CRIAÇÃO DE FRANGOS CAIPIRAS PARA PEQUENOS PRODUTORES

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Assim, a produção de frangos caipiras, também conhecidos como “coloniais” ou “capoeiras”, nas diversas regiões do país, tem evoluído nos últimos tempos, tornando-se uma atividade economicamente viável, principalmente para pequenos e médios produtores, que conseguem ter outras atividades agrícolas dentro de suas propriedades e ainda aproveitar esse nicho de mercado, sem que haja gastos excessivos por parte dos produtores.

Portanto, este trabalho tem como objetivo viabilizar a implantação de um sistema de produção independente de frangos caipiras, para pequenos produtores, de modo que estes possam completar as suas rendas, com o fornecimento de um produto de origem animal diferenciado.

2-JUSTIFICATIVA

A criação de frangos caipiras, sempre fez parte do dia a dia dos moradores da zona rural, que buscavam nessa criação uma fonte de alimentação para sua própria família. Porém atualmente, a crescente procura da população em geral por alimentos mais saudáveis tem incentivado a criação de frangos e galinhas caipiras, seja para a produção de carne e/ou ovos (EMBRAPA, 2007).

Diferente do frango industrializado, o frango caipira é criado solto, recebe alimentação totalmente natural, não faz uso de medicamento nem promotores de crescimento, e apresenta menores taxas de gordura, visto que o animal se movimenta mais. Portanto, o produto final é capaz de atender as exigências de quem procura por uma carne mais natural, mais magra, e produzida de modo a garantir o maior bem-estar animal, menor sofrimento e que não gera danos ao meio ambiente (EMBRAPA, 2007).

Esse tipo de atividade é uma boa fonte de renda para o pequeno agricultor, visto que demanda uma área pequena, é de fácil manejo, baixo custo e alto retorno; principalmente quando o produtor tem interesse em conhecer melhor a atividade e aplicar os atuais conhecimentos disponíveis na sua criação. A Emater-MG hoje em dia dispõe de tecnologias para melhorar a produtividade da avicultura familiar. O trabalho com os produtores é feito por meio de assistência técnica, que dá atenção e orientação sobre genética, nutrição, manejo sanitário e preventivo e instalações. Estes não são onerosos e nem difíceis de serem seguidos, ajudando então a adequar a produção, além da rentabilidade.

A produção de frangos caipiras tem se mostrado um mercado muito promissor, e com alta lucratividade uma vez que apresenta crescente procura e é um produto escasso no mercado. Além do fato do produto final poder ser comercializado diretamente entre o produtor e consumidor, o que serve como um atrativo a mais, além de melhorar os preços. Essa criação atualmente já é regulamentada pelo Ministério da Agricultura e do Abastecimento (MAPA), e neste regulamento são exigidas algumas coisas como: alimentação totalmente vegetal, proibição do uso de químicos, idade de abate mínima de 85 dias, e uso de aves com linhagem específica para este fim.

A mão de obra utilizada nesse sistema, pode ser totalmente familiar, por ser uma atividade de fácil manejo. Além de demandar áreas pequenas, não exigir a saída do campo, e a utilização de produtos que normalmente seriam descartados, como resto de hortaliças, frutas de menor qualidade ou tamanho para consumo humano, capins e outras (Siqueira, 2014). Tudo isso irá gerar maior eficiência, menores custos, e obtenção de uma carne com sabor diferenciado que servirá tanto como fonte de proteína para a própria família, quanto como fonte extra de renda, após a sua comercialização.

3-DIAGNÓSTICO

3.1-Fluxograma e descrição das atividades do fluxograma

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Figura 1- Fluxograma da atividade

Neste projeto de criação de frango caipira, os mesmos serão criados em um sistema semi intensivo. O que diferencia esse sistema de outros, é o fato de que na fase de crescimento e engorda, além da ração, os animais irão receber alimentos alternativos que estarão disponíveis na propriedade, e ficarão soltos em piquetes aonde vão fazer consumo de grama.

Os lotes de pintainhos serão comprados mensalmente em locais confiáveis, e devem ter um dia de vida e já serem vacinados, além de serem preferencialmente machos. O manejo inicial se faz necessário um controle eficaz da temperatura visando diminuir a mortalidade, além de um total confinamento até os 28 dias; período estes em que recebem alimentação própria para o crescimento.

Depois, na fase de crescimento e engorda, os animais serão soltos em piquetes de gramíneas, com densidade de 4m² por ave. Esse piquete ainda terá acesso ao galpão, tendo em vista que parte da alimentação ainda é proveniente de arraçoamento –cerca de ½ da quantidade- e o mesmo também serve de proteção para os animais. Esta fase dura certa de 80 a 90 dias. Este tempo se faz necessário para que a carne do frango caipira adquira a consistência característica e aceita pelos consumidores.

O frango caipira criado em sistema semi intensivo estará pronto para o abate a partir do terceiro mês de idade ou quando atingirem cerca de 2kgs. O abate será realizado manualmente, respeitando as boas práticas de produção e de higiene. E o produto final, será comercializado em feiras, por encomenda ou pequenos comércios, por cerca de R$ 35,00 a 40,00 reais.

3.2-Descrição do local

A carne de frango é presença constante nos lares das famílias brasileiras, principalmente por causa do baixo custo. Porém a carne do frango caipira, ainda é considera uma carne para dias especiais, tais como reuniões familiares. Nos interiores brasileiros, o frango e/ou a galinha caipira tem maior destaque visto que é tradicional destes lugares o seu consumo, devido à grande quantidade de pessoas que habitam o campo.

O local a ser implantado este negócio é na cidade de Luz, no interior de Minas Gerais. Apesar de ser uma cidade relativamente pequena, apresenta como atrativo um alto mercado consumidor, devido à grande quantidade de pessoas que habitam no campo, além de apresentar muitas cidades aos arredores, e que são de pouca distância de deslocamento, o que facilitaria a venda dos produtos.

Portanto, o local a ser implantado e os arredores vão apresentar uma alta demanda do produto, e uma baixa oferta do mesmo dentro da cidade. Sem contar que, a criação dos frangos caipiras possibilita a utilização de produtos alternativos, e materiais mais simples, o que ajuda a aumentar ainda mais os lucros.

Porém