As Soldas Elétricas
Por: Hugo.bassi • 12/11/2018 • 1.419 Palavras (6 Páginas) • 308 Visualizações
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processo de solda, consequentemente a máxima oscilação de tensão.
⦁ Instante 2
Com o arco já estabelecido e o operador executando a solda temos uma corrente nominal sendo absorvida na rede.
⦁ Máquina de Solda: Transformadora
As máquinas por processo de transformador (Figura 2) são formadas por núcleo revestida de bobinas de fios de cobre esmaltado, possuem seu trabalho em corrente alternada e de acordo com o posicionamento do núcleo os valores de corrente e tensão são alterados devido a estrutura do equipamento, tornando assim sua regulagem (normalmente por manivela) mais complicada e imprecisa.
Figura 2: Máquina Transformadora
⦁ Máquina de Solda: Inversora
As máquinas por processo de Inversores (Figura 3) possuem sua composição pincipalmente por circuitos eletrônicos, tornando assim sua regulagem mais simples e mais precisa, além de serem mais potentes que as transformadoras são também mais econômicas, pois aproveitam melhor a energia de alimentação, são melhores no aspecto de trabalho pois podem ficar mais horas ligadas para execução, são mais compactas e leves, e permitem uma regulagem por botões potenciômetros, podendo até possuir telas eletrônicas para seleção.
Figura 3: Máquina Inversora
⦁ Soldagem com eletrodos revestidos
⦁ O processo em geral
O processo de soldagem a arco elétrico com eletrodos revestidos se dá de maneira já comentada anteriormente, não necessita de gases externos para proteção da solda e é o mais largamente empregado dentre os vários processos. Pode ser realizado com equipamentos simples, portáteis e baratos como as Máquinas Inversoras (Figura 3). É pouco sensível à presença de correntes de ar, possibilitando trabalho em campo aberto e facilitando as soldas em áreas de difícil acesso. Pode ser usado para diversos materiais tais como: Aço Carbono, Ligas de aço, Ferro Fundido, Alumínio, Níquel e suas ligas, cada material exige seu eletrodo especifico.
Mesmo sendo o mais usado ainda existem desvantagens no uso desse método, um dos mais implicantes é o fato de ter uma produtividade baixa, pois o eletrodo deve ser substituído quando o mesmo chega ao fim, diferente de métodos como MIG/MAG onde o eletrodo é um arame onde 1kg do mesmo equivale a 3kg do eletrodo revestido em uso. Além de ser necessário uma limpeza após cada passagem de eletrodo, pois o material gera uma escoria protetiva (Figura 4).
Figura 4: Identificação do processo
⦁ eletrodo revestido
O eletrodo revestido é um componente completo para a solda a arco elétrico, pois não precisa de gases inertes para a proteção da solda, o mesmo faz esse trabalho com o revestimento. Existem diversos tipos de eletrodo e todos eles têm uma identificação diferente, seguindo uma norma da AWS (American Welding Society), uma das principais organizações de solda mundial. A maneira de identificação segue conforme figura 4.
Figura 5: Distinção dos Eletrodos revestidos
O eletrodo é formado por um núcleo metálico, conhecido como alma (Figura 4), podendo ter entre 250 e 500mm de comprimento, revestido por uma camada de minerais (argila, fluoretos, carbonatos, etc.) e/ou outros materiais tais como celulose e ferro ligas (Figura 4), variando com um diâmetro de 1,5 até 8mm (mais comumente utilizado de 1,5 a 2mm), isso influencia na corrente necessária para utilização da máquina, existe uma tabela que relaciona o tipo de eletrodo com a corrente ideal a ser utilizada (Figura 6).
A alma é responsável pela condução da corrente e serve como material de adição, o revestimento gera escoria e gases que protegem a solda e estabilizam o arco elétrico.
Figura 6: Tabela AWS para correntes
⦁ Cuidados com os eltrodos revestidos
Os eletrodos revestidos necessitam de cuidados quanto ao manuseio e armazenamento, pois o revestimento pode ser danificado por choques ou dobra, quanto ao armazenamento é necessário que os eletrodos fiquem em estufas aquecidas (Figura 7) para evitar umidade em excesso, essas inviabilizam o uso do eletrodo.
Figura 7: Estufa para eletrodos
⦁ Riscos DA SOLDA ELéTRICA
O uso da solda elétrica traz muitos riscos justamente por usar eletricidade, um dos principais riscos é o choque elétrico, onde a corrente elétrica passa através do corpo, utilizando-o como um condutor, essa passagem de corrente pode causar queimaduras, fibrilação cardíaca ou até mesmo a morte, uma maneira de evitar isso é não ficar no caminho de passagem da corrente, a corrente sempre ira transitar pela menor distancia possível, por isso evite estar em contato com esse caminho ou esteja isolado.
Outro riso em potencial é a cegueira temporária ou permanente, o arco voltaico gera uma claridade intensa possibilitando dores no globo ocular em um curto período de exposição, quanto maior esse tempo de exposição maior o risco de cegueira temporária ou até mesmo permanente.
O último risco que vale ser citado é de queimaduras por respingos de solda e por radiação.
⦁ Equipamento de proteção individual (EPI)
Para realizar a solda elétrica de forma segura são necessários alguns equipamentos básicos, como máscara de solda para proteção ocular e máscara para respiro com filtro, luva de raspas, colete, perneiras e mangas de couro, botas próprias para proteção corporal contra respingos (figura 8).
Existem diversos tipos de máscara de solda, algumas que escurecem de maneira automática quando o arco voltaico é ativado, apesar de parecem seguras essas mascaras devem ser reguladas corretamente, existem padrões de frequência nos quais essas maquinas trabalham, caso esteja errada, a proteção não valerá de nada.
Figura 8: Proteção durante solda
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