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Procura da mente

Por:   •  2/1/2018  •  4.263 Palavras (18 Páginas)  •  350 Visualizações

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Os processos mentais seguem, assim o percurso do mais simples ao mais complexo, o mesmo não acontece com o real, pois quando observamos um objecto, vemo-lo como um todo e não como uma soma de objectos, Wundt teve que recorrer ao processo de percepção (processos de organização dos elementos mentais que formam uma unidade) para explicar esta experiência consciente unificada.

Assim Wundt pode concluir que as características da consciência não são as mesmas do que as dos seus constituintes, isto apoiado pela a sua citação:

“Todo o composto psíquico é dotado de características que de modo algum consistem na mera soma das características das partes.”

- Metodologia de investigação

Wundt utiliza como método a introspecção controlada (assim designada porque os fenómenos que se descrevem foram provocados em nós) só a pessoa que vive a experiência a pode descrever, fazendo uma auto-análise dos seus estados psicológicos.

Wundt, na sua experiência com o metrónomo, exigia um grande rigor nas descrições, que seriam contadas. O objecto da introspecção é o próprio sujeito, enquanto o objecto das observações que se fazem nas outras ciências é o real exterior ao sujeito.

Contudo, a introspecção controlada só dava a conhecer os elementos mais básicos, as sensações e as percepções, pois os processos mentais complexos, memória e a aprendizagem, não poderiam ser estudados experimentalmente, tendo de se recorrer a metodologias qualitativas

- Concepção do Homem

“Somos seres denominados pela nossa consciência, somos um conjunto de processos mentais activamente organizados, sendo a mente não um simples conjunto de conteúdos mentais pois os processos psicológicos não são coisas, mas acontecimentos.”

- Conclusão

Wundt teve um papel importante na psicologia. Demarcou-se do pensamento dominante da época, procurando autonomizar a psicologia da filosofia, com isso definiu um objecto, a consciência, e um método de investigação, a introspectiva controlada. Procurou ainda desenvolver uma teoria sobre a natureza da mente humana que conjugasse a componente biológica e a componente social, o mundo interno e o mundo externo, a dimensão individual e a colectiva.

Por esta altura, várias criticas foram feitas ao seu trabalho, um dos que mais criticou o seu método (introspecção controlada) foi Sigmund Freud, porem, actualmente são importantes os fundamentos de Wundt.

Freud e o inconsciente

- Biografia:

Nasceu a 6 de Maio de 1856 em Freiberg, Morávia.[pic 2]

Começou a trabalhar no Hospital de Viena, mas mais tarde, optou por trabalhar por conta própria tratando desordens psicológicas.

Em 1885, Freud seguiu para Paris, onde se familiarizou com a técnica hipnótica, contudo, esta técnica foi temporária, acabando por adoptar um método alternativo, sugerido por Josef Breuer, que defendia que os sintomas da doença seriam atenuados – e até ultrapassados – se o paciente fosse encorajado a falar livremente.

Freud e Breuer chegaram a conclusao de que muitas fobias têm origem em experiências traumáticas sofridas durante a infância. Juntos estudaram o caso de uma paciente, o que levou a sua separação devido a ideias contraditórias, o que desenvolve-se um conjunto de concepções sobre o psiquismo humano e uma técnica terapêutica: a psicanalise.

Em 1938, com a psicanálise proibida na Áustria e com os nazis em Viena, a família Freud partiu para Inglaterra onde o médico morreu no ano seguinte, vítima de cancro.

- O Inconsciente:

Depois de várias experiencias, Freud apercebe-se que muitas patologias do ser humano não podem ser explicadas apenas através do consciente. Critica, por isso o método da introspecção controlada (Wundt) afirmando que esse método era demasiado ridículo para ser utilizado na sua investigação, pois para compreender o ser humano, tem de ser admitir a existência do inconsciente (desejos; pulsões; tendências), surgindo assim o método psicanalítico.

- Concepção do psiquismo:

Freud apresenta duas interpretações da mente humana:

- A primeira tópica – e referente a imagens do icebergue, sendo o consciente a parte visível, e o inconsciente à parte invisível. Segundo ele o inconsciente é muito maior que o consciente, cada um formado por tópicos completamente deferentes.

- Segundo tópica – afirma que a mente humana é constituída por três instâncias:

- Id – é a zona inconsciente, já nasce com a criança, o que significa que é constituído, apenas, por instintos de natureza biológica. Não possui normas nem princípios morais, reagindo apenas pelos princípios de prazer (realização imediata de desejos e pulsões). A partir deste formam-se o ego e superego.

- Ego – é a zona fundamentalmente consciente, tem a função de orientar as pulsões de acordo com as exigências da realidade, de modo a adaptar o individuo ao mundo externo. Forma-se durante o primeiro ano de vida.

- Superego – é a zona que corresponde a interiorização das normas, representando um conjunto de valores, como, honestidade, sentido de dever e obrigação, resultantes de processos de socialização e integração de modelos presentes no dia-a-dia da criança. Forma-se entre os 3 aos 6 anos.

- Sexualidade:

Freud, em contacto com os seus doentes, concluiu que apresentavam vários conflitos psíquicos relacionada com a sexualidade e que muitos desses conflitos remetiam para experiencias vividas na infância. Pode então esclarecer que a sexualidade não pode ser ligada, apenas, à genitalidade, pois antes corresponde ao prazer que tem origem no corpo e que suprime a tensão, libido (impulso sexual que se manifesta em nós).

No seu desenvolvimento, a criança atravessa uma série de fases ou estádios, cada um dos quais se associa a sensações de prazer ligadas a uma zona erógena específica, estes estágios decorrem desde o nascimento ate à adolescência.

- Estádio oral – (Do nascimento aos 12/18 meses)

Neste período, a boca é a principal fonte de prazer, por isso, afirma-se como zona

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