ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO (AET)

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Desenvolvimento

Foi realizada uma pesquisa quantitativa na UTFPR-PG no dia 07/11/2016. A amostra coletada refere-se à equipe responsável pela limpeza da universidade.

Em um primeiro momento fizemos contato com a equipe de limpeza, explicando de maneira clara e objetiva o motivo da pesquisa, assim como realizamos a aplicação do questionário relacionado ao desconforto das trabalhadoras em relação ao seu ambiente de trabalho.

A funcionária passa o tempo varrendo as salas de aula, os corredores, os banheiros e as escadas dos prédios, além de passar pano, encerar e retirar os lixos, assim sendo, carregam seus equipamentos de trabalho, os sacos de lixo, por onde estão realizando suas tarefas. O questionário realizado teve como objetivo avaliar, por parte da própria funcionária, as condições de trabalho a que se sujeita. A maior ênfase foi quanto ao cansaço e exaustão ao final do dia devido às exigências da atividade.

De acordo com as funcionárias entrevistadas, quando entra uma nova integrante na equipe, a equipe acaba passando certas orientações que não passam de dicas para as novatas. Elas nos relataram que existem alguns equipamentos pesados que elas têm que manusear e que os produtos químicos possuem um odor desconfortável.

Não obtivemos respostas, mas, realizadas algumas observações, notamos também que as mesmas, não utilizam alguns equipamentos de proteção individual, tais como, luvas e máscaras respiratórias.

Encontramos dificuldade em obter respostas na nossa pesquisa, devido a certa resistência demonstrada pelas entrevistadas, não nos forneceram os documentos pessoais e nem o contato de telefone e poucas funcionárias aceitaram nos dar certas respostas e não autorizaram o registro fotográfico das posturas corporais em atividade.

Fundamentação teórica

A ergonomia tem o interesse no estudo das posturas e os movimentos corporais (sentado, em pé, empurrando, puxando e levantando pesos), fatores ambientais (ruídos, vibrações, iluminação, clima, agentes químicos), informações (informações captadas pela visão, audição e outros sentidos), controles, relações entre mostradores e controles, bem como cargos e tarefas (tarefa adequada, cargos interessantes). A conjugação adequada desse fatores permite projetar ambientes seguros, saudáveis, confortáveis e eficientes, tanto no trabalho quanto na vida cotidiana. (WEERDMEESTER, 2001)

Com base nas abordagens em ergonomia, nota-se que existem diversas maneiras de conceitua-la, onde de acordo com IIDA (1998), a abrangência é classificada em análise de sistemas e análise dos postos de trabalho.

- Análise de Sistemas: Preocupa-se com o funcionamento global de uma equipe de trabalho, partindo de aspectos mais gerais, como a distribuição de tarefas entre o homem e a máquina, podendo se aprofundar, gradativamente, até chegar ao nível de cada um dos postos de trabalho.

- Postos de Trabalho: Trata-se da parte do sistema em que atua um trabalhador, analisando as questões direcionadas ao tipo de tarefa, postura, movimentos e suas exigências físicas e psicológicas.

Segundo IIDA, quanto a perspectiva que a ergonomia tende a desenvolver postos de trabalho que reduzam as exigências mecânica das atividades biológicas (muscular, locomoção, exercícios físicos) e cognitivas, procurando colocar o operador em uma boa postura de trabalho. Em outras palavras, o posto de trabalho deve envolver o operador para que ele se sinta adaptado, pois o trabalhador não deve se adaptar ao posto de trabalho, e sim o contrário, com isso, poderá ser realizado o trabalho com conforto, eficiência e segurança.

Quanto a ergonomia organizacional, segundo MELO, ela estuda a otimização dos sistemas sócio- técnicos, envolvendo a organização inteira, tanto no processo quanto na própria política da organização, onde esta metodologia deve ser empregada na cultura de todos envolvidos, pois isto garante mais transparência e participação de todos funcionários independente de seu escalão, logo com um modelo de gestão envolvendo todos como iguais, deve ser realizado atividades que proporcionam bem estar a todos diminuindo assim o estresse, erros, acidentes e outros aspectos que acontecem quando a organização não faz parte do cotidiano de seus funcionários.

Como certos trabalhos acabam sendo mais dinâmicos, eles exigem certa flexibilidade do operador para a realização de suas devidas funções em seu posto de trabalho, onde certas atividades podem acarretar em lesões e doenças ocupacionais indesejáveis, logo, percebe-se que há uma necessidade dê-se questionar e analisar o que se passa para que haja uma mudança, no posto de trabalho, quando não é adequado ao operador, logo as orientações a respeito de como deve ser feito cada atividade de maneira correta é fundamental, mas para que isso seja possível, deve-se usar algum método de análise para obter certas informações que irão auxiliar na solução do problema.

Com isso, com base na biomecânica ocupacional, existe o questionário nórdico, onde ele há uma series de perguntas para ser realizada ao operador a respeito de diversos aspectos em que se encontra submetido, pois este questionário segmenta o corpo em nove partes, visto que para cada parte o trabalhador deve responder sim ou não, vale salientar que existe três situações a serem respondidas, de acordo com o período de tempo de que cada um exige para ser efetuada a análise. Antes de ser aplicado, deve explicar o propósito da realização do questionário ao operador e solicitar a colaboração do mesmo. Segue a seguir o modelo do questionário nórdico:

[pic 1]

Imagem 1 – Questionário Nórdico.

Fonte: Melo (2016).

Diagnóstico

Com os dados coletados com as funcionárias da área da limpeza da UTFPR-PG, sim, todas eram mulheres, as cincos entrevistadas, onde são em aproximadamente 20/21 funcionários (as) na UTFPR-PG em atividade na área, que variam de 20 a 53 anos a faixa etária deles (as), onde podemos levantar alguns pontos chave para a elaboração da análise. Com a jornada de oito horas diárias de trabalho que estes servidores estão submetidos, foi notado que a coluna dorsal e lombar são os principais desconfortos levantados no [pic 2]questionário, onde foi realizado o questionário nórdico para levantar os aspectos físicos. Segue abaixo através de gráficos algumas observações com os dados coletados das cinco entrevistas realizadas.