O Estigma Do Passivo Sexual
Por: eduardamaia17 • 21/3/2018 • 2.296 Palavras (10 Páginas) • 374 Visualizações
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Feminilidade Virilidade
Doce , suave Duro,rude
Sentimental Frio
Frágil Forte
Virgem Expert
Monogâmico Poligâmico
Fiel Infiel
E ao elencar a palavra “frágil” a relaciona a “passividade” feminina o que justificaria a, mesmo tratando de uma condição física, a inferioridade feminina.
Ele também conta uma experiência de campo muito interessante, e bastante comum, que é a busca de um emprego na área de construção civil onde ele, Maria das Graças e Darcy com currículos bem parecidos se colocam a disposição, porém somente ele e Darcy são convocados para entrevista presencial e Darcy tem sua entrevista findada com menos de cinco minutos com a justificativa de que “o tipo de trabalho não condizia com a presença feminina”. Sim, Darcy era uma mulher, que por ter um nome que não denota sexo, não teve seu currículo descartado como o de Maria. Atualmente há até ascensão a cargos tidos com masculinos, mas notória que ainda existe uma disparidade salarial.
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Passivo Sexual como Estigma
O texto abordado por Michel Misse em sua pesquisa de campo, aborda o tema que muitas das vezes para alguns indivíduos da sociedade falar desse assunto ainda é visto como preconceito ao abordar o tema referente a sexualidade, ainda mais quando se trata do sexo passivo. Isso se dar principalmente no meio de uma sociedade em que vivemos de caráter “machista” onde abordar esse tema, para muitos ainda da classe masculina seria uma afronta dizer que o homem tem que ser passivo mais sim sempre ativo, ou seja, do ponto de vista dessa classe já citada o homem é quem é o dominador em uma relação sexual e não o passivo.
No início do texto o autor faz várias comparações entre ativo e passivo uma delas está referente ao exemplo dado nos livros contábeis das empresas onde temos os termos ativo e passivos e se estendendo assim por todo o universo simbólico dominante. Misse descreve que dentre os atributos da feminilidade podemos encontrar o termo passivo em toda parte, a própria natureza das mulheres fazem com que a função sexual as tornem passivas visto pelo discurso dominante.
O autor em seu texto apresentou identificar o que ele chamou de “estigmatização” de uma “função sexual” ou de desempenho constatou que havia uma existência de um atributo social que ele relacionou como sendo um estereotipo desacreditador tendo como base a função biossexual da mulher, nesse caso ele uma associação entre a função biossexual feminina como sendo um receptor de pênis juntamente com uma serie de atributos citado no texto que ele chamou de “passivo sexual”. Em determinada parte do texto Michel Misse argumenta que “o normal” é associar o estereótipo de “ativo” e o estigmatizando ao de “passivo”, significando que por lógica deverá vir como primeiro a função heterossexual masculina e por segundo a função heterossexual feminina, ela ainda faz uma relação em ordem inversa se referindo ao homossexual masculino “passivo” e o homossexual feminino “passivo” corresponderão o “estigmatizado” e o homossexual masculino “ativo” e feminino “ativo” sendo estes equivalentes ao “normal”.
Misse cita como exemplo Sigmund Freud e, ao citar em seu trabalho de estudo o pênis como sendo um objeto que tem o poder de penetrar no interior de um corpo causando feridas seria como se fosse uma arma pontiaguda do tipo faca, punhais, lanças, ou também como armas de fogos como fuzis e pistolas. Continuando Freud compara vagina como sendo um objeto cuja suas características consistem e uma cavidade no qual pode se alojar algo ele cita como exemplo minas, fossas, cavernas, vasos e garrafas, caixas de todas as formas, cofre, arcas e bolsos e para concluir sua observação Freud faz uma extensão aos demais equivalentes como ânus, boca, língua, etc..
Após a estas observações o autor parte para campo percorre quatro bairros da cidade tais como Copacabana, Tijuca, Centro e Madureira ao todo ele entrevistou 46 pessoas, 20 mulheres,20 homens, 4 homens que se declararam homossexuais e 2 mulheres que se declararam homossexuais. O autor apresentou as respostas e as pergunta dividindo em três tipos “sexuais”.
[pic 2]
Segundo o autor a maioria das pessoas no qual entrevistou fizeram a seguinte argumentação: Passivo em quê? Mas mesmo assim todos se disponibilizaram a responder as perguntas, sempre tentando fazer uma semelhança entre o “sim” e o “não” as suas razoes uma das entrevistadas disse o seguinte:
“Sou muito preguiçosa. Preferi sempre escolher as coisas mais simples, mais fáceis pra não atrapalhar.” (Mulher, 24 anos, respondeu “sim”).
“Sou passivo porque sou meio mole, meio devagar, entende? Falo pouco, não tenho ambições, sabe como é?” (Homem, 32anos, respondeu “sim” e depois emendou para “não”:
“Sabe de uma coisa, também não é assim: tenho mulher e dois filhos, trabalho o dia todo, resolvo mil problemas lá em casa, acho que estou exagerando minha
moleza Eu sou ativo sim...”.
“Esse negócio de achar que homossexual é passivo é preconceito. A maioria de nós somos passivos e ativos, a não ser alguns travestis, que só dão...” (homem, homossexual, 26 anos).
Durante a entrevista o autor teve que explicar para uma empregada doméstica o significado do termo “passivo” dizendo-lhe que era contrário ao “ativo”, Misse cita um trecho da resposta da mulher que disse:
“O homem sempre acha a mulher inferior, então a gente esforça para se mostrar que é igual, que pode decidir de tudo por tudo. Eu sou muito ativa, do contrário não podia me empregar e continuar no emprego. Eu não preciso de nenhum homem para me sustentar” (mulher, 37 anos).
Logo em seguida veio a pergunta de número dois conforme no quadro abaixo:
[pic 3]
Ao fazer as perguntas descritas acima, o autor não quis fazer uma alusão as perguntas, porem o seu objetivo era obter as devidas respostas de uma forma coerente com o desempenho cotidiano dos papeis sexuais, não interessa o autor as respostas nem como
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