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Resenha - Por uma arquitetura e Carta de atenas

Por:   •  29/8/2018  •  1.230 Palavras (5 Páginas)  •  391 Visualizações

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Após reconhecidas as generalidades é possível traçar as críticas a cerca dessas no seu estado atual. A principal característica é a densidade a qual chegaram os centros urbanos, fruto da revolução industrial. Tamanha densidade, se não pode ser sustentada pela infraestrutura, resulta na má qualidade de vida dos habitantes e regiões insalubres e propensas a doenças e promiscuidade (cortiços), uma contradição aos requisitos de higiene. Além disso, o crescimento desordenado das cidades leva a devastação das áreas verdes e cria futuros problemas de circulação no ambiente urbano. Ironicamente, concluiu-se que na maioria dos casos as zonas mais densas estão localizadas nos ambientes menos favorecidos enquanto as habitações ricas ocupam os ambientes mais favorecidos e arejados.

Com base nessas críticas se propõe um plano de zoneamento que consiste no projeto da cidade com objetivo de atribuir a cada indivíduo seu justo lugar, distribuindo habitações, escolas, edifícios públicos e de serviços e indústrias em ambientes que sejam adequados e garantam maior salubridade para a cidade como um todo. Para que isso seja possível, propõe-se o uso dos novos recursos técnicos construtivos. Com a possibilidade de construir edifícios em altura, tornou-se possível assegurar infraestrutura nos centros urbanos para manter a densidade sem prejudicar a qualidade de vida. Também é sugerido trabalhar as superfícies verdes dentro da cidade e dimensionar melhor as habitações e as vias públicas para garantir melhor qualidade dos ambientes.

A luz solar, a vegetação e o dimensionamento correto dos espaços são considerados matérias primas do urbanismo, por serem elementos fundamentais para garantir a qualidade de vida nos núcleos urbanos.

Quanto os usos desenvolvidos, são determinados na Carta de Atenas que a cidade deve ser feita para que o homem moderno posso habitar, trabalhar, recrear e circular. Para isso, propõe-se o desenvolvimento de áreas de lazer (reservas verdes) bem como seus equipamentos necessários seja para transporte, alojamento ou abastecimento de água potável. O trabalho também é ponto chave nas propostas urbanas. Critica-se o atual sistema de implantação das áreas de trabalho, propondo um zoneamento mais racional desses ambiente, desde centros de negócios até lojas de artesanato, assim como desenvolvimento do transporte que liga a habitação aos locais de trabalho. Visa-se um meio de circulação entre a cidade que seja mais racional e mais eficiente.

Através das cidades analisadas para a elaboração da Carta de Atenas, conclui-se que a nenhuma delas satisfazia as necessidades primordiais de sua população, o que demonstra a importância de um desenvolvimento do urbanismo na época.

É possível concluir que ambos os textos explicitam a insatisfação dos arquitetos com a arquitetura da época e expõe uma solução para os problemas levantados. Seja em Corbusier instigando o desenvolvimento de uma arquitetura adequada à vida do homem moderno e trazendo as características da industrialização e do racionalismo produtivo ou seja nas alternativas da Carta de Atenas para resolver a problemática trazida pelo crescimento da densidade populacional nos centros urbanos, percebe-se um desenvolvimento de pensamento no período voltado para adequação da arquitetura e do urbanismo à nova sociedade, composta de cidadãos com pensamentos e hábitos modernos, fruto do desenvolvimento industrial.

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