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Trabalho de Filosofia

Por:   •  10/10/2018  •  2.612 Palavras (11 Páginas)  •  286 Visualizações

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Genealogia quer dizer ao mesmo tempo valor da origem e origem dos valores. Genealogia se opões ao caráter absoluto dos valores tanto quanto a seu caráter relativo ou utilitário. Genealogia significa o elemento diferencial dos valores do qual decorre o valor destes. Genealogia quer dizer por tanto, origem ou nascimento, mas também diferença ou distância na origem. (DELEUZE.1970.p.02)

Quando da aplicação daqueles princípios e métodos na prática, referidos a um objeto determinado, que pode ser mais amplo, como a moral, ou mais restrito, a exemplo do castigo. Mas a genealogia é também uma filosofia da história, uma concepção filosófica específica que admite que há na história um sentido, distinto daquele que a tradição concebeu, mas que é ainda um sentido, uma direção. Os aspectos metodológico e propriamente filosófico da genealogia se relacionam de modo a haver uma circularidade entre o método de pesquisa da história e a história que é conhecida por este método.

Outro conceito importante, o que é Moral? A moral antecedeu o cenário das grandes religiões que dominam o mundo de hoje. A moral como regulamento das atitudes e comportamentos do ser humano em sociedade se basta no bom senso, na simples razão de viver e conviver. Segundo nosso filósofo, F. Nietzsche, o advento dessas religiões que se originaram na própria moral trouxe exasperação dos princípios inatos do bem e do mal, resultando na opressão do homem, na escravização de sua vida, invocando um deus que deveria salvá-lo e redimi-lo de sua predileção pelo mal em detrimento do bem. Aprisionando assim o homem e inibindo a sua autonomia.

7.1 A GENEALOGIA DA MORAL NO PENSAMENTO DE FRIEDRICH NIETZSCHE

Escrito em uma de suas obras mais importantes, Nietzsche explica um duplo interesse para compreensão de tal, em uma análise detalhadamente, o tipo reativo, a maneira pela qual as forças reativas triunfam e princípio sob o qual triunfam. A Genealogia da Moral, chave para interpretação em geral, outro ponto é o acaso, na verdade, o que opõe obstáculos à arte da interpretação e da avaliação, o que desnatura a genealogia e inverte a hierarquia senão a pressão das próprias forças reativas? Os dois aspectos de A Genealogia da moral formam então a crítica.” As três dissertações que compõem está “genealogia” são talvez, no que se refere à expressão, as intenções e a arte da surpresa o que de mais inquietante até agora se escreveu” (NIETZSCHE.p.110). Em análise, precisamos concluir que Nietzsche em A Genealogia da moral, quis refazer a Crítica da razão pura. Paralogismo da alma, antinomia do mundo, manifestação do ideal; Nietzsche acredita que a ideia crítica e a filosofia são a mesma coisa, mas que Kant, precisamente não realizou essa ideia, que comprometeu e estragou não apenas na aplicação mas no próprio princípio. “A ideia de que Kant não tenha realizado a crítica é, inicialmente, uma ideia Nietzscheana, mas Nietzsche não confia em ninguém além dele próprio para conceber e realizar a verdadeira crítica” (DELEUZE.p.72).

7.2 AS CRÍTICAS À MORAL QUE CONDICIONAM O HUMANO

O diagnóstico, forma pela qual a filosofia encontra sua faceta mais atual, aparece longe também das exigências de impessoalidade próprias a uma filosofia transcendental com sua razão pura. “Nada ou quase nada, como soube dizê-lo Nietzsche, é impessoal num filósofo. Assim, em tudo quanto ele escreveu, o intento de comprovação objetiva é inseparável da provação subjetiva do pensador.” (NUNES, 2010, p.120) Assim, no jogo da verdade, no qual experimentamos e modificamos a nós mesmos, há o interesse e a “provação” pessoal em conjunto com o rigor da “comprovação objetiva”. A perspectiva genealógica é aquela que, ao mesmo tempo em que reconhece por honestidade – poderíamos dizer também, por probidade intelectual – seu posicionamento estratégico nas relações de poder, acaba por reconduzir toda perspectiva a sua parcialidade para assim combater os absolutismos transcendentais. Ao se admitir a própria parcialidade não se abre mão dos mecanismos teóricos de construção de verdade. O homem livre, ativo e independente é o homem que devemos criar, é neste homem que devemos investir. Os valores que este homem criar serão valores mais elevados que os da mesquinharia que desafortunaria a vida. Um homem assim é um homem mais digno de viver, justamente por amar a vida e a exaltar em sua própria existência, em sua estilística do existir. Um homem que luta pela vida, simplesmente por ela e nada mais é um homem mais seguro do futuro, “Era até aqui quase coisa mais temida em si, – e esse temor fez com que se quisesse, se desejasse, se obtivesse o tipo contrário: o animal doméstico, o animal de rebanho, o homem animal doente – o cristão.’’ (NIETZSCHE.p.26).

O conceito compaixão, que é o conceito que apoia a moral dos fracos, inferiores e excluídos, diz-nos: “este é fraco, por isso este é digno de compaixão, este é pobre, coitado dele.” É onde o fraco é chamado de bom. A compaixão torna-se contagiosa e ela arrasta para baixo todo aquele que se encontra em cima, ela torna a dor compartilhável, ela faz da dor um sentimento coletivo, ela transforma o declínio particular em prejuízo coletivo que traz o declínio para um grupo inteiro ao invés de deixar que um membro fraco do grupo caia sozinho por sua incompetência e fraqueza, “toda a doutrina do imperativo categórico Kantiano cai por terra no momento em que infringe as regras mais naturais e inequívocas da existência dos seres vivos”(NIETZSCHE.p.14), seja, a de que todo homem deve inventar seu próprio imperativo, seus próprios princípios e assim criar seus valores.

É o contrário que exigem as mais profundas leis da conservação e do crescimento: que cada um invente sua virtude, seu imperativo categórico. Um povo se arruína quando confunde a ideia do seu dever com a ideia do dever em geral. (NIETZSCHE.p.18)

Por Moral, Nietzsche entende valores e princípios que o indivíduo cria para si (ou deveria criar para si). Não valores que são transmitidos por outras pessoas, religiões ou costumes. O sujeito pode apropriar-se de valores que não foram criados por ele, pode sim acreditar em algo que não foi inventado por ele, mas desde que esses valores não sejam impostos ou forçados a ele mesmo de forma agressiva, sutil ou arbitrária. A moral de um sujeito deve ser criada por ele próprio. Fazendo um movimento entre ele mesmo e tudo que o agrada, que o afirma como vivo, livre e solto do subjugo das castas inferiores que querem lhe desviar de seu caminho.

7.3 A LIBERDADE

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