OS CONCEITOS BÁSICOS DA ILUMINAÇÃO
Por: kamys17 • 26/9/2018 • 6.082 Palavras (25 Páginas) • 293 Visualizações
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Ainda segundo Vianna e Gonçalves (2004), a quantidade de luz não é o único requisito necessário. Para essas atividades, a boa distribuição de luz no ambiente e a ausência de contrastes excessivos também são fatores essenciais. Quanto melhores forem as condições propiciadas pelo ambiente, menor será o esforço físico que o olho terá de fazer para se adaptar às condições ambientais e desenvolver bem a atividade em questão.
Entretanto, o conforto não pode ser definido somente pela parte fisiológica dos indivíduos. Aquilo que vemos depende não somente da qualidade física da luz ou da cor presente, mas também do estado de nossos olhos na hora da visão e da quantidade de experiência visual da qual temos de lançar mão para nos ajudar em nosso julgamento. Aquilo que vemos depende não só da imagem que é focada na retina, mas da mente que a interpreta. Dessa forma, fica claro que não se pode levar em consideração somente a experiência sensorial em privação da emocional, tendo em vista que uma complementa a outra. Um fato visual repercutirá depois de interpretado, psico-emocionalmente, sendo essa resposta em partes subjetiva e individual para cada um. (HOPKINSON, 1996).
Em suma, conforto é, a interpretação de estímulos objetivos, físicos e facilmente quantificáveis, por meio de respostas fisiológicas (sensações) e de emoções, com caráter subjetivo e de difícil avaliação (VIANNA e GONÇALVES, 2004).
1.4 OS SISTEMAS DE ILUMINAÇÃO
Em concordância com Vianna e Gonçalves (2004), para se definir qual sistema de iluminação adotar é necessário analisar as funções que serão desempenhadas nos ambientes.
Feito isso, o sistema de iluminação escolhido poderá ser:
Geral, que consite na distribuição regular das luminárias pelo teto, trazendo uniformidade. A vantagem desse sistema é que apresenta maior flexibilidade do layout do ambiente, entretanto, não supre as necessidades específicas de locais que possam necessitar de níveis maiores de iluminação. (VIANNA e GONÇALVES, 2004).
Vianna e Gonçalves, em 2004, ainda colocam que o sistema pode ser localizado, que coloca as luminárias em locais de maior interesse, considera as necessidades individuais de iluminação e pode trazer economia de energia, porém não são flexíveis, tendo de ser reposicionadas caso ocorra alguma mudança de layout.
Ou ainda, segundo Vianna e Gonçalves (2004), o sistema de luz ainda pode ser de tarefa, que ilumina uma área bem pequena do plano de trabalho, possui maior controle dos efeitos luminotécnicos, mas deve ser complementada por outro tipo de iluminação.
Ainda de acordo com os autores citados acima, é importante se atentar para como a iluminação irá distribuir a luz. Nesse caso, ainda se pode classificar, como sistema principal de iluminação e secundário, no primeiro caso, este deve resolver as necessidades funcionais, e no segundo dar mais ênfase ao espaço e à ambientação que se deseja.
Considerando o espaço e sabendo qual ambientação se almeja, Vianna e Gonçalves, 2004, atestam que deve-se levar em conta a luz de destaque, que coloca ênfase em determinados pontos de interesse; a luz de efeito, onde o objeto a ser destacado é a própria luz; a luz decorativa, onde o que importa é o objeto que produz a luz; e a luz arquitetônica, obtida através do posicionamento da luz em objetos arquitetônicos, como sancas, cornijas, etc.
1.5 TIPOS DE LÂMPADAS
De acordo com Rosa (2013), consultora do Sebrae de São Paulo, para se criar um belo ambiente no interior da loja e/ou ressaltar a vitrine, é necessário conhecer os tipos de lâmpadas, as possíveis maneiras de iluminar um ambiente, as vantagens e desvantagens e também que efeitos de cores estas produzem nas mercadorias.
As lâmpadas refletoras e dicróicas são consideradas fontes quentes e devem ser usadas em locais onde as pessoas não premaneçam por muito tempo, pois esquentam demais. Quando usadas em vitrines, devem ser colocadas a distância de 1m a 3m uma da outra. Também deve-se atentar a distância que são colocadas da mercadoria, pois podem danificá-las, alterando a cor. Também não são muito econômicas. (ROSA, 2013).
Enquanto que as halógenas são as únicas que reproduzem fielmente a luz do dia, portanto respeitam as cores. Embora sejam mais caras, duram mais tempo e são mais econômicas, afirma Rosa, em 2013.
Já as fluorescents, de acordo com Rosa (2013), são chamadas de lampadas frias. A luz é distribuída por igual, precisando de uma complementação de iluminação. São econômicas, de temperature baixa e sua boa intensidade pode resolver problemas de relexão nos vidros das vitrines.
1.6 SISTEMAS DE ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL
A eficiência dos sistemas de iluminação artificial está associada às características técnicas, à eficiência e ao rendimento de um conjunto de elementos, dentre os quais: lâmpadas; luminárias; reatores; circuitos de distribuição e controle; utilização de luz natural; cores das superfícies internas; mobiliário. (RODRIGUES, 2002).
Rodrigues, em 2002, ainda descreve que as lâmpadas com filamento convencional ou halógenas produzem luz pela incandescência, assim como o sol. As de descarga aproveitam a luminescência, assim como os relâmpagos e descargas atmosféricas.
As luminárias recebem a fonte de luz e modificam a distribuição espacial do fluxo luminoso produzido pela mesma. Uma luminária eficiente otimiza o desempenho do sistema de iluminação artificial. A eficiência pode ser obtida pela relação entre a luz emitida pela mesma e a luz emitida pela lâmpada. Quando se avalia a distribuição da luz a partir da luminária, deve-se considerar como ela controla o brilho, assim como a proporção dos lumens da lâmpada que chegam ao plano de trabalho. A luminária pode modificar o fluxo luminoso emitido pelas lâmpadas, desviá-lo para certas direções (defletores), ou reduzir a quantidade de luz em certas direções para diminuir o ofuscamento (difusores). (RODRIGUES, 2002).
Rodrigues, 2002, afirma inclusive que os refletores são dispositivos que servem para modificar a distribuição espacial do fluxo luminoso de uma fonte. Os refratores são dispositivos que modificam a distribuição do fluxo luminoso de uma fonte utilizando o fenômeno da transmitância. Em muitas luminárias, esses dispositivos têm como finalidade principal a vedação da luminária, protegendo a parte interna contra poeira, chuva, poluição e impactos.
Ainda
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