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A FISIOLOGIA GERAL

Por:   •  12/10/2018  •  4.545 Palavras (19 Páginas)  •  319 Visualizações

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Na concepção de Aires (2011) o sistema cardiovascular apresenta dois trajetos distintos, denominados pequena circulação, onde o sangue flui do ventrículo direito que bombeia o sangue sequencialmente para a artéria pulmonar, artérias menores e capilares pulmonares. E a grande circulação, que o sangue oxigenado entra nas veias pulmonares, retornando ao átrio esquerdo e, daí, ao ventrículo esquerdo.

1.1 Doença de Chagas

Segundo Ferreira, Foronda e Shumaker (2003), a doença de Chagas ou Tripanossomíase Americana como também é conhecida foi descrita pela primeira vez em 1909 pelo Dr. Carlos Chagas; atinge desde a região sul dos Estados Unidos até o sul da Argentina e Chile. A ocorrência é de 16 a 18 milhões de pessoas infectadas, a estimativa é de 5 milhões apenas no Brasil.

No conceito de Neves et. al. (2009), a forma de transmissão de maior importância epidemiológica na doença de Chagas é transmissão vetorial, que ocorre quando o tripanossoma metacíclico que se encontra nas fezes ou urina do barbeiro, penetra na pele (quando esta estiver arranhada ou perfurada pelo próprio barbeiro) ou nas mucosas íntegras. Quando o inseto se infecta sugando um mamífero chagásico ele produz formas infectantes do protozoário por toda a sua vida (cerca de 1 ano).

Ainda na visão de Neves et. al.(2009), a pessoa com esta doença costuma passar pela fase aguda, crônica assintomática e crônica sintomática (cardíaca e/ou digestiva). Na fase aguda o período de incubação é de 7 a 10 dias, os sintomas são: mal estar, anorexia, fraqueza, alguma manifestação cutânea ou ocular (sinal de Romaña); alguns dias depois de infectada a pessoa apresenta regressão dessas manifestações é quando ela entra na fase crônica assintomática; nesta nova fase o indivíduo pode viver de 20 a 30 anos, ele não apresenta sinais físicos e clínicos da doença, mas é positivo para exames sorológicos e/ou parasitológicos específicos, daqui o paciente pode evoluir para a fase sintomática da doença. Na fase sintomática, parasitemia é muito baixa, mas as alterações anatomopatológicas e as manifestações clínicas são graves, principalmente no que se refere ao aparelho cardiocirculatório e digestivo.

Segundo Rey (2002) a cardiopatia crônica da doença de Chagas apresenta uma diversidade de quadros clínicos, desde simples arritmias até sintomas de insuficiência cardíaca compensada ou descompensada. Há os que sentem somente palpitações e astemia estes apresentam alterações eletrocardiográficas, extrasistolia, área cardíaca normal ou levemente aumentada. Já os que sentem arritmias têm palpitações, sensação que o coração parou e vertigens. Quando existe o bloqueio atrioventricular há bradicardia acentuada com vertigens e ataques convulsivos, isto acontece pela má irrigação cerebral. O exame radiológico por mostrar a área cardíaca se torna mais eficaz no prognóstico da doença já que o aumento do coração é outra característica da fase crônica. Outra situação que pode ocorrer é a dispnéia, mas quando o aumento das cavidades do coração é geral ou no ventrículo direito a dispnéia não se manifesta ou é irrisória em relação ao padecimento cardíaco. Nas situações mais graves a insuficiência cardíaca descompensada se apresenta como nas cardiopatias de outras etimologias (edemas, derrames cavitários, congestão visceral, dispnéia). As tromboses e as embolias estão entre os acidentes mais sérios que podem acontecer nesta fase.

De acordo com Rey (2002) o diagnóstico desta patologia pode ser feito através de exames clínicos e/ou laboratoriais. O tratamento é um assunto controverso, na maioria dos casos das formas crônicas da Doença de Chagas este tratamento se resume ao controle das complicações tardias, cardíacas e digestivas.

1.2 O papel do psicólogo no tratamento da doença de Chagas

Na visão da psicóloga Antunes CRP 06/39119, não há diferença no tratamento de uma doença específica, o papel do psicólogo é sempre dar suporte ao paciente para que ele entenda e tenha consciência da doença que ele sofre para que ele possa participar ativamente como agente do seu próprio tratamento e consiga, além disso, elaborar que a doença é apenas uma parte de uma vida bastante complexa, que existem ainda relações possíveis, uma vida possível e que ele precisa se manter consciente de que ele é maior do que a própria doença; assim ele poderá usar os seus recursos mentais favorecendo o trabalho de elaboração e a própria situação de vivência do tratamento e participação na sua história.

2. FISIOLOGIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO

Segundo Ganong (2000) a respiração externa consiste na absorção de O2 e excreção de CO2 pelos pulmões de um corpo. O sistema respiratório é formado pelos pulmões (especializados na troca gasosa) e por uma bomba que ventila os pulmões, esta bomba é composta pela parede toráxica, pelos músculos respiratórios e também pelos tratos e nervos que ligam o cérebro aos músculos.

De acordo com Ganong (2000) o ar quando é inspirado atravessa as vias nasais, a faringe, a traquéia, os bronquíolos, os bronquíolos respiratórios e ductos alveolares respectivamente chegando aos alvéolos; estes alvéolos são envoltos pelos capilares pulmonares. Na respiração, o ar se mistura com os gases que estão nos alvéolos e, por difusão simples, o oxigênio entra no sangue dos capilares pulmonares. Isto acontece ao mesmo tempo que o CO2 entra nos alvéolos. Neste processo 250ml de O2 entram e 200ml de CO2 são eliminados por minuto; outros gases também fazem parte deste processo mas em quantidades mínimas.

Ainda na visão de Ganong (2000) as estruturas entre o ar e o sangue capilar pelo qual o O2 e o CO2 se difundem são muito finas. Os gases têm a propriedade de se expandir e ocupar o volume disponível, eles se difundem das áreas de alta pressão para as de baixa pressão, essa difusão depende do gradiente de concentração e do tipo de barreira que há entre as duas áreas.

Para Guyton & Hall (2000) a respiração normal é feita pelo diafragma, quando inspiramos a contração do diafragma traciona para baixo a parte inferior dos pulmões e quando expiramos o diafragma relaxa e as estruturas em volta comprimem os pulmões. O volume do pulmão aumente e diminui conforme a caixa toráxica se expande e se retrai.

Segundo Guyton & Hall (2000) é dentro da cavidade pleural que os pulmões se expandem e se retraem. O espaço entre as pleuras parietal e visceral é o espaço pleural também chamado de espaço potencial, neste espaço

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