O Lixo Eletrônico

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Em Manaus por exemplo, temos um grande polo da indústria eletrônica do país, porem há apenas um aterro legalizado. Existem muitos outros clandestinos, alguns próximos a Floresta Amazônica e de algumas moradias, causando grandes problemas para a localidade.

A política em relação ao lixo eletrônico ainda e muito precária, existem poucas leis que abrangem esse assunto. A lei que mais se enquadra nesse termo é Política Nacional de Resíduos Sólidos n°12.305/2010, ela cria responsabilidade e a obrigação de que todas as empresas, importadores, consumidores, prefeituras e todo órgão público tenham a responsabilidade de recolher ou mandar para aterros sanitários os lixos por eles criados ou utilizados. Apesar de não especificar uma norma para o lixo eletrônico, ela pode ser aplicada em sua maioria para esse tipo de material. São poucos os países na América Latina que possuem regulamentações que, de alguma forma, podem ser aplicadas ao tratamento de lixo eletrônico.

A PNRS estabelece que toda instituição e organização é responsável por separar e descartar corretamente os resíduos que produzem, incluindo o comércio, municípios, indústrias e consumidores.

Imagem 2 – O consumo de eletrônicos no Brasil

[pic 2]Fonte: http://istoe.com.br/422443_O+NEGOCIO+BILIONARIO+DO+LIXO+ELETRONICO/

1.4 A importância e as dificuldades da reciclagem no país

A sucata eletrônica tem se tornado um meio de vida para muitas pessoas, porém o manuseio incorreto tem seus riscos. Um estudo da Faculdade de Medicina da USP identificou taxas anormais de metais como cádmio e chumbo no sangue de catadores no Brasil.

Um dos principais problemas desse descarte incorreto está no fato de que eles contêm substâncias tóxicas como chumbo, mercúrio, cádmio, berílio entre outros. Eles contem também em sua composição materiais como plástico, metal, vidros, que demoram muito tempo para se decomporem no solo.

Quando esse lixo é descartado de forma incorreta, juntamente com o lixo comum que vão para aterros sanitários, essas substâncias tóxicas são liberadas tendo a chance de contaminar o solo e atingir os lençóis freáticos, ou seja, se essa agua venha a ser utilizada na irrigação, criação de gado ou até mesmo no abastecimento público, a população poderá ser afetada. Além disso a contaminação no homem pode ocorrer pelo simples contato direto com os elementos químicos através de toque ou inalação. As substâncias toxicas encontradas nesse tipo de lixo podem provocar distúrbios no sistema nervoso, problemas pulmonares e renais e outras doenças, podendo, inclusive, afetar o cérebro e causar câncer. Diante desses perigos, fica claro que é necessário cada vez mais se preocupar com a destinação correta do lixo eletrônico.

Em meio aos destroços que são jogados fora, as empresas que reciclam precisam separar material por material, pois esses equipamentos possuem infinidades de materiais diferentes em sua fabricação.

Para fazer a reciclagem desse tipo de material, existem uma série de dificuldades em relação ao transporte, como por exemplo o tamanho do país encarece o transporte até os centros e reciclagem. Há também a cobrança de impostos ao cruzar estados, fora os que proíbem a passagem desse tipo de carga, alegando ser perigosa, exigindo veículos e licenças especiais.

Outra dificuldade é como financiar um sistema de reciclagem. O custo para a linha de computadores, chega a ser estimado em R$ 80 milhões por ano.

No Brasil, o descarte de pilhas e baterias é regulamentado pela Resolução CONAMA 401/2008, que estabelece os limites máximos de chumbo, mercúrio e cadmio para baterias e pilhas comercializadas no território nacional.

Existem algumas empresas especializadas na reciclagem de lixo eletrônico no país, como a Ecobraz, Reciclagem Brasil e CEDIR.

Imagem 3 – Empresa coletora de lixo eletrônico em SP

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Fonte: http://jclogisticareversa.com.br/lp/coleta-de-lixo-eletronico-sp

1.5 Iniciativas para minimizar o problema

Apesar do grande problema, temos algumas soluções em andamento. Existem empresar especializadas em montagem de computadores que reaproveitam peças antigas para montar outros e revender para lugares onde não necessitam de computadores de grande potencial para atuar, como empresas pequenas ou no início de suas atividades.

O Sebrae está incentivando este novo tipo de atividade, abrindo novos negócios.

1.6 Como podemos ajudar?

Apesar do descaso e da falta de conhecimento, o lixo eletrônico não é menos perigoso do que o lixo “convencional”, muito pelo contrário, ele é mais poluente devido a inúmera quantidade de elementos altamente nocivos quando lançados diretamente na natureza. Estes poluentes estão presentes especialmente nos dispositivos que armazenam energia, como a bateria.

O primeiro passo para a melhora da atual situação é se conscientizar sobre o problema, já que não podemos ajudar a solucionar algo que nem sabemos o que realmente é.

Será que realmente precisamos trocar de aparelho celular todos os anos? Devemos pensar melhor antes de nos render as atualizações das marcas, pois por pequenos detalhes trocamos um aparelho que estava funcionando perfeitamente, apenas por “luxo”. Mas se não tiver outra opção, muitas empresas