TRABALHO PUG MELHORAMENTO
Por: YdecRupolo • 13/8/2018 • 4.021 Palavras (17 Páginas) • 370 Visualizações
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2. Histórico da raça
Existem registros que informam a China como país de origem da raça Pug. Há bons motivos para acreditar que todas as raças braquicefálicas, com exceção do Bulldog e os membros colaterais de sua família, tiveram origem no oriente. Já que “cães de boca curta” teriam sido mencionados antes da Era Cristã pelo pensador e filósofo chinês Confúcio (551 a.C. à 479 a.C.). Registros do século I d.C. mencionam cães, conhecidos como “pai”, cujo significado é: um cão de pernas curtas e cabeça pequena, onde seu lugar era debaixo da mesa. Após esse período, muitos imperadores parecem ter tido interesse em cães pequenos, muitas vezes à custa de suas funções imperiais. A única forma de obter alguma ideia da aparência de cães chineses é a partir de desenhos e pergaminhos. Depois disso, no período das grandes navegações eles embarcaram nas grandes naus da Companhia das Índias (sec.XVI) e os holandeses foram os introdutores do Pug na Europa (CASTRO, 2011; CHECCHI,200-?).
Há indícios de que os Pugs europeus descendem do cão da raça lo-sze, pois imagens mostram que o mesmo tinha semelhanças morfológicas com o Pequinês, exceto por sua pelagem curta e cauda sem franjas, em que os principais requisitos físicos do lo-sze eram que eles deveriam ser o menor possível, de pelagem curta e conter a pele bem elástica, pois era essencial que ele exibisse a “marca do príncipe”, cujo significado são três rugas na testa e uma barra vertical, formando assim o caractere chinês para a palavra “príncipe”. Uma marcação no formato de diamante na testa, um corpo compacto, bons ossos, uma face plana e um queixo quadrado eram características muito apreciadas, e embora muitos dos cães tivessem suas caudas encaixadas, o rabo enrolado, bem como a curva dupla eram todos conhecidos e permitidos. As orelhas, comparadas por um determinado escritor à “metade de um damasco seco”, eram posicionadas um pouco mais para o lado do crânio quando comparadas as orelhas de um Pequinês e demais raças similares (CHECCHI,200-?). Entretanto, também é viável a possibilidade de que a raça tenha surgido da mistura entre o Pequinês e o Spaniel Japonês, sendo que nesta época, na China, a grande maioria dos cruzamentos entre cães tinham as raças mais populares do país como ponto de partida: Lo-Sze, Lion Dog e Pequinês (TUBALDINI, 200-?).
Na Europa Ocidental, o lo-sze provável ancestral do Pug, ganhou popularidade ao ser protagonista de uma história onde o mesmo teria salvado a vida de William, o Silencioso, o Príncipe de Orange citado na obra “Relatos de Sir Roger William nos Países Baixos”, publicado em 1618, e refere-se a um incidente que ocorreu entre 1571 e 1573. No relato, durante um ataque surpresa dos espanhóis sobre o acampamento holandês, o suposto animal teria acordado seu dono, o Príncipe de Orange, antes de qualquer um de seus homens, com arranhões, chorando e pulando em seu rosto. Com suas características descritas pressuponha-se se tratar de um ancestral do Pug moderno.
Durante a década de 1840, os cães da raça foram desenvolvidos com base em duas linhagens distintas: Willoughby e Morrison. Enquanto a linhagem willoughby destaca cães com fios pretos mesclados à sua pelagem clara e similar à cor creme, a linhagem Morrison apresentou exemplares da raça com pelos bem mais claros, que aparecem mesclados à fios de cor castanha ao invés dos pelos pretos característicos dos Pugs Willoughby (TUBALDINI, 200-?).
Em 1859 as exposições de cães e competições atraiam consideravelmente os proprietários de cães. Pedigrees, quando existentes, não eram confiáveis até que o Kennel Club (fundado em 1873) começou a efetuar registros de pedigree dos cães e suas vitórias. O Pug Club foi fundado em 1883 e logo estabeleceu um padrão para a raça (CHECCHI, 200-?).
Alguns exemplares da raça chegaram à América primeiramente pelos Estados Unidos, após a Guerra Civil Americana. No Brasil, chegaram à década de 50, onde por alguns anos a raça foi considerada rara, de custo elevado e de difícil criação. Entretanto, os criadores brasileiros começaram a melhorar a qualidade de seus cães com importações mais significativas na década de 80 (BEZERRA, 2011).
Segue abaixo, os dados do registro do padrão da raça na CBKC- Confederação Brasileira de Cinofilia - Filiada à Fédération Cynologique Internacionale.
3. Padrão oficial
CBKC n°253, de 3/5/1994 FCI n° 253b, de 24/6/1987
País de origem: ChinaPaís patrono na FCI: InglaterraNome no país de origem: Pug (Carlin Mops)
Grupo: Grupo 9
Utilização: CompanhiaProva de trabalho: para o campeonato, independente.
Reconhecido: CKC, FCI, AKC, UKC, ANKC, NKC, NZKC, APRI, ACR.
Esperança de vida: 12 a 14 anos
Ninhada: 4 a 8, média de 5
Altura do Macho: 28 a 30 cm
Peso do Macho: 6,3 a 8,1 Kg
Altura da Fêmea: 25 a 28 cm
Peso da Fêmea: 6,3 a 8,1 Kg
Aparência geral: inquestionavelmente quadrado e massudo, deve se apresentar Multum in parvo (muita substância em pequeno volume), o que transparece em sua forma compacta, de proporcionalidade entre as partes e musculatura firme, com muito charme, dignidade e inteligência, de comportamento equilibrado, alegre e esperto.Cabeça e crânio: grande, arredondada, nunca em forma de maçã e sem sulco sagital no crânio. Focinho curto, rombudo, quadrado, sem ser projetado para cima, com rugas claramente definidas.Olhos: escuros, muito grandes, brilhantes, de formato globular, expressão doce e alerta. Quando o cão está excitado parecem cheios de fogo.Orelhas: finas, pequenas, macias como veludo. Há dois tipos: orelha em rosa, pequena, caída, dobrada para trás e exibindo a face interna; orelha em botão, caída para frente, com a ponta repousando junto ao crânio, cobrindo o meato acústico e apontando para os olhos. A preferência é por esse último tipo.Boca: ligeiramente prognata inferior. A mandíbula larga; incisos inferiores, praticamente em linha reta. Torção mandibular, dentes ou língua aparente com a boca fechada, são defeitos graves.Pescoço: forte, grosso, levemente arqueado para parecer uma crista, de comprimento suficiente para o porte alto da cabeça.Membros anteriores: muito fortes, retos, de
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