O SISTEMA ECONÔMICO NAS SOCIEDADES INDÍGENAS GUARANI

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Pode-se buscar explicação para o modo de vida Guarani, não apenas no senso comum de que eles ignoravam o sistema econômico ou político, mas que viviam de acordo com sua religião e suas tradições, desmistificando a “escassez” por ser esse um povo que não produzia excedentes para estocagem, mas, olhando por outra perspectiva, pode-se dizer que na verdade, seu alimento era abundante, já que seu sistema de produção fazia o serviço para que fora criado, sem dificuldades.

Conclusão do antropólogo

O antropólogo José Otávio Catafesto de Souza conclui então, que o sistema de produção e consumo doméstico não correspondia apenas a subsistência da família, que é unidade básica. Os núcleos familiares criavam uma produção econômica maior que suas necessidades, e não sofriam intervenção.

A produção era basicamente familiar, tendo um consumo que satisfazia tanto o doméstico quanto necessidades da aldeã. Por se tratar de uma economia comunitária e cooperativista, não havia competição interna. O trabalho era dividido por sexo, com uma organização coletiva entre parentes.

Diferentemente dos missionários no período colonial, os Guaranis possuíam um espírito religioso e um pensamento que impedia o desenvolvimento econômico para lucro privado, algo que foi incompreendido por tais missionários de pensamento nacionalista.

Caracterizado por uma distribuição econômica, o sistema de produção doméstico Guarani era fraco e possuía inconsistência na harmonia aldeã.Não se encontrava laços políticos de longa data que fossem capazes de vencer os limites que a forma anárquica de organização impunha.

Os objetivos econômicos eram restringidos, já que entre os Guaranis não existia a preocupação com necessidades econômicas, era definida pelos valores de consumo sendo então interpretado como “imprevidência” no período colonial.