremidade uma hélice. Esta hélice gira destruindo o solo, concomitantemente, é injetado no solo um grouting com altíssima pressão (50 a 70MPa) e alto slump. Com isso, são formadas colunas de grouting no solo, com 1,00 metro, 1,20 metros..., até atingir o solo resistente. Conforme as estacas, este sistema faz a transferência direta das cargas da estrutura para o solo resistente.

Compactação Profunda Radial – CPR: o CPR apresenta características similares aos sistemas de fundação e estabilização de solos, jet grouting e geodreno, respectivamente. Consiste na injeção de um graute para solos, SOLOMAX GRAUTE, com características especiais.

A correção na esfera social, ocorre através do ordenamento e realocação da população para áreas de menor risco, recuperação de ecossistemas, além da reconstrução de serviços

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