Estudo Dirigido de Filosofia Antiga
Por: Jose.Nascimento • 22/3/2018 • 715 Palavras (3 Páginas) • 363 Visualizações
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COMOGONIA E MITOS DE SOBERANIA
01. No presente texto destaque, no que se refere as origens da filosofia, qual a interpretação de Burnet e Conford para a referida questão bem como a própria concepção de Vernant.
Segundo o autor o nascimento da razão na Grécia se dar no início do século VI (na Mileto jônica), marcando assim o declínio do pensamento mítico e ascensão da filosofia, considerado um saber racional. Com Tales, Anaximandro, Anaxímenes é instaurado uma perpesctiva de reflexão uma teoria de explicação e investigação das origens do mundo sem características míticas. Estas explicações são livres da concepção imaginativa presentes nas arcaicas teogonias e cosmogonias. Ocorre uma exclusão do sobrenatural, considerando tudo que existe como physis.
Segundo Burnet: "os filósofos jônicos abriram o aminho que a ciência depois só teve que seguir (...). Seria inteiramente falso procurar as origens da ciência jônica numa concepção mítica qualquer”. Já Corford se contrapõe a esta tese, para ele, essa filosofia inicial é muito mais próxima dos mitos do que uma teoria científica, ela ignora a experimentação que é característica da ciência.
Apesar das divergências entre as visões apresentadas por Burnet e Cornford para o autor do texto não existe continuidade entre as construções míticas e a filosofia. Vernant afirma que "foi com os milésios, que pela primeira vez, a origem e a ordem do mundo tomaram a forma de um problema explicitamente colocado a que se deve dar uma resposta sem mistério, ao nível da inteligência humana". Diz ainda, que "a dessacralização do saber, advento de um tipo de pensamento exterior à religião não são isolados e incompreensíveis". Afirma que as teogonias e as cosmogonias gregas são, antes de tudo, mitos de soberania. Exaltam o poder de um deus que reina sobre todo o universo e a ordem é o produto dessa vitória do deus soberano.
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