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A RESENHA CRÍTICA: SEGAWA, HUGO. ARQUITETURAS NO BRASIL

Por:   •  15/11/2018  •  966 Palavras (4 Páginas)  •  379 Visualizações

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Contudo seu primeiro trabalho como arquiteto moderno não pode ser classificado como modernista, por não ser fiel ao ideário moderno. Como resposta a isso Warchavichik dizia não ter empregado alguns conceitos modernistas por não haver material ou tecnologia adequados no país para fazê-lo.

O arquiteto parecia não atingir suas expectativas, em seus artigos expunha opiniões e preceitos modernos que não se observava em seu trabalho pratico, muitas vezes reconheceu as limitações do local: materiais, técnicas ou produção industrial. Por esses motivos sua intenção moderna permanecia mais na teoria, que ele aplicava em casas de burgueses e sem conseguir um alcance social.

O ponto alto de seu trabalho foi o convite de Lúcio Costa para reformular o curso de arquitetura na Escola Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro em 1931. Durante a década de 30 houve o encerramento de sua influência protagonista no modernismo. Durante essa década a preocupação modernista adensou-se mais na área intelectual que na própria arquitetura

Após a leitura deste capítulo podemos dizer que o modernismo, embora tenha sido um movimento arquitetônico de extrema importância e caráter revolucionário no âmbito internacional, teve um início pouco instigante para os arquitetos aqui presentes, tanto que os primeiros manifestos de modernismo na arquitetura surgiram por parte de um arquiteto brasileiro que vivia em Roma, e de um russo recém imigrado para o Brasil, Levi e Warchavchick, respectivamente.

Se comparado ao movimento moderno da vanguarda literária a arquitetura demorou para aceitar mudança de estilo, muitos arquitetos ainda estavam fortemente ligados ao neocolonial e a contextos e normas ultrapassados que os impediam de galgar novos caminhos. Gregori Warchavchick, mesmo com um modernismo “deficiente”, foi o pioneiro moderno no Brasil, transformando, através de seus primeiros trabalhos modernos, o desinteresse de seus companheiros. Mesmo cercado de polemicas e de criticas foi o responsável por dar ao modernismo nacional um estatus maior, inserindo seus ideário nas rodas da elite.

Ainda que seu trabalho não pudesse ser visto como cem por cento moderno segundo os padrões internacionais ou os pontos de Corbusier, ou que não tenham chegado a uma escala maior sem atingir o contexto publico nem social, foram de grande importância para a época e para os primeiros passos dos brasileiros rumo a uma nova arquitetura que nos colocaria no cenário mundial.

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