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Ensaio Crítico - Arquitetura de Frank Lloyd Wright

Por:   •  29/8/2018  •  1.283 Palavras (6 Páginas)  •  506 Visualizações

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Entre as diversas adições que ocorreram no decorrer dos anos podemos destacar a sala de jogos e expansão do escritório e estúdio. Durante a expansão, o corredor foi construindo em torno de uma árvore viva, demonstrando o respeito do arquiteto pelo ambiente natural. Na sala de jogos, tem-se a transição de um espaço estreito pé direito mais baixo para amplo ambiente com pé direito mais alto. A ausência de um sótão também faz referência a ideia de eliminar os espaços supérfluos e valoriza as geometrias do próprio telhado da residência. Assim como Sullivan, Frank Lloyd também escolhe cuidadosamente seus adornos, como o painel de influência árabe na sala de jogos ou a pintura na suíte do casal. É importante notar que as luminárias parecem mesclar com a pintura, como se fizessem parte da mesma.

Em 1898 foi acrescentado seu estúdio, o qual dobraria a área da construção. Nesse momento, as características de Frank Lloyd Wright estariam mais nítidas, como a horizontalidade e a valorização dos materiais naturais, nesse caso, o tijolo aparente. Além do mais, o resultado final de tais adições, demonstram como Wright transforma uma simples casa de subúrbio em uma edificação mais complexa, experimentando diferentes formas e linguagem arquitetônicas, em busca de uma linguagem particular. É um exemplo essencial para compreender seu desenvolvimento como arquiteto.

Seus clientes eram recebidos em uma recepção e depois eram levados até a biblioteca, onde se encontravam em um ambiente octogonal e com grande riqueza de detalhes geométricos, talvez herança dos blocos de Froebel. O mobiliário e os acabamentos, feitos com madeira, demonstram tanto um valor estético do material quanto do seu caráter geométrico.

A Robbie House está localizada no campus Chicago da Universidade de Chicago e foi construída em 1909, uma das últimas obras da primeira fase de Frank Lloyd Wright. Seu princípio de trabalhar planos horizontais se torna muito mais nítido em Robbie House do que em sua primeira casa e estúdio. O telhado se encontra levemente mais rebaixado que o normal, assim como o pé direito dos andares. Nisso, encontra-se novamente as referências à arquitetura japonesa, onde esse recurso era utilizado para promover maior contato com a natureza, já que edificações com andares muito altos, ofereciam vistas amplas, mas afastavam o observador do contexto natural.

O caráter estético da obra de Wright está mais definido neste momento de sua vida. A construção apresenta longas faixas de janelas e longos beiras, oferecendo amplas vistas do ambiente, mas sem abrir mão da privacidade dos moradores. Os materiais, como sempre, são expressivos e naturais, fazendo uso de tijolo romano e pedra calcária. O equilíbrio da composição também se encontra no trabalho de divisão dos espaços públicos e privados.

Na obra Wright faz uso de um recurso que depois seria amplamente explorado pelos arquitetos modernos: a planta livre e o uso de pilares de concreto que aliviam as paredes de suas funções estruturais. No projeto, é desmistificada a ideia de que espaços interiores devem ser fechados e isolados. Um trabalho com divisões leves e sem separações, além do uso de tetos de diferentes alturas, permite dividir os ambientes de forma muito mais sutil e manter eles visualmente conectados, permitindo a sensação de continuidade dos espaços.

Não apenas os espaços internos conectavam entre si, mas também o exterior se conectava a estes. O uso de "telas de luz", que compreendiam em grandes e contínuos painéis de vidro, reduziam a distinção entre os interior e exterior.

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