Revisão Bibliográfica CAD e CAM

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Após a ocorrência desse processo de automatização, a empresa geralmente apresenta um percentual crescente em termos de produtividade, seu produto tem uma melhora significativa no que se trata da padronização e na qualidade.

Para que todas essas ações gerem um resultado positivo, é muito importante que o sistema de integração e automatização das tarefas seja acompanhado por uma boa técnica de gestão, pois de nada adianta que o sistema disponibilize inúmeros dados se não são aproveitadas da maneira correta.

Conforme Slack (2002, p. 265) a escala tecnológica impacta diretamente durante o processo de especificação tecnológica, pois muitas vezes temos de decidir se será aplicada uma grande unidade com alto potencial ou se a empresa deve investir em pequenas unidades.

O grau de integração da tecnologia também vem junto com os demais itens relacionados ao processo de implantação, pois depende das escolhas anteriores para que seja especificada e estudada, assim, avalia-se o produto que deverá ser aplicado para realização desta função, vale ressaltar que este tópico traz rapidez, sincronização e integração ao processo completo, deve ser muito bem avaliada.

Para Slack (2002, p.267) uma correta implantação tecnológica ao processo, é necessário que sejam avaliadas as exigências do mercado em termos de qualidade, rapidez, confiabilidade, flexibilidade e custo. É importante que seja verificada a aplicação dos recursos às operações realizadas durante o processo, que seja verificada a viabilidade financeira da implantação tecnológica. Levando em consideração os pontos acima, o gerente será capaz de iniciar a melhoria tecnológica do processo, definindo tipos de tecnologias a serem implantadas, dimensionando, determinando escalas, avaliando o investimento, integrando a produção e deve participar de todo processo.

Durante a ocorrência do processo citado acima, algumas áreas pré-determinadas recebem a implantação de tecnologias diferentes que são capazes de serem integradas por um sistema geral. O setor de projetos trabalha com ferramentas do tipo CAD, o departamento de controle, que envolve também o setor produtivo, utilizam de ferramentas Computer Aided Manufacturing (CAM), o departamento de manuseio integrado com o sistema CAD e CAM utiliza de Sistemas Flexíveis de Manufatura (FMS), o gerenciamento ocorre através da utilização de softwares Enterprise Resource Planning (ERP). Quando temos o processo de integração entre tecnologias CAD/CAM, FMS e ERP, resultam em sistemas totalmente integrados.

Esse processo de integração vem se destacando durante a implantação da indústria 4.0 que busca automatizar processos e mapear dados afim de fornecer informações para que as empresas montem seu sistema de gestão baseados em estatística.

1.2 História do sistema CAD

Durante o processo evolutivo da indústria, após as revoluções industriais que trouxeram uma melhoria considerável na mecanização das atividades, substituindo as tarefas de maior esforço físico por máquinas, hoje estamos assistindo hoje à revolução baseada na utilização dos computadores, na qual proporcionam otimizações significativas para as capacidades mentais das pessoas. Hoje é comum encontrar computadores desempenhando tarefas dentro de empresas de contabilidade, folhas de pagamento, bancos e demais ramos de atividade. Essa larga utilização dos computadores ocorre devido a sua simples operação e larga gama de atividades que pode desempenhar, seja ela cálculo, armazenamento de dados, entre outros segundo Speck (2005 apud BESSANT, 1985).

Para atender o processo de padronização dos itens produzidos nas grandes empresas de manufatura, é muito importante que existam documentos que contenham as informações técnicas para que o item seja fabricado corretamente. Afim de atender essa necessidade, segundo Segundo Speck (2005, p. 13) utiliza-se o desenho técnico afim de armazenar um conjunto de metodologias e procedimentos necessários ao desenvolvimento e comunicação de projetos, conceitos e idéias, no seu contexto mais específico, refere-se à especificação técnica de produtos e sistemas.

No começo da década de 50 começaram a surgir protótipos e máquinas para auxiliar no desenvolvimento de projetos relacionados a redes elétricas.

Contudo, nesta época estes sistemas CAD já propiciavam várias vantagens, tais como possibilidade de envio, ou recebimento de desenhos por processos eletrônicos, Melhor gerenciamento dos desenhos, precisão do dimensionamento, maior rapidez na recuperação e modificação ou atualização de desenhos (SOUZA; COELHO, 2003).

Abaixo está ilustrado uma das primeiras estações de desenho CAD.

[pic 1]

Figura 1 - Primeiros Sistemas CAD

Fonte: Render 2014 (apud Action Engineering)

Segundo Martins e Laugeni (2005 p. 480) a sigla CAD advém do termo em inglês Computer Aided Design que em português significa projeto auxiliado por computador. Segundo Render (2014) o homem creditado por esse termo foi o cientista da computação Douglas Taylor Ross, que, na época viu, o quão importante poderia se tornar o uso destas ferramentas.

Na década de 60, as ferramentas CAD começaram a ser utilizadas na criação de aeronaves, automóveis e componentes eletrônicos. Um dos programas CAD, que foi base para os outros, foi o UNISURF, desenvolvido pelo engenheiro francês Pierre Bézier, da fabricante de carros Renault de acordo com Render (2014).

O fato de funcionários de empresas fabricantes e montadoras de carros ou até mesmo aviões criarem seus próprios sistemas CAD se tornou corriqueiro, pois essas ferramentas eram de extrema importância, mas, ao mesmo, tempo tinham um custo muito elevado. Funcionários da General Motors, Ford e da Boeing estavam sempre atentos a desenvolver ou melhorar os próprios sistemas CAD segundo Render (2014).

De acordo com Render (2014) o Sketchpad surgiu na mesma época, através de vários estudos no MIT, o Instituto de Tecnologia de Massachusetts, pelo programador Ivan Sutherland. Este software foi um grande avanço para os CAD, pois, com ele, o usuário podia desenhar no monitor através de uma caneta.

Foi na década de 70 que começaram a surgir aplicações 3D em CAD, porém, ainda muito rudimentares, se assemelhando a desenhos manuais de objetos 3D, e na década de 80, surgiram os desenhos sólidos nos CAD, Render (2014).

No ano de 1977, surgiu a empresa