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Plannejamento e projeto de produto

Por:   •  5/11/2018  •  2.618 Palavras (11 Páginas)  •  337 Visualizações

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Para estabelecer um ambiente propício à criatividade e implementação de novas práticas, o profissional poderá intervir em seus processos de trabalho, estabelecendo estratégias e tomadas de decisão que influenciem positivamente o desenvolvimento social.

Perfil do Engenheiro

O posicionamento da engenharia está relacionada com o direcionamento e aplicabilidade do conhecimento da tecnologia associado a evolução e desempenho social. Diante disso se faz de conhecimento o engenheiro como:

[...] cidadãos que, mediante um aprendizado formal e específico, adquiriram uma reconhecida qualificação para o exercício de uma determinada profissão, trabalho ou ofício. Ou seja, são cidadãos especialmente preparados para o desempenho das múltiplas atividades produtivas a todo instante demandadas pelo processo de desenvolvimento sócio-econômico. (MACEDO, p. 21, 1997)

[...] muito embora a capacitação técnica e a racionalidade sejam as características mais relevantes e predominantes no perfil de um engenheiro, sua formação humanística não deve ser desconsiderada. A sua aptidão (ou, em outro termo, habilidade) em interagir com os seus pares, em uma perspectiva distinta daquela que privilegia uma visão mecanicista, é uma das principais molas propulsoras de seu sucesso profissional. Para compreender esta afirmação, faz-se necessária uma oposição à idéia de que atividades “eminentemente técnicas” devam ser analisadas sob uma ótica reducionista, na qual os problemas sejam caracterizados, classificados e resolvidos com soluções de cunho meramente racional. Deve-se ter plena consciência de que a capacidade técnica de um engenheiro resulta da fusão de fatores oriundos de aspectos de ordem técnica, econômica, psicológica, cognitiva e ambiental. (LORENZINI, 2008)

Assim a instrução do perfil de um profissional da engenharia se faz motivada pelas estruturas sociais e culturais nas quais a convivência de seu âmbito se faz participar. O entorno social, formação acadêmica e atuação profissional contribuem para desenvolver suas atividades.

LORENZINI (2008, p,42) fala que a introdução de determinado indivíduo na estrutura coletiva da Engenharia ocorre, a priori, através do processo de formação. O curso de graduação tem, dentre outras atribuições, a função de preparar, treinar e doutrinar seus alunos a uma forma particular de perceber o seu entorno, elaborar problemas, buscar respostas e apresentar soluções, todas orientadas com a estrutura de pensamento da Engenharia. Este processo adapta a forma de pensar do engenheiro, bem como a sua capacidade de análise do objeto de seu trabalho e das relações sociais pertinentes, orientando subjetivamente na sua prática profissional o que e como observar.

Postman (1994, p.140) corrobora esta realidade, ao comentar que “uma opinião não é uma coisa momentânea, mas sim um processo de pensamento moldado pela contínua aquisição de conhecimento e pela atividade de perguntar, discutir e debater”.

O ensino de Engenharia utiliza modelos metodológicos e conceituais que são transmitidos aos alunos, conferindo a estes uma pertinência e conseqüente identidade com o grupo. A etapa de formação introduz nos acadêmicos o método de trabalho e de implantação dos problemas, o aparato teórico e a sua respectiva aplicação prática. Desta forma, a introdução didática deste campo do conhecimento corresponde a uma imersão em sua estrutura conceitual e de valores, e a uma preparação para observar e agir de uma forma orientada com esta estrutura. (LORENZINI, 2008)

Neste sentido Bazzo, Pereira e Linsingen (2000) apontam que os cursos superiores de Engenharia, por apresentarem um excessivo apego à técnica, relegam a um segundo plano a sua nobre missão de formar indivíduos, além de tecnicamente capazes, com visão social crítica e criadora. A estruturação do ensino busca somente equilibrar os conteúdos técnicos na grade curricular, em uma tentativa de transmitir ao acadêmico todas as informações consideradas como necessárias à sua formação profissional.

Aspectos Coletivos da Profissão

Segundo LORENZINI (2008, p.45) o engenheiro possui, conforme comentado anteriormente, uma maneira particular de perceber o seu entorno e de relacionar-se com ele, uma vez que as suas capacidades de percepção e de aplicação do conhecimento são influenciadas pelo conjunto de concepções, tradições e normas da sua profissão. Complementarmente, as idéias e concepções do engenheiro são também fruto de uma atividade social e ambiental, e não têm sentido se analisadas somente sob um viés individual.

A Engenharia se desenvolve pela interação de diversos profissionais, imersos em um contexto social. Assim, a compreensão das ações de seus membros deve sempre levar em conta as convicções empíricas e especulativas dos engenheiros, os aspectos não epistêmicos ou técnicos (como valores morais, convicções religiosas, interesses profissionais etc.), e principalmente as estruturas sociotécnicas que os unem.

É inegável que na Engenharia – assim como em qualquer outro campo de atividade profissional – as ações e decisões tomadas por seus membros estão mpregnadas por percepções individuais e também pela forma de pensar de sua comunidade profissional, historicamente estabelecida e compartilhada pelos seus pares. Em conseqüência, toda inovação que não esteja alinhada com as idéias e concepções utilizadas por este grupo tende a ser compreendida como uma atitude subversiva, pois se constrói e se orienta na direção contrária da sua estrutura de idéias. (LORENZINI, 2008)

O aperfeiçoamento de conhecimentos da engenharia depende, em grande parte, da pesquisa em tecnologia. Os recursos necessários para desenvolvimento de pesquisas são originados de fontes nas quais passam a ditar os objetivos e rumos da profissão. Desse modo os benefícios oriundos destas pesquisas são designados à uma parcela da sociedade comprometida com aspectos econômicos de maior poder aquisitivo.

Inovação

Toda inovação constitui uma ruptura com a rotina, ou seja, com as formas estabelecidas de fazer as coisas; portanto, tem certo caráter transgressor e sempre suscita resistências. Para HENNIG (1994, p. 63), inovar é

[...] enxergar o novo no velho; é criar novos modelos; é vencer a resistência intrínseca às alterações e a preferência pela estabilidade que não conduz ao progresso; é lutar para que, se a inovação for boa (não prejudicial, não-antieconômica), ela perdure, seja amplamente utilizada

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