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Coleta e análise de dados sobre a percepção de figuras reversíveis

Por:   •  25/4/2018  •  1.240 Palavras (5 Páginas)  •  527 Visualizações

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Ah! Ok, tem a imagem de uma velha também e aqui embaixo, nesse canto esquerdo da imagem também tem um porco espinho com o focinho na boca da velha.

Foi fácil achar a imagem da jovem e do leão. A senhora e o porco espinho não foi tão fácil de encontrar.

Terceiro entrevistado: Sexo masculino, 42 anos de idade

Conseguiu enxergar, no primeiro momento, uma moça, olhando para trás, com uma pena na cabeça, um capuz e enrolada em um cobertor.

Não conseguiu ver mais nada. Após saber que havia outra figura, olhou mais um pouco e conseguiu enxergar a senhora.

Foi um processo relativamente rápido.

Quarta entrevistada: Sexo feminino, 62 anos de idade

Conseguiu enxergar uma moça com um pano e uma pena na cabeça, olhando para trás. Falou certeiramente, como se fosse a única coisa que poderia ser vista e como se fosse óbvio.

Perguntei se ela via mais alguma imagem. Ela perguntou se poderia virar a folha. Com a resposta negativa, logo perguntou se havia um leão abocanhando a cabeça da moça. Ou se não fosse um leão, a parte do capuz da moça poderia ainda ser uma máscara caída ou ainda uma flor se abrindo.

Pedi a ela que esquecesse a moça e olhasse o desenho inteiro, porém tentando ter outra perspectiva. Mesmo assim ela teve dificuldade. Só conseguiu enxergar a senhora quando indiquei que olhasse para o maxilar da moça e tentasse enxergar um nariz. Aí ela então viu, surpresa!

Quarta entrevistada: Sexo feminino, 34 anos de idade

Conseguiu visualizar uma moça jovem que está bem vestida, com uma pena de ganso na cabeça com um casaco de pele, com o rosto virado de lado e olhando o horizonte. Longo em seguida sem nenhuma orientação, descreveu uma senhora com cabeça baixa com as mesma roupas da mulher mas com a fisionomia triste, com um lenço na cabeça e com muitos pé de galinha perto dos olhos e mais nada.

Quarta entrevistada: Sexo feminino, 29 anos de idade

Visualiza uma moça jovem, com seus 25 anos, com uma pena na cabeça um véu preso ao cabelo, olhando pro nada parece estar desiludida, com um echarpe de pêlos, só o que conseguiu ver. Disse que poderia ter uma outra imagem na mesma folha, e mesmo assim nada era visto além da moça, mostrei que no lugar só nariz poderia ser um olho, e gritou que conseguia ver a velha, que eatava com a cabeça baixa com o lenço na cabeça.

Quarta entrevistada: Sexo masculino, 22 anos de idade

Vejo uma mulher olhando para o lado com um pano preso nos cabelos escuros e uma pena de algum animal, com um casaco de pele. Quando orientei que tinha outra imagem dentro da mesma ficou abismado, porque não conseguia ver, deu um grito é disse que via uma senhora que no lugar da gargantilha da moça era uma boca e no lugar do pescoço era um queixo e colocou o papel distante do rosto para melhor visualização.

Quarta entrevistada: Sexo masculino, 55 anos de idade

Discussão e Conclusões

Com a aplicação das entrevistas citadas acima, pudemos perceber o quanto é individual esse processo psicológico de sensação e percepção. A figura e as instruções são as mesmas, porém o retorno das pessoas é bem diferente, tanto no conteúdo, quanto no tempo, além da própria percepção.

Duas pessoas reagem de formas diferentes frente à mesma situação e temos que entender e considerar isso na profissão de psicólogo. O que dói em uma, pode não doer na outra e vice-versa. A forma que uma pessoa sente, percebe e pensa pode ser muito diferente de outra, mesmo que estejam na mesma situação, que tenham a mesma idade, a mesma cultura, etc. Além disso, fazendo uma analogia, aprendemos que podemos enxergar uma situação (no caso, uma única imagem) de várias formas e, com esse aprendizado, os psicólogos podem ajudar seus pacientes a enxergarem a mesma situação que vivem, de uma nova perspectiva, talvez menos pesada do que a que trouxeram na sessão. Ajudá-los a enxergarem novas formas de interpretar suas questões.

Referências Bibliográficas

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