DISCUSSÕES SOBRE O LIVRO - A PAIXÃO NO BANCO DOS RÉUS e ESTUDO DIRIGIDO
Por: Hugo.bassi • 12/12/2018 • 4.644 Palavras (19 Páginas) • 500 Visualizações
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- Estado hipnótico: É um estado de consciência reduzida e estreitada e de atenção concentrada, que pode ser induzido por outra pessoa (hipnotizador). Trata-se de um estado de consciência semelhante ao transe, no qual a sugestionabilidade do indivíduo está aumentada, e a sua atenção, concentrada no hipnotizador. Nesse estado, podem ser lembradas cenas e fatos esquecidos e podem ser induzidos fenômenos como anestesia, paralisias, rigidez muscular, alterações vasomotoras.
6 – A capacidade de situar-se quanto a si mesmo e quanto ao ambiente é elemento básico da atividade mental. A avaliação da orientação é um instrumento valioso para a verificação das perturbações do nível de consciência.
- A orientação autopsíquica: é a orientação do indivíduo em relação a si mesmo. Revela se o sujeito sabe quem é: nome, idade, data de nascimento, profissão, estado civil, etc.
- a orientação alopsíquica: diz respeito à capacidade de orientar-se em relação ao mundo, isto é, quanto ao espaço (orientação espacial) e quanto ao tempo (orientação temporal).
- Orientação espacial: É investigada perguntando-se ao paciente o lugar onde ele se encontra, a instituição em que está, o andar do prédio, o bairro, a cidade, o estado e o país. Também é investigada a capacidade do paciente de identificar a distância entre o local da entrevista e sua residência (em quilômetros ou horasde viagem). Em relação à orientação espacial, é importante verificar claramente se o paciente sabe o tipo de lugar em que está.
- Orientação temporal: Trata-se de orientação mais sofisticada que a espacial e a autopsíquica. A orientação temporal indica se o paciente sabe em que momento cronológico está vivendo, a hora do dia, se é manhã, tarde ou noite, o dia da semana, o dia do mês, o mês do ano, a época do ano, bem como o ano corrente
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- Desorientação por redução do nível de consciência: Também denominada desorientação torporosa ou confusa, é aquela na qual o indivíduo está desorientado por turvação da consciência. Tal turvação e o rebaixamento do nível de consciência produzem alteração da atenção, da concentração e, consequentemente, da capacidade de percepção e retenção dos estímulos ambientais. Isso impede que o indivíduo apreenda a realidade de forma clara e precisa e integre, assim, a cronologia dos fatos. Portanto, nesse caso, a alteração do nível de consciência é a causa da desorientação. Essa é a forma mais comum de desorientação.
- Desorientação por déficit de memória imediata e recente. Também denominada desorientação amnéstica. Aqui, o indivíduo não consegue reter as informações ambientais básicas em sua memória. Não conseguindo fixar as informações, perde a noção do fluir do tempo, do deslocamento no espaço, passando a ficar desorientado temporoespacialmente. A desorientação amnéstica é típica da síndrome de Korsakoff. Já a desorientação demencial é muito próxima à amnéstica. Ocorre não apenas por perda da memória de fixação, mas por déficit de reconhecimento ambiental (agnosias) e por perda e desorganização global das funções cognitivas. Ocorre nos diversos quadros demenciais (doença de Alzheimer, demências vasculares, etc.).
- Desorientação apática ou abúlica. Ocorre por apatia ou desinteresse profundos. Aqui, o indivíduo torna-se desorientado devido a uma marcante alteração do humor e da volição, comumente em quadro depressivo. Por falta de motivação e interesse, o indivíduo, geralmente muito deprimido, não investe sua energia no mundo, não se atém aos estímulos ambientais e, portanto, torna-se desorientado.
- Desorientação delirante. Ocorre em indivíduos que se encontram imersos em profundo estado delirante, vivenciando ideias delirantes muito intensas, crendo com convicção plena que estão “habitando” o lugar (e/ou o tempo) de seus delírios. Nesses casos, é comum a chamada dupla orientação, na qual a orientação falsa, delirante, coexiste com a orientação correta. O paciente afirma que está no inferno, cercado por demônios, mas também pode reconhecer que está em uma enfermaria do hospital ou em um CAPS. Pode, ainda, ocorrer de o paciente dizer, em um momento, que está na cadeia e que os enfermeiros são carcereiros, e afirmar, logo em seguida, que são enfermeiros do hospital (alternando sequencialmente os dois tipos de orientação).
- Desorientação por déficit intelectual (anteriormente chamada de desorientação oligofrênica). Ocorre em indivíduos com deficiência ou retardo mental grave ou moderado. Nesse caso, a desorientação ocorre pela incapacidade ou dificuldade em compreender o ambiente e de reconhecer e interpretar as convenções sociais (horários, calendário, etc.) que padronizam a orientação do indivíduo no mundo.
- Desorientação por dissociação, ou desorientação histérica. Ocorre em geral em quadros histéricos graves, normalmente acompanhada de alterações da identidade pessoal (fenômeno da possessão histérica ou desdobramento da personalidade) e de alterações da consciência secundárias à dissociação histérica (estado crepuscular histérico, quadros dissociativos psicogenéticos, etc.).
- Desorientação por desagregação. Ocorre em pacientes psicóticos, geralmente esquizofrênicos em estado crônico e avançado da doença, quando o indivíduo, por desagregação profunda do pensamento, apresenta toda a sua atividade mental gravemente desorganizada, o que o impede de se orientar de forma adequada quanto ao ambiente e quanto a si mesmo.
- Desorientação quanto à própria idade. É definida como uma discrepância de cinco anos ou mais entre a idade real e aquela que o paciente diz ter. Ela tem sido descrita em alguns pacientes esquizofrênicos crônicos e parece ser um bom indicativo clínico de déficit cognitivo na esquizofrenia.
8 - Por percepção, entende-se a tomada de consciência, pelo indivíduo, do estímulo sensorial. Arbitrariamente, então, se atribui à sensação a dimensão neuronal, ainda não plenamente consciente, no processo de sensopercepção. Já a percepção diz respeito à dimensão propriamente neuropsicológica e psicológica do processo, à transformação de estímulos puramente sensoriais em fenômenos perceptivos conscientes. Piéron define percepção como a tomada de conhecimento sensorial de objetos ou de fatos exteriores mais ou menos complexos.
A sensação é considerada, portanto, um fenômeno passivo; estímulos físicos (luz, som, pressão) ou químicos atuam sobre sistemas de recepção do organismo. Já a percepção
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