O Concreto Projetado
Por: Lidieisa • 2/11/2018 • 3.339 Palavras (14 Páginas) • 342 Visualizações
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A projeção do concreto por via seca necessita de uma máquina a rotor com cuba e também compressores de ar. No decorrer deste processo, cimento e agregados são colocados em uma cuba que irá dirigir a mistura à uma câmara de pressurização e logo em seguida ao mangote, no qual o bico de projeção é o encarregado pela incorporação da água e dos aditivos aceleradores.
Uma grande vantagem deste processo é o controle da consistência da mistura feito pelo operador no bico projetor no decorrer da aplicação. É interessante também fazer uso de mangotes com maiores extensões que possibilitam menor consumo de cimento, boa aderência do concreto e melhor compactação do mesmo.
Contudo, um ponto negativo está no controle de qualidade da mistura. Sendo a quantidade de água controlada pelo operador do mangote, há a possibilidade de grande variação da mistura conforme sua aplicação, assim como maior reflexão, maior consumo de ar comprimido e ainda maior geração de poeira na obra.
Ao decorrer dos anos, está sendo adotado um procedimento que facilita muito este tipo de projeção por via seca, que consiste basicamente no umedecimento prévio da mistura ao longo do trajeto até chegar ao bico de projeção. É feito o seccionamento do mangote a aproximadamente cinco metros antes do bico, onde há a conexão de um dispositivo criado para permitir a injeção de água. Com esta técnica, a aplicação foi facilitada, diminuindo a quantidade de pó que é gerado durante a operação e reduzindo a reflexão (quantidade de concreto que não consegue aderir à superfície).
Por Via Úmida: neste procedimento o concreto é preparado da forma convencional. Mistura-se cimento, agregados, água e aditivos em uma câmara própria, e então essa mistura lançada até o bico projetor através do mangote.
Este procedimento permite a utilização de dois sistemas: de fluxo denso ou de fluxo aerado. O processo de fluxo aerado tem equipamentos equivalentes ao de projeção por via seca, porém o concreto entra na mistura já na condição de fluído. O ar comprimido serve para impulsionar a mistura ao longo do mangote, e os aditivos são adicionados apenas no bico de projeção. Já o processo de fluxo denso faz uso de bombas com pistão ou rosca sem fim, juntamente aos aditivos aceleradores e ar comprimido, que são adicionados também no bico de projeção ou pouco antes de chegar até ele, dando à mistura maior precisão, consistência e resistência.
Podemos listar alguns pontos negativos deste tipo de aplicação como sendo: a dificuldade em adquirir alta resistência, em decorrência do fator água/cimento ser elevado neste tipo de mistura, assim como a menor compactação do concreto pelo mesmo motivo; a complicação no controle de qualidade do material quando aplicado em uma superfície com presença de água; e ainda a grande perda de material quando se faz necessário a interrupção dos serviços.
No entanto, a utilização deste processo tem como principal vantagem a possibilidade de avaliar e quantificar precisamente a água injetada na mistura, garantindo assim a hidratação adequada do cimento e a certeza de que a resistência final do concreto vai sair como o esperado. Há ainda uma menor perda de material com os efeitos da reflexão, e também uma menor quantidade de pó produzido durante sua aplicação.
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Método Executivo
Procedimentos Iniciais
1) Recebimentos de dados e projetos da obra a ser executada;
2) Verificação prévia do local de execução dos serviços;
3) Verificação da existência da especificação de dosagem no projeto do traço a ser utilizado;
3) demarcar a área a ser projetada e verificar se corresponde a área de projeto;
5) providenciar a montagem de andaimes caso necessário;
6) verificar a existência de drenos de contato, peças de concreto e preparar a superfície, protegendo e marcando com referências essas áreas, para posterior aplicação do concreto projetado;
7) limpar e tratar mecanicamente a superfície a ser revestida pela ação de jato d'água sob pressão ou ar comprimido;
8) liberar a área a ser projetada;
9) Acompanhamento de campo, verificação visual da capacitação técnica do mangoteiro;
10) Preenchimento do boletim diário de execução dos serviços conforme modelo indicado no Anexo A;
Execução
1) Limpeza, tratamento e regularização da superfície (todo material solto ou escorregado sobre o solo deve ser removido de cima para baixo, de modo que promova a regularização de possíveis imperfeições e acertos no talude antes da aplicação do concreto):
1.1) Demarcação da área a ser tratada sobre a assessoria de topógrafos;
1.2) Preparação da superfície a ser protegida para a aplicação do concreto;
1.3) Limpeza e tratamento mecânico da superfície a ser revestida através de ar comprimido ou jatos de água sob pressão;
1.4) Liberação da área a ser projetada diariamente;
1.5) Execução de plataformas de trabalho seguras, concedendo preferência à montagem de andaimes de maneira inteligente, dando início aos serviços de cima para baixo, ou de acordo com as circunstâncias de cada obra;
1.6) Umidificação da superfície imediatamente antes o lançamento do concreto projetado, evitando excessos de água;
1.7) Verificação da existência de drenos de contato e peças de concreto. Preparo da superfície, protegendo os drenos e fazendo marcação com referências destas áreas para que o lançamento do concreto não cause entupimentos;
2) Aplicação do concreto projetado:
2.1) Escolha pela aplicação do concreto por via seca ou úmida.
2.2) Início da aplicação de baixo para cima, sem a preocupação de preenchimento imediato das maiores áreas a serem projetadas com concreto, mantendo as espessuras em concordância com o projeto;
2.3)
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