Economia de Custos com a Reciclagem de Celulose na Construção Civil

...

6.1 Resultados 17 a 19

- Discussões 20

7 Considerações Finais 21

8 Referência Bibliográfica 22

---------------------------------------------------------------

2 INTRODUÇÃO / REVISÃO DA LITERATURA

A grande demanda de construções que se desenvolveu nas ultimas décadas, gerou grandes quantidades de resíduos que são descartados, geralmente, de forma incorreta na natureza, causando impactos ambientais desnecessários.

Com um mercado cada vez mais competitivo, as empresas necessitam rever seus custos para serem minimizados, e sua margem de lucro, otimizada. E com boas práticas de reciclagem, é possível minimizar os desperdícios, podendo significar uma maior parcela de lucratividade, pois a perda muitas vezes não é repassada para o consumidor final.

Possivelmente a redução dos custos operacionais e a busca de um melhor aproveitamento, podem ser obtidos com alguns procedimentos, tais como: reduzir o desperdício de materiais conscientizando os colaboradores e melhorando o próprio ambiente de trabalho com o que se é reciclado.

Com o passar dos anos o governo vem adotando normas para que esses resíduos sejam descartados de maneira correta. Tendo em vista esse pensamento, apresentaremos neste trabalho soluções práticas para se utilizar em obra e os benefícios através do processo de reciclagem de materiais que sobram nas construções. Trazendo vantagens para o empreendedor que esta elaborando a obra, como para o meio ambiente, que sofrerá menos com o descarte de materiais em aterros.

A resolução nº. 307/2002, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), criou metas para que os governos municipais de todo o Brasil criassem uma implantação de planos para o gerenciamento dos resíduos da construção civil.

Este trabalho tem como objetivo, demonstrar um valor econômico gerado através do gerenciamento de resíduos feito em pequena escala, que se adotado em grande volume, pode resultar em uma rentabilidade considerável, mas especificamente da celulose, proveniente do papelão.

---------------------------------------------------------------

- JUSTIFICATIVA / OBJETIVO

Fazer um levantamento de dados quantitativos de materiais recicláveis como papelão, utilizados durante a fase de acabamento, mostrando para a empresa um estudo de custo-benefício de um processo de gerenciamento de resíduos. Com o intuito de demonstrar que reutilizando esse material descartado em grande parte das obras, obtêm-se uma redução de custos.

Objetivos específicos:

- Identificar os materiais que vêem embalados com papelão para o estudo;

- Obter dados quantitativos de papelão durante o processo de reciclagem, em um prédio de 22 andares na fase de acabamento, com intuito de mostrar o valor total que poderia ser economizado.

- Elaborar relatório com resultados que mostre os benefícios de se fazer a reciclagem dos materiais coletados, tendo em vista em relação ao que será economizado e o que poderia ter sido feito com esse dinheiro.

4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Durante a ECO-92 e a definição da Agenda 21, houve destaque a necessidade urgente de se implementar um adequado sistema de gestão ambiental para os resíduos sólidos (GÜNTHER, 2000). Uma das formas de solução para os problemas gerados é a reciclagem de resíduos, em que a construção civil tem um grande potencial de utilização dos resíduos, uma vez que ela chega a consumir até 75% de recursos naturais (JOHN, 2000; LEVY, 1997; PINTO, 1999).

Segundo a resolução nº. 307/2002 do Conama define-se resíduos sólidos da construção civil as seguintes classes:

Art. 3o Os resíduos da construção civil deverão ser classificados, para efeito desta Resolução, da seguinte forma:

I - Classe A - são os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados, tais como: a) de construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras obras de infra-estrutura, inclusive solos provenientes de terraplanagem; b) de construção, demolição, reformas e reparos de edificações: componentes cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento etc.), argamassa e concreto; c) de processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em concreto (blocos, tubos, meio-fios etc.) produzidas nos canteiros de obras;

II - Classe B - são os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como: plásticos, papel/papelão, metais, vidros, madeiras e outros;

III - Classe C - são os resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem/recuperação, tais como os produtos oriundos do gesso;

IV - Classe D: são resíduos perigosos oriundos do processo de construção, tais como tintas, solventes, óleos e outros ou aqueles contaminados ou prejudiciais à saúde oriundos de demolições, reformas e reparos de clínicas radiológicas, instalações industriais e outros, bem como telhas e demais objetos e materiais que contenham amianto ou outros produtos nocivos à saúde.(p.2)

A Construção Civil está cada vez mais se reestruturando com novas mudanças devido à um mercado cada vez mais exigente, e por sua vez, procurando diminuir cada vez mais os recursos financeiros disponibilizados, com isso as empresas, estão sendo obrigadas a adotar estratégias, na produtividade, na racionalização e na reutilização de materiais, focando na qualidade final de um produto mais barato.

Diante desse tudo isso as perdas geradas torna-se o principal foco no processo de produção, a cada dia as empresas são forçadas a produzir com a mínima força de trabalho e eliminar ao máximo os desperdícios.

A reciclagem de resíduos da construção civil estão cada vez mais embasados legalmente para atender o mercado atual. Os empreendimentos lançados estão se consolidando com práticas importante para a sustentabilidade, seja atenuando o impacto ambiental gerado pelo setor ou reduzindo os custos. No entanto, o processo de pesquisa e desenvolvimento de novos materiais reciclados precisa ser feito de forma cautelosa e criteriosa para garantir o sucesso