Trabalho fundações rasas

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baixos. Entretanto, em função da segurança, a norma exige que seja descontado uma espessura de 1,5mm das bordas em contato com o solo, o que diminui a área útil do perfil e deve ser levado em consideração durante o dimensionamento. Caso a estaca esteja em contato com água ou em locais que possa sofrer corrosão, o encamisamento com concreto armado, pinturas de proteção, espessuras majoradas e metais de sacrifício são medidas de proteção. As emendas são feitas através de soldas através de talas de solda e talas aparafusadas e seu procedimento deve ser detalhado no projeto.

Em resumo, temos como vantagens desse tipo de fundação: profundidade de cravação elevadas; controle de qualidade mais elevado; grande resistência a compressão, flexão e corte; cravação simplificada na maioria dos tipos de terrenos; rápida execução; pouca movimentação de solo; possibilidade de emendas e cortes; grande variabilidade de perfis; facilidade no transporte e manuseio devido a esbeltes e peso reduzidos. Já como desvantagens temos: custo relativamente mais alto (entretanto questionável no preço global da obra); possibilidade de flambagem na instalação; baixa resistência de ponta caso não haja aumento da área de ponta; possibilidade de corrosão; auto controle nas emendas.

ESTACAS DE CONCRETO MOLDADAS NO SOLO:

As estacas moldadas no solo, como o nome sugere, são estacas onde , é previamente feita uma perfuração no terreno, com retirada de material, em seguida, é cheia com concreto (concretagem submersa, quando abaixo do nível d’água). Este tipo de estaca tem a vantagem sobre a pre-moldada, de ser concretada em seu comprimento necessário, evitando-se assim grandes desperdicios. Pode ser executada em solos de difícil acesso (rochosos, duros) pois é perfurada com equipamentos especializados (helicoidal, percussão) antes de sua execução.

Este tipo de estaca pode se dividir em: Estaca Strauss, Franki, Com e Sem Auxilio de revestimento ou fluido estabilizante. Será priorizada neste texto as Estacas Escavadas Com e Sem Auxilio de revestimento ou fluido estabilizante.

ESTACAS ESCAVADAS SEM AUXILIO DE REVESTIMENTO OU FLUIDO ESTABILIZANTE

Nesse caso a escavação se dá através de um trado, de forma manual ou mecanizada, e é executada acima do lençol freático. Um exemplo é a estaca tipo broca, Strauss, com tudo de revestimento, escavada com trado helicoidal.

O processo executivo se dá da seguinte maneira: após ser atingida a profundidade necessária, faz-se a limpeza do fundo para remover o material vindo da escavação. O concreto é lançado da superfície do terreno para o furo da estaca e deve ser um concreto de no mínimo 20 Mpa. A norma prescreve um consumo mínimo de cimento, além de um slump test mínimo, dependendo se a estaca é armada ou não. A armadura utilizada é geralmente um conjunto de ferros longitudinais, amarrados pelos estribos.

Esse tipo de estaca é indicada para baixas cargas de trabalho, em função de seu dimensionamento e condições de suporte oferecidos pelo terreno que deve ser compatível com esse tipo de estaca. Por isso é geralmente usada em fundações de edificações simples (casas) e em terrenos que suportem baixo peso.

A qualidade dessa fundação é diretamente relacionada com a habilidade dos executores. Deve ser verificado o comprimento real da estava, as caracteristidas do equipamento utilizado, horários de inicio e fim da cravação, horário de inicio fim das etapas da concretagem, comparação do volume real e teórico da estaca.

Em alguns casos, essas estacas podem substituir os tubulões sob ar comprimido.

Suas aplicações podem ser também em auxilio ou complemento da execução de obras.

Desvantagens: Concreto feito a mão (baixa qualidade); Material de escavação mistura com o concreto; Só pode ser executada em solos coesivos; Só pode ser executada acima do N.A.

Vantagens: Elimina transporte de equipamento; Facilidade de execução; Baixo Custo.

ESTACAS ESCAVADAS COM AUXILIO DE REVESTIMENTO OU FLUIDO ESTABILIZANTE

Trata-se de estacas moldadas in loco com uso de fluido estabilizante (lama bentonítica ou polímero) cuja função é estabilizar as paredes das escavações, garantir a boa qualidade das peças executadas por concretagem submersa e manter resíduos da escavação em suspensão, evitando sua deposição no fundo da escavação.

Existem basicamente dois tipos de estacas escavadas com fluido estabilizante: Estacões: estacas circulares (escavadas por rotação); Barretes: retangulares (em geral).

Essas estacas são executadas geralmente quando se tem cargas elevadas e condições adversas do subsolo, tais como solo mole, areias fofas lençol freático a pouca profundidade etc.

Devido à degradação ambiental, tem-se utilizado polímeros, ou técnicas para substituição total ou parcial da lama bentonítica para concretagem.

Esse tipo de estaca não causa vibração, ruído é suportável, porém necessita de área relativamente grande para a instalação dos equipamentos e acessórios necessários à sua escavação.

Pode ser executada de uma cota muito acima do arrasamento, portanto é muito utilizada em casos onde não é possível escavar a obra antes da execução das estacas.

Os métodos de cálculo de capacidade de carga mais utilizados para esse tipo de estaca são Davi Cabral, AokiVeloso adaptado, Décourt-Quaresma adaptado e Teixeira. Procedimento: cravação de uma camisa metálica antes do inicio da escavação. Escavação da estaca simultaneamente ao lançamento do fluido, com o cuidado do nível do lençol freático. Verificação da areia suspensa. Colocação da Armadura. Concretagem submersa (de baixo pra cima).

Vantagens: execução sem vibração ou ruídos; possibilidade de atravessar solos muito resistentes conforme a ferramenta de escavação utilizada; rápida execução; possibilidade de resistir a grandes cargas com volume reduzido de blocos utilizados; possibilidade de atingir grandes profundidades.

Desvantagem: problemas ambientais pelo uso da lama, canteiro de obras mais complexo de manter, mobilização de grandes volumes de concreto em curto intervalo de tempo.